Acho que foram os espíritos do lugar, só pode.
Sábado teve uma mega (mega!) festa de rua do Centro Espírita Perseverança. Eu já fui à outros centros espíritas e, mesmo não freqüentando mais, acredito muito na doutrina. Silvio não tem religião, mas como foi um convite dos nossos vizinhos queridos, ele topou na hora.
O calor estava arrebentando e entre as dezenas de opções do “cardápio” da festa, havia a casa do sorvete. Nossa escolha foi uma taça de sorvete de creme com calda de frutas vermelhas.
Com a bondade de uma família que nos deu lugar em uma das mesas, conseguimos sentar; Silvio em uma cadeira, segurando o sorvete e eu em outra, com Luna de pé no meu colo. A cada colherada que o Silvio dava na minha boca, Luna arregalava aquele olhão verde escuro e fitava a colher como se fosse um objeto mágico.
A aí que a moça que estava limpando a mesa viu a cena e sugeriu: “Por que vocês não dão um pouquinho pra ela?”
A princípio aquela frase me pareceu absurda. Como assim dar sorvete pra um bebê de 7 meses?! Pra que apresentar à ele produtos industrializados desde tão tenra idade?! O que aquele sorvete realmente tinha de nutrientes?!
E a minha resposta imediata foi: Não, ela ainda é muito novinha. A senhora insistiu: Só um pouquinho, pra matar a vontade.
E foi aí que os espíritos do lugar agiram, só tem essa explicação, porque rolou um olhar mútuo de consentimento entre eu e Sil. Ele molhou a pontinha da colher na parte derretida do sorvete e deu pra Luna, que já abriu o bocão ao perceber a colher se aproximando. Só não me assustei com ela lambendo os beiços porque era de se esperar.
E a gente sabia que se desse uma colheradinha, teriam que vir outras e outras, porque a criança ficou num estado de excitação digno de foto. O bom é que ela está numa fase que, quando acabou, acabou; ela se dá por satisfeita e segundos depois esquece o ocorrido. Quero ver mais pra frente...
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