Minha tia por parte de pai tem um filho de três anos - meu afilhado lindo! Pela diferença de idade, e por ter guardado “tudo” que o Guga usou quando nasceu, ela simplesmente nos deu o berço, a banheira, o cestinho de higiene e a poltrona de amamentar. Só! Pouca coisa... Mas eu acho que já falei tudo isso...
E daí que, como se não bastasse, antes da Luna nascer ela perguntou o que estava faltando no enxoval da pequena, pois queria dar um presente “de verdade”. Nas minhas pesquisas incansáveis pela Internet fiquei sabendo de um tal "balde pra bebê".
Tenho amigas que dão banho em seus bebês nele, mas eu via aquele acessório mais como um ofurô em miniatura. Pra ser usado naqueles dias de calor, quando você já deu banho na criança, mas quer refrescá-la no final do dia, pra ela possa dormir fresquinha.
O tal balde chama-se TummyTub e tem algumas características próprias: “o plástico usado é transparente, para facilitar a visualização do bebê; não é tóxico; não existem arestas cortantes; a sua base é antiderrapante e na parte inferior há um centro de gravidade que permite grande estabilidade e segurança; o fato de ser um reservatório de reduzidas dimensões permite poupar água e energia, mantendo-a quente durante cerca de 20 minutos.” Enfim, conheço pessoas que optaram por usar um balde comum, mas como minha tia estava disposta á dar – e não faltava praticamente mais nada no enxoval da Luna – achei que seria um presente útil.
Luna nasceu em pleno verão e logo no primeiro mês de vida tentamos fazer a experiência... Frustração! Luna ainda era tão molinha que ficamos morrendo de medo de machucá-la; ela parecia meio desajeitada ali dentro, sem contar que o banho teria que ser em dupla: um segurando a cabeçinha e o outro fazendo o resto. Deixamos o balde de lado.
O tempo foi passando, Luna ficando mais firminha a cada dia e o frio batendo na porta na medida em que o ano avançava. E foram meses de um inverno que não passavam, meses onde Luna usou poucas vezes as roupas de calor.
E na semana passada alguma coisa me fez lembrar do balde. Lembrança triste, pois eu tinha certeza que Luna não caberia mais ali, e se coubesse, não iria querer ficar. Mas prometi que iria tentar mais uma vez, pra não dizer que abandonei o balde sem ter a confirmação se poderia dar certo ou não.
Recebo um telefonema na sexta-feira passada. Era da escolinha, dizendo que Luna estava com febre e perguntando qual seria minha posição. Pedi que dessem Paracetamol e ficassem de olho pra ver se a febre abaixava. Como Silvio estava em casa, ele foi buscar nossa pequena mais cedo. Assim que chegaram em casa, ela adormeceu no sofá, aparentemente com a temperatura controlada. Cheguei e ela continuou dormindo. Meia-hora depois, aproximadamente, ela acorda quente, com um pouco mais de 37° de febre.
E foi aí que eu lembrei que poderíamos dar um jeito nessa temperatura de uma maneira diferente. Balde com água, Luna pelada; hora de tentar encaixar uma coisa na outra. Foi indo, foi indo... Uma coisa meio: “Onde minha mãe está me colocando?! Um pouco apertado pro meu tamanho, não acham? Hum, mas dá pra ficar aqui sim...” Demos os brinquedos do banho e ela ficou ali, mordendo a abelha de borracha e girando a bolinha.
A experiência foi tão boa que a repetimos no dia anterior, depois de um sábado quente e uma Luna grudenta no final da tarde. Gostaria de ter retomado o acessório bem antes, assim que ela já estivesse com a coluna mais firme. Mas não rolou, acontece nas melhores famílias... Assim, posso “apenas” compartilhar aqui os momentos "Balde já com oito meses e meio”, mas fica a dica para as mais corajosas: com o tempo bom e a coluna mais firminha, banho de balde neles.
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