quarta-feira, 25 de maio de 2011

Vamos falar de saúde...

Eu já havia escrito que Luna não anda com sua saúde em 100%. Ficou resfriadinha com a mudança de tempo e na quarta-feira passada, ao buscá-la na escola, fomos informados – e nem precisaria – que ela estava com os olhos vermelhos e com muita secreção. Também contei sobre a visita rápida ao médico, que indicou um colírio lubrificante para os olhos e um umedecedor nasal.

E assim fomos levando os dias: limpando os olhos e desentupindo o nariz. Só que no domingo Luna não havia melhorado, e sim piorado; agora era o outro olho que estava diferente, o nariz ainda entupia durante a noite toda e somou-se a tudo isso uma tosse rouca e carregada.
Resolvemos passar no Hospital Infantil Sabará.

Abre parênteses
Assim que contei pra minha mãe que estava grávida, uma das primeiras sugestões - melhor chamar de “ordem” – foi: “Não se esqueça de fazer o plano de saúde do bebê na categoria que contemple o Sabará, porque é o melhor hospital infantil de São Paulo e só eu sei o que passei com você quando era pequena, etc, etc, etc...”
Quando Luna completou um mês, chamamos um corretor pra fazer o plano de saúde da família.
Depois de analisar um milhão de vezes as propostas, decidimos pelo melhor custo-benefício: Medial Saúde.
Tanto o corretor, quando a seguradora são muito porcarias, mas deixo isso pra outro post.
Fecha parênteses

O hospital tem todo um sistema de organização: senha, pré-atendimento, cadastro, sala de espera, consultório e exames, nessa ordem. Fora que ele é fofo, todo decorado pra distrair os pequenos: os andares são temáticos, cheios de brinquedos e arquitetura interativa. Hospital fofo, médicos fofos.

A médica que examinou Luna concluiu que seu peito estava um pouco cheio e pediu um raio-X. O técnico do exame em questão era boliviano, bem mais velho e, pra não “destoar” do restante dos profissionais do hospital, era fofo também. Aí fiquei pensando: pra se fazer um raio-x é necessário que a pessoa fique “completamente” parada, pra não dar erro na imagem. E pergunto: como fazer um bebê de quatro meses acordado não se mexer por alguns segundos. Mas Luna é tão incrível (acho que já falei isso em outros posts) e tão curiosa que ficou quietinha, só observando o lugar e o boliviano que tentava distraí-la. Sucesso na primeira tentativa!

Retornamos no consultório e, para nossa surpresa ela disse que o pulmão estava limpinho. Receitou remédio pro nariz, olhos e inalação com soro; tudo ministrado de 6 em 6 horas.
E lá fomos nós, pra farmácia e pra casa, cuidar da pequena.

No dia seguinte saí de casa pra trabalhar com uma dorzinha no coração. Deixar Luna na escola daquele jeito me dava uma sensação de culpa sem fim. Mas eu precisava mesmo ir, ainda mais sendo uma segunda-feira, dia cheio no trabalho. O que me deixava mais tranqüila era que as tias da escola têm um amor e um cuidado tão grandes que, além de seguir toda a receita médica, fariam de tudo pra deixar Luna bem.

Mas acontece que minha mãe me liga, lá pelas quatro da tarde, dizendo que Luna tinha passado o dia manhosa e enjoadinha, não mamou praticamente nada, não quis dormir no berço e chorava quando alguém mexia em seu ouvido esquerdo. E tem mais! As meninas do berçário olharam toda a receita médica (coisa que eu e Sil, pais desnaturados, não fizemos) e perceberam que ali no finalzinho tinha a seguinte observação: conjuntivite, afastamento de 22/05 (dia da consulta) até ____ (sem informação). Como assim??? Luna é diagnosticada com conjuntivite e a médica do “melhor hospital infantil de São Paulo” não avisa?!?!?! Pânico geral! Imaginem meu estado de nervos.
Minha mãe pede calma, diz que vai ligar no hospital (pra pedir atestado de afastamento) e depois me ligaria. Espera difícil pelo novo telefonema. Eles disseram que o período de afastamento estava em aberto, pois a conjuntivite já estava na fase final e não seria necessário que ela realmente se afastasse da escola. INDEPENTENDE DISSO!!! Por que raios a médica não nos avisou, por quê???

Enfim, a “sorte” é que minha videoconferência havia acabado e eu estava teoricamente livre para ir embora. Ficou combinado que Sil e minha mãe (que já estava na escola) levariam Luna ao Sabará e eu os encontraria lá. Minutos que não passavam. Saí do trabalho, andei até o ponto, fiquei dias esperando o ônibus e mais dias andando pela cidade. Cheguei ao hospital e fiquei anos esperando os dois chegarem com minha filhota.

Assim que vi minha mãe subindo a escada rolante com ela, corri, peguei Luna no colo e não larguei por um bom tempo.
Ela parecia melhorzinha, mas os sintomas do dia anterior ainda continuavam. Passamos novamente pelo ritual hospitalar: senha, pré-atendimento, cadastro, sala de espera e consultório. Dessa vez foi um médico que nos atendeu, fofo³. Após examinar a gorduchinha ele concluiu que ela estava “bem”, ouvidos perfeitos, sem dores em nenhum lugar do corpo e pulmão limpo. Misto de felicidade e inquietude; que bom que ela não tinha nada, mas então de onde vinha a tosse e o estado amuado?

Sem mais ter o que fazer, voltamos pra casa e continuamos os rituais medicamentosos. De segunda pra terça Luna dormiu bem até duas e meia da manhã; acordou, mamou e foi colocá-la no berço pra ela tossir com força; parou, fui deitar, minutos depois, tosse forte novamente; levantei, chupeta e carinho; fui deitar; novo acesso de tosse. Contrariando médicos e parentes que ficam me alertando sobre o risco que corro ao colocá-la pra dormir comigo, peguei Luna e a confortei grudadinha em mim; chupeta, carinho e dormimos as duas, quentinhas. Acordei apenas com o despertador tocando, lá pelas 5 da manhã; calor de mãe tem um efeito incrível, não?
Ela passou terça melhor; comeu mais, chorou menos e dormiu bastantão!

Cada dia é um novo dia, uma surpresa, uma descoberta, um sufoco e uma aprendizagem; e acho que é isso que faz a graça da vida. Mas bem que os filhos, pelo menos até certa idade, poderiam ser totalmente imunes á doenças, não?

3 comentários:

  1. Ah, quer saber? Eles crescem tão rápido, que a gente tem mais é que curtir esses pequenos e proporcionar a eles o maior alívio que pudermos. Enzo tb ficou dodói a semana passada e dormiu 3 dias seguidos conosco. Assim ele e nós ficamos mais tranquilos. Amor cura, pode crer! Saúde prá Luna! Bjks*

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  2. Olá,
    Estava procurando sobre os melhores hospitais infantis de SP e achei seu blog.
    Lendo seu poste acabei de crer que mãe é tudo igual. Tenho uma pequena de vai fazer 2 aninhos o mês que vem e já mudei de convênio inúmeras vezes por não achar um "conjunto" ( hospital, médicos, enfermagem) decente para minha filha ser atendida.
    Tenho um problema muito sério quando se trata em confiar naquilo que alguém fala. No caso o médico. Já tive diversas vezes diagnósticos que não coincidiram com os sintomas da pequena. Enfim...
    Ai é que o amor e carinho de mãe entra em ação. Esse é o melhor remédio!
    É isso, bacana seu post.
    Tudo de bom pra família.
    Bjos
    Beatriz Chaves
    beatriz_chaves@terra.cm.br

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  3. Olá Beatriz,
    Bom saber que meu blog aparece em algumas buscas "genéricas" obrigada pelo seu tempo em lê-lo.
    Realmente, médicos e convênios (na gravidez e agora que ela já nasceu) sempre me deram muita dor de cabeça. Sempre aparece um ponto negativo que me faz desistir de continuar a ser paciente; e isso porque TODOS foram indicações, sempre acompanhadas de frases como "Sim, ele/ela é muito bom/boa!!!". Mudei de médico 4 vezes durante a gravidez e vou para o 4º pediatra, agora homeopata, vamos ver se gostamos...
    Agradeço novamente a atenção
    bjos e tudo de bom pra vcs tb...
    Aline

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