quarta-feira, 25 de maio de 2011

Vamos falar de saúde...

Eu já havia escrito que Luna não anda com sua saúde em 100%. Ficou resfriadinha com a mudança de tempo e na quarta-feira passada, ao buscá-la na escola, fomos informados – e nem precisaria – que ela estava com os olhos vermelhos e com muita secreção. Também contei sobre a visita rápida ao médico, que indicou um colírio lubrificante para os olhos e um umedecedor nasal.

E assim fomos levando os dias: limpando os olhos e desentupindo o nariz. Só que no domingo Luna não havia melhorado, e sim piorado; agora era o outro olho que estava diferente, o nariz ainda entupia durante a noite toda e somou-se a tudo isso uma tosse rouca e carregada.
Resolvemos passar no Hospital Infantil Sabará.

Abre parênteses
Assim que contei pra minha mãe que estava grávida, uma das primeiras sugestões - melhor chamar de “ordem” – foi: “Não se esqueça de fazer o plano de saúde do bebê na categoria que contemple o Sabará, porque é o melhor hospital infantil de São Paulo e só eu sei o que passei com você quando era pequena, etc, etc, etc...”
Quando Luna completou um mês, chamamos um corretor pra fazer o plano de saúde da família.
Depois de analisar um milhão de vezes as propostas, decidimos pelo melhor custo-benefício: Medial Saúde.
Tanto o corretor, quando a seguradora são muito porcarias, mas deixo isso pra outro post.
Fecha parênteses

O hospital tem todo um sistema de organização: senha, pré-atendimento, cadastro, sala de espera, consultório e exames, nessa ordem. Fora que ele é fofo, todo decorado pra distrair os pequenos: os andares são temáticos, cheios de brinquedos e arquitetura interativa. Hospital fofo, médicos fofos.

A médica que examinou Luna concluiu que seu peito estava um pouco cheio e pediu um raio-X. O técnico do exame em questão era boliviano, bem mais velho e, pra não “destoar” do restante dos profissionais do hospital, era fofo também. Aí fiquei pensando: pra se fazer um raio-x é necessário que a pessoa fique “completamente” parada, pra não dar erro na imagem. E pergunto: como fazer um bebê de quatro meses acordado não se mexer por alguns segundos. Mas Luna é tão incrível (acho que já falei isso em outros posts) e tão curiosa que ficou quietinha, só observando o lugar e o boliviano que tentava distraí-la. Sucesso na primeira tentativa!

Retornamos no consultório e, para nossa surpresa ela disse que o pulmão estava limpinho. Receitou remédio pro nariz, olhos e inalação com soro; tudo ministrado de 6 em 6 horas.
E lá fomos nós, pra farmácia e pra casa, cuidar da pequena.

No dia seguinte saí de casa pra trabalhar com uma dorzinha no coração. Deixar Luna na escola daquele jeito me dava uma sensação de culpa sem fim. Mas eu precisava mesmo ir, ainda mais sendo uma segunda-feira, dia cheio no trabalho. O que me deixava mais tranqüila era que as tias da escola têm um amor e um cuidado tão grandes que, além de seguir toda a receita médica, fariam de tudo pra deixar Luna bem.

Mas acontece que minha mãe me liga, lá pelas quatro da tarde, dizendo que Luna tinha passado o dia manhosa e enjoadinha, não mamou praticamente nada, não quis dormir no berço e chorava quando alguém mexia em seu ouvido esquerdo. E tem mais! As meninas do berçário olharam toda a receita médica (coisa que eu e Sil, pais desnaturados, não fizemos) e perceberam que ali no finalzinho tinha a seguinte observação: conjuntivite, afastamento de 22/05 (dia da consulta) até ____ (sem informação). Como assim??? Luna é diagnosticada com conjuntivite e a médica do “melhor hospital infantil de São Paulo” não avisa?!?!?! Pânico geral! Imaginem meu estado de nervos.
Minha mãe pede calma, diz que vai ligar no hospital (pra pedir atestado de afastamento) e depois me ligaria. Espera difícil pelo novo telefonema. Eles disseram que o período de afastamento estava em aberto, pois a conjuntivite já estava na fase final e não seria necessário que ela realmente se afastasse da escola. INDEPENTENDE DISSO!!! Por que raios a médica não nos avisou, por quê???

Enfim, a “sorte” é que minha videoconferência havia acabado e eu estava teoricamente livre para ir embora. Ficou combinado que Sil e minha mãe (que já estava na escola) levariam Luna ao Sabará e eu os encontraria lá. Minutos que não passavam. Saí do trabalho, andei até o ponto, fiquei dias esperando o ônibus e mais dias andando pela cidade. Cheguei ao hospital e fiquei anos esperando os dois chegarem com minha filhota.

Assim que vi minha mãe subindo a escada rolante com ela, corri, peguei Luna no colo e não larguei por um bom tempo.
Ela parecia melhorzinha, mas os sintomas do dia anterior ainda continuavam. Passamos novamente pelo ritual hospitalar: senha, pré-atendimento, cadastro, sala de espera e consultório. Dessa vez foi um médico que nos atendeu, fofo³. Após examinar a gorduchinha ele concluiu que ela estava “bem”, ouvidos perfeitos, sem dores em nenhum lugar do corpo e pulmão limpo. Misto de felicidade e inquietude; que bom que ela não tinha nada, mas então de onde vinha a tosse e o estado amuado?

Sem mais ter o que fazer, voltamos pra casa e continuamos os rituais medicamentosos. De segunda pra terça Luna dormiu bem até duas e meia da manhã; acordou, mamou e foi colocá-la no berço pra ela tossir com força; parou, fui deitar, minutos depois, tosse forte novamente; levantei, chupeta e carinho; fui deitar; novo acesso de tosse. Contrariando médicos e parentes que ficam me alertando sobre o risco que corro ao colocá-la pra dormir comigo, peguei Luna e a confortei grudadinha em mim; chupeta, carinho e dormimos as duas, quentinhas. Acordei apenas com o despertador tocando, lá pelas 5 da manhã; calor de mãe tem um efeito incrível, não?
Ela passou terça melhor; comeu mais, chorou menos e dormiu bastantão!

Cada dia é um novo dia, uma surpresa, uma descoberta, um sufoco e uma aprendizagem; e acho que é isso que faz a graça da vida. Mas bem que os filhos, pelo menos até certa idade, poderiam ser totalmente imunes á doenças, não?

Um tanto de pai e um tanto de tio; mãe que é bom, nada...



A gente - mãe - carrega o bebê por 9 meses pra quê? Pra ele/ela nascer A CARA DO PAI!
Desde as primeiras semanas de vida de Luna a maioria das pessoas dizia que ela era A CARA do Silvio. Eu não achava nem que se parecia com ele, nem que se parecia comigo. Ela ainda era muito pequena, ainda inchadinha.

Um belo dia, Silvio olha pra filha e diz: Tenho uma foto com 6 ou 7 meses que mostra como Luna é parecida comigo.
Postei a tal foto no Facebook e realmente, na época - Luna com dois meses - a semelhança era impressionante!!!

Um tanto de pai e um tanto de tio; mãe que é bom, nada...Sem me conformar com a situação, fui olhar 
minhas fotos de bebezinha. Pra minha infelicidade, não vi traços meus, nela; apenas o nariz arrebitadinho.
Um outro “belo dia” meus pais me ligam e dizem: “Você precisa ver as fotos do seu irmão quando tinha a idade da Luna, nossa!!!” Já que ela não se parecia muito comigo, achei pouco provável que MINHA filha fosse lembrar meu IRMÃO quando pequeno. “Mas a vida é uma caixinha de surpresas”...

Quando fui à casa da minha mãe e vi as fotos com meus próprios olhos castalho-escuros (os da Luna são verde acinzentado), não acreditei: ela lembrava, agora com 4 meses, muito mais meu irmão do que o próprio Silvio, ou a mim, claro! E o “pior”: até o nariz arrebitado ele pode ter puxado dele e não de mim.

Enfim, é certo que um filho pode puxar o pai e/ou a mãe, que pode herdar alguns traços dos avós e eu já tinha ouvido sim falar que poderia ter certas semelhanças com os tios; mas juro que acreditava que essa última hipótese era pura balela. Não era. Luna está aí pra provar e isso quer dizer uma coisa muito óbvia: Silvio e meu irmão são dois lindos! =o)

domingo, 22 de maio de 2011

Porco-espinho


Hoje a Luna acordou tão descabelada q eu não pude deixar de fazer a comparação...e não é q parece mesmo?? hahaha
 
Coisa mais gostosa!!!!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Tudo junto e misturado

Minha vida nunca foi difícil, realmente não posso reclamar de nada, sempre tive muita ajuda e muito amor da família e de amigos. E isso tudo se intensificou demais desde que Luna apareceu por aqui. Muita gente presente, dando carinho, apoio, ajudando emocional e financeiramente.
Em contra partida, tenho que dar conta do furacão de coisas que acontecem todas de uma vez, com uma intensidade incrível!
Sempre digo que o processo “natural” de independência do ser humano é:
1)      Morar com os pais
2)      Morar sozinho ou com amigos
3)      Morar com cônjuge
4)      Ter filho 

Eu, muito apressadinha, passei por todas as etapas (ou quase todas) em 15 dias. Dei conta e ficou tudo ótimo!
Alguns meses depois, outro furacão: meu primeiro dia no trabalho novo foi o primeiro dia de Luna na escola. Socorro! A semana anterior e a semana em questão foram intensas, muita coisa pra fazer, muita informação pra absorver e um coração apertado o tempo todo.
E agora o mix mais recente: Luna completou quatro meses na sexta-feira passada, e como havia sido planejado, ela passou a dormir no berço – antes dormia no carrinho, no nosso quarto, por conta do maior risco de engasgo. O período de adaptação não está sendo muito tranqüilo, acho que ela tem “estranhado” um pouco o espaço do berço, o colchão e sei lá mais o que. Luna às vezes acorda chorando-gritando, precisamos levantar, colocar a chupeta, fazer um carinho e ela volta a dormir, sem sabermos por mais quanto tempo.
Mais ou menos nesse dia o tempo mudou de uma maneira drástica, uma frente fria de bater os dentes; resultado: um nariz congestionado o dia todo e principalmente a noite toda, fazendo Luna acordar mais de uma vez sem conseguir respirar direito pelo nariz.
O tempo também me afetou: na sexta-feira fiquei rouca e só voltei a falar melhor no domingo de manhã. Como brincar e cantar pra Luna com voz de travesti? A garganta dói forçando sair e voz e nada é entendido. Complicado...
A mudança repentina na minha (nossa) rotina e meu “afastamento” durante o dia fez com que a produção de leite materno diminuísse muito mais do que eu jamais imaginaria. Tento tirar leite duas vezes enquanto estou fora, mas não sai grandes coisas e o tempo que o corpo pede pra repor o que foi tirado é longo demais e, se eu tiro muito quando chego em casa, não sobra pra ela. No domingo, o primeiro dia “crítico”, tive que dar mamadeira a noite. Chorei e sofri muito, você se sente perdida; só quem já amamentou sabe da importância dessa ligação entre mãe e filha. Difícil demais!
Liguei pro médico, ele me orientou tomar Plasil e aumentar a quantidade de água. Vou tentar, ficar com energias boas e ver no que dá. Amamentar é o momento mais sagrado entre nós duas e eu não queria perder isso tão cedo. Ela está forte e bem alimentada, não tenho dúvidas; então entrego nossa saúde nas mãos de Deus e que seja o que Ele quiser.
Ontem fui buscar Luna na escola e ela estava com o olho extremamente vermelho, inchado e com muita secreção. Desde terça-feira o olho esquerdo já havia apresentado uma certa irritabilidade, mas bem leve. Ontem fiquei realmente assustada com a situação. Liguei pro pediatra descrevendo seu estado e a orientação foi lavar muito com água filtrada e fervida e comparecer ao consultório no dia seguinte. Ela acordou a noite com o olho grudado, de tanta secreção que havia, e assim redobrei a limpeza. Acordou melhor hoje e Dr. Moacir concluiu que não era conjuntivite, receitou um colírio – ainda sem antibiótico – e a continuação da limpeza intensiva.
Enfim, dias e noite não muito fáceis, mas sou tão abençoada que tenho uma filha que, mesmo assim, nunca deixa de sorrir.

Imitando...

Sempre tentei ler o máximo possível sobre gravidez e bebês. A gente sabe que é na prática que se aprende mesmo a “manusear” o pequeno ser, mas ler pode ajudar bastante. Pesquisava em sites, lia livros e conversava com mães mais experientes do que eu – leia-se: mães que tiveram filhos antes de 13 de janeiro de 2011, não importa quão antes disso foi.
Todas as fontes sempre dizem da importância do estímulo pro bebê, estímulo pessoal-social, motor e lingüístico. E uma consideração que sempre me chamou atenção foi:
 
Aí ficava me perguntando: como é que o bebê vai ouvir o som que sai da boca, ver a expressão que o adulto faz para produzir o som e conseguir imitar? Eu achava tão difícil aquilo...
Luna, ainda antes de completar quatro meses, me surpreende mais uma vez.
Minha mãe vinha pegando Luna na escola quase todos os dias, já que eu trabalho fora e só chego em casa por volta das 19, Silvio havia pego um trabalho em seguida do outro e estava alocado nos clientes há semanas.
Na casa da minha mãe tem um espelho gigante na sala, logo atrás da mesa de jantar. Adoro pegar a Luna no colo e ir pra frente do espelho. Ela adora! Bebês adoram ver outros bebês e o espelho é o “amigo mais próximo”.
Estávamos lá na quinta passada e eu comecei a fazer um dos milhares de barulhos que faço com a boca; difícil descrever e não achei definição melhor: imitação de soltar pum, sabem? Claro que sabem... E não é que, no segundo seguinte Luna fez igual?! Com a pequena diferença que se babou todinha pra fazer isso. Meu pai não acreditava, andava pela casa dizendo: “Olha isso! Não é possível! Essa menina é um gênio!!!” Não sabia se ria dela imitando ou dele delirando com a “genialidade” da neta.
E ela não parou mais desde aquele dia, é só a gente fazer uma vez ou outra pra ela disparar a fazer igual. E é tão charmosa fazendo o barulinho... Ainda não consegui gravar, espero que dê certo no final de semana, já que dia de semana fica mais difícil...
Agora é continuar os estímulos e esperar pela próxima surpresa barulhenta.

domingo, 15 de maio de 2011

Trocando o casulo...



Uma mulher, ao longo de sua vida, passa por muitas fases, está "sempre" em período de transição.


Virar mãe é uma das maiores... Não, acho que é a maior mudança que pode acontecer na vida de uma mulher. E quando o bebê nasce, tudo muda, a todo instante, numa velocidade assustadora.


Desde que Luna chegou já vivemos muitos momentos assim; desde coisas simples, como passar das roupas e fraldas RN, para P e hoje M (e até G!) como começar a "vida escolar" no berçário, tomando suco, comendo frutinha e ficando quase 12 horas por dia longe de mim.


Na sexta-feira Luna fez 4 meses, e eu sabia - desde a primeira consulta no pediatra, com apenas 1 semana de vida - que este dia chegaria: Luna, que até então dormia no carrinho, na frente da nossa cama, dormiu, pela primeira vez, a noite inteira em seu berço, no seu quarto.


Um dos meus maiores medos sempre foi que ela engasgasse dormindo e, segundo os médicos, existia uma chance maior disso acontecer até os 4 meses, quando o sistema digestivo ainda estava em formação. Então, como era inviável colocar o berço no nosso quarto, optamos por deixá-la no carrinho, pra que eu ouvisse e pulasse da cama ao menor sinal de ruído vindo dali.


Luna já está grandona, ainda é minha bebê - e acho que a verei como bebê até ela completar 47 anos - mas seu organismo já está bem mais formado e forte.


Parece besteira, mas olhar o carrinho vazio na beirada da cama - mesmo sabendo que ela estava linda e dormindo no quarto ao lado - me deu um apertinho no coração... Ir do carrinho pro berço foi um pequeno-grande passo em sua longa caminhada "em busca da independência", e acho que é isso que me faz sentir assim, já, tão cedo, alguns metros longe dela.

Gargalhadas pra madrinha...

A primeira vez que Luna gargalhou foi com meu pai - aos 3 meses e meio - numa daquelas brincadeiras de caretas e sons com a boca que a gente nunca sabe que efeito terão. Tentei gravar mas não deu certo; passou...
No sábado, já com 4 meses, Luna gargalhou novamente, mas de um jeito que ela nunca tinha gargalhado antes.
Não preciso dizer mais nada, o vídeo diz por si só.
Coisa linda da minha vida!!!

Luna motorizada


Mesmo sem pedir, sem querer e sem saber, filho faz a gente tomar decisões que jamais achávamos que tomaríamos.


Ganhei meu primeiro carro com 21 anos - presente da avó materna - um corsinha verde azeitona 97.


Pra época e para as minhas necessidades estava mais do que suficiente. Eu trabalhava em Pinheiros e o trânsito do Tatuapé até lá era terrível, então ia trabalhar de condução e usava o carro apenas aos finais de semana, para lazer.


Um ano e meio depois, alguns mil reais economizados e outros mil novamente ganhos de presente, resolvi trocar o carro e achei que valeria a pena pegar um carro 0Km, afinal, nada como cheirinho de carro novo.


O celta estava bastante a contento, me levava pra onde eu queria, quase não dava problema de manutenção e, acima de tudo, era super econômico.

Passamos a gravidez providenciando tudo que foi preciso pra criar minha pequena: casa, enxoval, etc. Se eu não tivesse carro, a vida teria sido bem mais difícil durante aqueles meses todos. Passávamos todos os finais de semana andando pra cima e pra baixo atrás de imóveis, móveis e roupas de bebê; uma lista praticamente infinita. Eu agradecia todos os dias por ter condições de dar conta de tudo que precisava ser feito e comprado.

A nossa primeira experiência bebê+carro foi na saída da maternidade, claro! Colocá-la e tirá-la de um carro com duas portas não pareceu uma tarefa difícil.


Mas o tempo foi passando Luna foi (crescendo e engordando e) podendo sair mais de casa e começou a ficar difícil entrar com ela no bebê conforto pela porta da frente, colocá-la no banco de trás e vice-versa.


Até que um dia fomos passear no parque e resolvemos levar o carrinho, já que, com o peso que ela estava, colo e bebê conforto não eram opções viáveis. E foi aí que a ficha caiu. Colocamos o carrinho no porta-malas e ficamos, eu e Sil, olhando aquilo e nos olhando: não caberia nem mais uma mamadeira ali, precisávamos trocar de carro.


Não quero aqui parecer mal agradecida ou descontente; sei que a maior parte da população de São Paulo que tem filhos precisa se virar nos 30 pra andar com os filhos de um lado pro outro da cidade; e ter um carro, "independente" de qual seja, já é uma mão na roda incrível.


Mas acho que se você tem a possibilidade de ter algo que facilite sua vida com seu bebê, o investimento é válido.

Pelo meu histórico dá pra ter uma idéia do tipo de carro que gosto: barato e pequeno. Meus pais tinham um Siena e eu queria morrer quando precisava usar o carro deles por qualquer motivo que seja.




Bem, começamos a olhar carros tendo na mente poucos pré-requisitos: porta-malas considerável, 4 portas e usado, porque carro novo está o olho da cara!


Pra meu desespero, logo depois da 1ª saída, concluímos que seria inviável não comprar um modelo sedan, weagon ou coisa do gênero; o porta-malas de qualquer carro hatch não era quase nada maior do que o do celta. Levamos meus pais na saída seguinte, pois nos dava maior confiança na hora de analisar o que nos era oferecido, já que meu pai trocou de carro "algumas" vezes na vida.


Tive que trabalhar muito (muito!!!!!!) meu psicológico para aceitar que, em muito breve, eu teria que dirigir um carro grande.


Compramos um SW 206 - uma barca!!! - e dirigí-lo está sendo um tanto desafiador. Mas como o ser humano é adaptável - e uma mãe faz tudo pelo filho - sei que logo menos estarei pilotando como se o dirigisse desde sempre.

Recomeçando...


Assim como comecei o blog com um atraso de quase quatro meses para relatar a minha experiência gravídica, retomo meus relatos também com um atraso de quase quatro meses para falar da minha vida de mãe.

Está sendo incrivelmente mais difícil escrever o primeiro post desde o nascimento da minha pequena do que foi escrever o primeiro do blog; deve ser por isso que demorei tanto pra voltar aqui.

Mas acho que escolhi uma "época" boa pois, assim como descobrir que estava grávida mudou tudo na minha vida, há menos de três semanas entrei em um novo furacão; agora tudo volta a se encaixar, devagarzinho.

Até porque, seria impossível, nessa altura do campeonato, colocar em palavras tudo que aconteceu desde 13 de janeiro deste ano. As fotos e posts do Facebook e os tweets dão conta - até certo ponto - de me fazer "reviver" esses últimos quatro meses. Então vou registrar aqui e agora apenas os últimos acontecimentos.

Sempre trabalhei e tive uma vida muito agitada, então demorei um tempo pra aceitar e me adaptar ao fato de que iria passar 24 horas por dia dentro de casa durante alguns meses. Até porque, quando Luna nasceu, eu havia saída da casa dos meus pais fazia menos de 3 semanas. Aí fui aos poucos me acostumando com a rotina: arrumar a casa, cuidar da Luna, cozinhar, coisa e tal.

Atenção total na Luna e no lar, mas como um meio de manter ligação com o mundo exterior eu lia quase diariamente meus e-mails, inclusive os do trabalho. Não estar presente no ambiente de trabalho não me fazia sentir as mudanças que estavam acontecendo por lá, mas uma hora elas chegaram até mim. E essas mudanças me fizeram repensar algumas questões profissionais-pessoais e me fizeram conversar com algumas pessoas a respeito do que se passava na minha cabeça.

Como este blog é pra falar do meu eu como mãe e não como profissional, vou resumir aqui e ali e chegar ao que interessa: um belo dia recebi uma proposta de trabalho e pesando todos os prós e contras resolvi aceitar.

É claro que me dissolvi em lágrimas assim que desliguei o telefone, Luna estava na minha frente e eu percebi que não ficaria mais com ela o dia todo.

Passado o momento 'desespero', comecei a planejar a nova vida nova: compra do que faltava pra escola - sim, mesmo os bebês possuem Lista de Material Escolar, e são ítens que não duram o ano inteiro, nanão -, adaptação no berçário - Luna não teria mais alguém pra lhe dar atenção exclusiva 24 horas por dia, mas eu sabia que estava deixando minha filha no melhor lugar do mundo pois, além de receber atenção como aluna, receberia como neta da coordenadora pedagógica e como "neta postiça" do casal dono da escola <3 -, consulta no pediatra para definição de cardápio - entrando na escola ela teria que começar a beber suco, comer fruta e complementar as mamadas com leite em pó, já que seria impossível tirar leite suficiente para alimentá-la por quase 12 horas; difícil saber que eu não seria mais a única provedora de alimento pra ela, rolou um ciúmes sim, #prontofalei... Enfim, dias super corridos.

Vejam a situação fácil: o primeiro dia que eu teria que ficar longe da minha filha por hoooras seguidas foi o primeiro dia no trabalho novo!!! Trabalho novo significa atenção 1000%, absorver o máximo de informações possíveis no menor espaço de tempo; mas como fazer isso com uma bebê de menos de 4 meses longe de você pela primeira vez por um dia inteiro?! Nossa!!!

E pela primeira vez eu não iria voltar do trabalho pra casa da minha mãe - com janta pronta, roupa lavada e casa limpa - sentar no sofá e assistir TV até adormecer. Eu teria que chegar em casa, fazer janta, arrumar bagunça, fazer a mala da Luna pro dia seguinte, ler a agenda da escola, escrever na agenda da escola, trocar fralda, dar atenção pro maridinho e brincar com a pequena. E no dia seguinte não precisaria apenas acordar, tomar banho, tomar café, arrumar minhas coisas e sair pra trabalhar. Teria que acordar, fazer o de sempre mais tirar leite, trocar fralda e dar de mamar.

Mas tem uma coisa simples que é: estou amando TANTO essa minha vida de mãe-casada que faço tudo com muito prazer... É incrível o poder que o amor tem em nos dar energia!

Luna acorda uma vez por noite pra mamar e é só eu aparecer na frente dela que ela se abre num sorriso que me derrete toda! Como sentir cansaço assim? Como não acordar as 4 da manhã com prazer pra dar de mamar pra um serzinho tão incrível?

E a história se repete: quando eu era pequena, minha avó ia da Penha até Ermelino Matarazzo, as 6 da manhã, ficar comigo pra minha mãe trabalhar; quando fui pra escola, Dona Marlene me buscava todos os dias e ficava comigo até meus pais chegarem do trabalho.

Não sei o que seria de nós sem minha mãe (e meu pai), ela pega a Luna na escola praticamente todos os dias e fica com ela até eu e Sil chegarmos do trabalho; cuida, brinca, dá mamadeira e troca a fralda. Sei que ela é louca pela neta, mas sei também que ela tem casa, filho, marido, janta pra fazer e bagunças pra arrumar, e ficar com a Luna come um tempão disso tudo. Mesmo assim ela simplesmente delira quando peço pra pegar a pequena na escola. Mãe...

Quero também deixar registrado o amor e cuidado que uma certa portuguesa tem conosco e com Luninha. Dona Otília, avó paterna, passa cerca de 4 horas dentro de ônibus e metrô pra ir uma vez por semana em casa ver a neta e passar toda nossa roupa e toda (e dela é MUITA) roupa da tchutchuca. Sogra...

Bem, ser mãe tem sido a melhor experiência da minha vida e espero relatar todos os momentos importantes aqui, nesse diário virtual.