domingo, 5 de dezembro de 2010

Chá de... cadeira

Pra se fazer um filho não é preciso estudar. Certo, isso é de conhecimento geral. 
Mas em compensação, pra cuidar de um filho é preciso estudar sim, e muito!

Ser mãe e pai se aprende na prática; concordo quanto a isso também. 
Mas também já ouvi muito que ler e conversar com outras pessoas sobre o pequeno ser que cresce dentro de você (no caso da mãe) pode ajudar um bocado na hora do desespero.

Como decidi me doar totalmente (na medida do possível) à essa gestação, estou buscando experimentar de tudo que uma grávida tem direito: nutricionista, yoga, drenagem, ensaio fotográfico (conto sobre a experiência num próximo post), etc... E como não poderia deixar de lado, coloquei como uma das prioridades fazer o tal curso para gestantes.


Descobri, lá na metade da gravidez que meu plano de saúde oferece gratuitamente esses cursos... Alguma coisa boa ele tinha que oferecer. Liguei lá há alguns meses atrás para agendar a nossa aulinha. 

Todos sabem que, de graça, até injeção na testa; e como não poderia deixar de ser com um curso "di grátis", eles só tinham vaga para a aula de 12/12! A mocinha que me atendeu disse que 'iria estar tentandor estar me encaixando' na turma de novembro, na aula do dia 06. O procedimento era: ligar para todas as mamães que estavam marcadas para aquela data e, caso tivesse desistência, nós conseguiríamos participar.

E rolou o tal encaixe... 
Lá fomos nós, num sábado chuvoso, as 08h00 da matina, passar aproximadamente seis horas ouvindo profissionais da saúde falar sobre alimentação, anestesias, partos, pediatria, banho e amamentação. 

Como todos eles utilizariam power points para suas elocubrações, o auditório onde estava acontecendo o curso se manteve sempre com uma luz baixa, pra que o conteúdo mostrado ficasse visível a todos os casais presentes, mesmo para os que se sentaram escondidos nas últimas cadeiras. 
Por conta dessa luz suave - e claro, por ter trabalhado a semana toda feito escravo - Silvio, mais conhecido aqui neste blog como 'o pai da Luna', entrou em um estado de sonolência quase irreversível. Concordo que a primeira palestra - sobre alimentação - não foi lá muito empolgante. Não duvido que a profissional ali presente tinha total conhecimento sobre o conteúdo que estava transmitindo, mas ate aí, saber passar o conhecimento para outras pessoas é algo completamente diferente.


Para a nossa sorte, as palestras seguintes foram melhores. Silvio ficou "encantado" com o ginecologistra obstetra, queria porque queria que ele passasse a ser o médico que acompanharia o pré-natal. Tenho que concordar que o "nosso Dr." é um tanto quanto mais calmo (Mari Moura o apelidou carinhosamente de Dr. Cuca Fresca), mas o que me importa mesmo - óbvio! - não é um médico que seja um super showman, mas um que traga minha filha pro mundo da maneira mais segura, tranquila e saudável possível; pra mim e pra ela.
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Um assunto importante foi sobre anestesia. Confesso que não sou grande fã de agulhas, mesmo tendo 3 tatuagens no corpo. E até agora só tinha ouvido comentarem por cima sobre esta etapa do parto; sabia que eram agulhas enormes que tinham que injetar líquidos dentro da coluna. Eu ficava mole só de pensar... Nessa palestra fiquei sabendo que a tal mega agulha só é enfiada depois de feita uma anestesia local, com as boas e velhas agulhas fininhas; então a "picada" da agulha tamanho mangueira não seria nem sentida. Ufa!

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Desde que engravidei já ouvi falarem tantas coisas! Tantos conselhos, sugestões, alertas de tantas mães, tias e avós "experientes" que seria necessario um blog só pra isso... Mas pouco  haviam falado sobre amamentação e banho. Essa foi a parte final do curso e as informações foram passadas por uma enfermeira da Maternidade Santa Helena, onde Luna nascerá.

NossaSenhoraProtetoraDasMãesDePrimeiraViagem! Como dá trabalho amamentar e dar banho. Eu sei que com a prática fica mais fácil do que dirigir carro. Mas tá difícil de imaginar que se tornará um "processo automático"; são tantas "regrinhas", tantos truques e dicas. Afe!!! Confesso que saí um pouco preocupada dali, com aquela típíca sensação de que não darei conta de "coisas tão difíceis".