quarta-feira, 13 de março de 2013

Beethoven - O magnífico: De carona no cinema

Veja dicas de outros filmes que tenham participações relevantes de bebês ou crianças ali no cantinho esquerdo do blog. Saiba mais sobre o projeto, aqui.
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Qual o ser humano “normal” (não vou entrar neste tipo de análise) que olha pra um cachorro da raça São Bernardo e não faz uma carinha de ‘ówn’?!
Eu tinha aproximadamente sete anos quandoBeethoven – O magnífico’ foi lançado. Aquele monte de baba voando pra todo lado, a bagunça na casa, as marcações de território e a possibilidade dele arrastar uma criança rua abaixo caso começasse e correr não importavam. Ele era tão fofinho, tão bonzinho, tão lindinho, tão grandinho, tão... E como a maioria das crianças, após assistir o filme, fui logo pedindo um cachorro igual; como se o processo fosse ir até a padaria da esquina, enfiar uma moeda de um real numa máquina que fica ao lado da geladeira de bebidas e o cachorro saísse por uma portinha; essas crianças... Mas meu pedido foi imediatamente negado, pois tínhamos passado recentemente – acho que dois anos atrás - por uma experiência canina que não deu certo: eu queria um cachorro, meus pais compraram, ele comia as roupas que caíssem do varal ou chinelos esquecidos do lado de fora; e como eu era pequena, era minha mãe que limpava xixi, cocô, lavava quintal, levava no veterinário, pagava a conta do veterinário, comprava ração, pote de água, coleira, brinquedos, casinha, tinha que estar junto pra levá-lo pra passear na rua e tal. Amor de mãe tem limite e ela resolveu que gostaria de relembrar como era a vida sem ter um filho cheio de pêlos (antes mesmo dele chegar na puberdade).
Mas eu não desisti do sonho de um dia ter um cachorro tão grande que pudesse dormir em cima a ponto de abraçá-lo a e minhas mãos não se encostarem. E mais de dez anos depois, não lembro como, fiquei sabendo que estavam doando “filhotes” de São Bernardo, numa cidade bem próxima a São Paulo. Como eu sabia que um filhote custava caro, a palavra ‘doação’ foi tão doce que eu senti que precisava de pouco pra convencer (novamente) meus velhos a terem um cachorro em casa. Agora eu afirmava com veemência que seria a única responsável pelo grandalhão. Fomos buscá-lo no carro de um ex-namorado, um Celta que voltou cheio (cheio!) de pelos e baba, pois o cachorro estava tão assustado que não parou quieto durante a viagem toda.

Sempre dizem que o animal escolhe alguém da casa pra chamar de “seu dono”. E, depois de tantos anos de expectativa, meu querido cachorro escolheu... Meu irmão. Diego passou a primeira semana dormindo no quintal, até o cachorro adormecer, caso contrário, Homer chorava quando ele saía.  
Meu irmão adorava o ser canino, mas queria fazer outras coisas pertinentes a uma criança. Eu fazia faculdade de manhã e tinha coisas pra fazer na parte da tarde. E como o bicho de quatro patas era proibido de entrar em casa – convenhamos! - acabava ficando muito tempo sozinho. Eu acordava mais cedo de manhã pra levá-lo pra passear, mas o bicho foi ficando num estado que acordava sozinho, cada vez mais cedo e só parava de chorar quando ia pra rua. Até que um dia, ao ouvi-lo chorar, olhei no relógio e percebi que eram três da madrugada! Resumo da ópera: resolvemos arranjar alguém que quisesse ficar com ele.

Hoje me arrependo de ter tirado o coitado do sítio onde estava, ter tirado sua liberdade e limitado seu espaço pra brincar. Foi tratado com muito amor, mas acho que cachorros precisam mais do que isso.  
 
Beethoven – O magnífico

Título original: Beethoven
Lançamento: 1992
Duração: 1h 27min
Dirigido por Brian Levant
Gênero: Comédia , Família, Drama
Nacionalidade: EUA
Distribuidor: Universal Pictures do Brasil
Orçamento: US$ 18 milhões

Sinopse

A famíla Newton vive em uma casa confortável, mas parece que falta algo. Este vazio é preenchido quando um mascote vai morar lá, sendo que na verdade este filhote é um imenso cão são bernardo, que traz alegrias e também muitos tumultos para os Newton. Paralelamente Herman Varnick (Dean Jones), o veterinário do local, tem uma secreta e horrível segunda atividade que requer diversos cachorros para experimentos, sendo que Beethoven está na lista de Varnick.

Elenco

Charles Grodin ... George Newton
Bonnie Hunt ... Alice Newton
Dean Jones ... Herman Varnick, D.V.M.
Oliver Platt ... Harvey
Stanley Tucci ... Vernon
Nicholle Tom ... Ryce Newton
Christopher Castile ... Ted Newton
Sarah Rose Karr ... Emily Newton
David Duchovny ... Brad
Patricia Heaton ... Brie
Robi Davidson ... Mark
Laurel Cronin ... Devonia Pest
O-Lan Jones ... Biker Woman
Nancy Fish ... Miss Grundel
Craig Pinkard ... Homeless Man

Curiosidades

Screenwriter John Hughes is credited as "Edmond Dantes." The pseudonym is an homage to a character in "The Count of Monte Cristo." This film is one of only a few written by Hughes that takes place outside of the state of Illinois.

Eleanor Keaton, Buster Keaton's widow, trained the dog Beethoven for this movie.

So incensed were the American Veterinary Association about the depiction of a vet as leader of a dog-napping ring, they fired off a letter of protest to Jack Valenti, head of the Motion Picture Association of America.

Was largely filmed in the southern area of Pasadena, however at the beginning of the film, when Harvey and Vernon are chasing down the dogs, this was filmed on the back-lot at Universal.

Referências:

http://www.adorocinema.com/filmes/filme-7470/
http://www.imdb.com/title/tt0103786/

Quando mãos, tinta e parede finalmente combinam

Primeira tentativa de decorar a casa com as próprias mãos, literalmente. Depois de meses de espera, finalmente arranjamos um tempo pra fazer isso. O processo foi uma delícia! E estava tão lindo!
 
 


Usamos duas cores por pessoa, pra que nós e principalmente Luna pudesse reconhecer as respectivas mãos. Silvio, por ter a mão maior, foi o primeiro a "assinar" a parede toda, eu fui a segunda e deixamos as mãozinhas de Luna por último, pra ficar por cima de todas as outras.
Mas na sua última "assinatura", Luna resolveu "espalhar um pouco mais a tinta na parede". Fiquei brava e briguei com ela; até chorei. Depois morri de vergonha da minha reação e pedi mil desculpas.
Silvio tentou consertar com toda boa vontade do mundo, mas não deu.

                               

Achei que tivesse perdido o interesse de fazer de novo, mas olhando o vídeo hoje, acho que vale a pena dar mais uma chance para a parede e para o nosso espírito artístico.

Ah! A tinta usada não foi de parede, mas Acrilex pra criança mesmo.