segunda-feira, 3 de outubro de 2011

29/09/2011 – Bebê rockabilly

Sinceramente, não me recordo se já comentei em algum texto o nosso gosto - meu e do Silvio - por rockabilly (é um dos primeiros subgêneros do rock and roll, tendo surgido no começo da década de 1950). Na verdade, nos conhecemos nesse meio: eu, uma recém envolvida com o estilo de dança e Sil, o professor que foi indicado por uma amiga para me dar aula de aéreo (qualquer passo que a mulher saia do chão). Mas isso é outra (longa, longuíssima) história.
Acontece que, desde que engravidei, a freqüência das saídas para sacudir o esqueleto diminuíram consideravelmente; mesmo! Durante a gestação de Luna foram dois ou três vezes; e mais dois ou três depois que ela nasceu. Pra quem ia todo santo final de semana dançar, é uma diferença gritante. Esses dias atípicos aconteceram, acho que todas às vezes, em aniversários de amigos.
O nosso último rolé foi no começo de setembro, no Shake Baby; aniversário de uma amiga querida. A banda da noite era, ninguém mais, ninguém menos, que Henry Paul Trio. O Henry Paul, vocalista da banda, é amigo do Sil, e antes do show começar, ficaram trocando idéia sobre... Sei lá. Mas o mais importante é que, desse papo todo, saiu a informação de que a banda toca, quinta sim, quinta não, num barzinho na frente do metrô Guilhermina, á 3 minutos (literalmente) de casa.
E daí que ontem deu certo dar uma passadinha lá. A idéia inicial era deixar Luna com meus pais (no Tatuapé) e depois voltar para buscá-la; mas o cansaço estava tão grande que resolvemos levá-la junto e ver qual era a do lugar. Se fosse muito inapropriado para um bebê, voltaríamos rápido.
O lugar é bem gostoso, tem uma área a céu aberto e um espaço bacana dentro do barzinho. A gente ficou lá fora até começar o show. Mas e a fumaça do cigarro de alguns fumantes chegavam em nós. Como eu sabia que a banda começaria a tocar a qualquer momento, deu pra segurar.
21h10, hora de ouvir o bom e velho rockabilly. A bateria e o contrabaixo eram acústicos e só a guitarra era eletrônica. Mas assim que a primeira música começou, percebi que o som era um pouco mais alto do que eu gostaria que Luna absorvesse. A idéia então era ficar um pouco, prestigiar os amigos, matar a saudade de ouvir o ritmo ao vivo e ir pra casa, sem ter a possibilidade de dançar, já que jamais ousaríamos deixar Luna com qualquer estranho que fosse.
E então Silvio teve uma de suas brilhantes idéias. E o diálogo foi assim:
Sil - Vamos dançar?
Eu - Oi?! Esqueceu que tem um neném de nove meses no colo?!
Sil – Eu já dancei com duas mulheres ao mesmo tempo. Seguro Luna num braço e danço com você com o outro.
Como eu vivo apoiando essas idéias do Silvio, topei fazer a experiência. E deu super certo. Luna passou a música com a bocona aberta e um sorrisão nos lábios; às vezes o Silvio me girava e às vezes quem girava era ele... e ela. Sucesso total.
E já vejo o futuro próximo: Luna aprendendo a dançar logo que começar a andar, e Silvio fazendo aéreos com a filha assim que ela tiver estrutura física pra isso.

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