quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

22.02.2012 - As (in)definidas transições de fase


Aí fico pensando até que ponto essas delimitações valem para as mães.

Temos aqui dois lados da “mesma” moeda:
O primeiro é achar que nossos bebês não crescerão nunca. Estou bem no começo da jornada, mas já ouvi tantas vezes o mesmo tipo de pensamento que considero um sentimento universal. E imagino que é legítimo mesmo. Acredito que o tempo passa tão rápido (E como!) que é quase impossível pra uma mãe aceitar que sua cria já não é mais a mesma de meses ou até anos atrás. E aqui aparece todo tipo de situação: desde mães que “sofrem com o crescimento” dos filhos mais naturalmente e se adaptam ás mudanças de um jeito saudável; até mães que praticam o apego fazendo a mala e o prato de seus pequenos marmanjos.

E o outro lado é onde me encontro neste exato momento: achar que seu pequeno bebê já está tão crescido que você se esforça pra lembrar como ele era há poucas semanas atrás. Luna já manda beijo, mama sozinha, engatinha, sabe lavar a barriga, pentear o cabelo, limpar a orelha, encaixar algumas peças de brinquedo, desenhar com giz (rabiscos tão originais e artísticos!), beber no canudinho, dar piscadinha (isso entra na lista de “coisas inúteis que ensinamos aos nossos pequenos apenas porque achamos encantadoramente lindo e ficamos mostrando pra todo mundo!”) e neste feriado ela descobriu que consegue ficar de pé sozinha! Não, não é ficar de pé parada sozinha, mas estar sentada, apoiar mãos e pés e levantar! Quase morri de emoção quando ela fez isso pela primeira vez na minha frente. Tão de repente!

Alguns especialistas dizem que durante os primeiros dois anos de vida acontecem alguns saltos de desenvolvimento, onde os bebês descobrem uma nova habilidade e ficam tão entusiasmados que querem praticá-la o tempo todo; seus sistemas perceptivo e cognitivo mudaram, houve uma maturidade neurológica, mas não tempo hábil para adaptação às mudanças.

Mas peraê, e cadê o tal tempo hábil para que nós nos adaptemos a essas descobertas? Às vezes me pego pensando em tudo que vivemos até agora e sinto como se fosse ontem abril de 2010 que descobri a gravidez da Luna. Aí penso que isso realmente faz “muito” tempo e volto ao seu nascimento. Ah! Esse sim foi ontem janeiro de 2011. E hoje ela já anda! Minha bebezica tão cheirosa e fofinha já fica em pé e (praticamente) anda sozinha!

O mundo pode parar só um pouquinho pra eu descer e digerir tudo isso sem que mais mudanças e aquisições de habilidades e novidades aconteçam? Teoricamente (literalmente) ela ainda é considerada um bebê, mas faltam apenas cinco meses para que ela pule fora dessa classificação e se torne uma criança. Eu acabei de ser mãe de um bebê, não podemos continuar assim por mais um tempo? Por favooooor?

É claro que tudo é gradativo e na prática nada mudará, mas ser mãe de um bebê tem uma aura mágica que acho que pode “se perder” um pouco conforme os pequenos vão crescendo. Não sei ao certo, vou ali surtar viver e conto mais depois.

4 comentários:

  1. O perigo deles crescerem, é a vontade de ter outro, ter bebê em casa trás essa aura mágica mesmo! Coisa mais linda os primeiros passos, e viva a tecnologia que nos permite registrar esses momentos!

    Bjão!

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    1. Nem me fale em ter outro. Assim que descobri (e aceitei) que estava grávida da Luna, já pensava: "terei" que ter mais um, nada de deixar a pequena ser filha única; acho linda a relação de irmãos quando "bem construída e alimentada" pelos pais. Mais uns (muitos) meses de preparo e acho que embarco nessa de novo. Vamos ver...
      Beijocas!

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  2. Aiiin Aline!!
    Mais sabe que vc pegou num ponto crucial??
    A mudança que acontece com as crianças acontecem de maneira muito rápida!! E eu também me sinto meio chateada por ter que fazer aqueles esforçinho pra me lembrar de certas coisas!!
    Mais estamos no caminho certo tendo um blog, imagina a emoção de re-ler isso daqui alguns anos. Se eu num me engano foi vc que disse que não sentia muita vontade de re-ler o que escreveu. Mais isso por que se trata de um passado muito recente n´´eéé??!?!?!

    Lindo adorei o Post!!!

    Grande beijão pra vc, pra Luna e pro maridão!!
    OBS: Adorei o que vc chamou de AURA MÀGICA

    Giuliana Nogueira

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    1. Acho que você tem TODA razão, não gosto de reler coisas muito recentes e acho que não gosto muita das "antigas" quando se referiam à adolescência e tal; a gente se acha meio boboca, né? Mas agora, que o papo é outro e a cabeça é outra, tenho certeza que será uma delícia reviver tudo isso mais pra frente.
      Beijos

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