1, 2, 3, 4, 5, 6... Luna completou 6 meses na semana passada. Meio ano de vida!!! Seis meses, 181 dias, 4.320 horas!
Ela ainda é apenas um bebê, mas já aprendeu tanta coisa neste tempo, já mudou tanto, cresceu tanto, e a cada manhã que vou até seu berço ela parece muito maior, mais esperta e mais interessada pelo mundo.
Da série “Ser mãe é”: devorar livros, sites e newsletters sobre todas as fases do desenvolvimento do seu bebê. E a cada novo texto eu parava pra pensar como é difícil ter que aprender simplesmente tudo, desde sugar, segurar algo nas mãos e virar a cabeça quando ouvir um barulho. É muita coisa! O ser humano já nasce cheio de “pressão”; por mais que cada bebê tenha seu tempo - e esse tempo deva ser cuidadosamente respeitado – existem os ‘exercícios de estimulação’ que precisam ser feitos constantemente para que os pequenos consigam, aos poucos, experimentar novas vivências e se virar sozinhos.
E quando você está com sua cria no colo, com apenas um ou dois meses, toda molinha, vendo fotos de bebês sentados, de bruços, engatinhando, ou de pé, é quase impossível imaginar que um dia o seu bebê irá fazer tudo aquilo. Você faz os tais exercícios de estimulação porque no fundo acredita que esta é a única maneira de sonhar com a possibilidade do desenvolvimento do seu bebê; mas ali, naquele momento, parece que ele vai ser molinho pra sempre.
E Luna me surpreendeu novamente esta semana. Passamos todos os dias juntas, eu, de folga do trabalho, ela, de férias da escolinha, as duas matando a saudade da nossa época de licença maternidade. Que delícia de semana, cheia de novidades e descobertas: Luna já fica sentada praticamente sozinha, virou de bruços a primeira vez sem ajuda, já pega e segura sozinha os próprios pés (e de vez em quando os coloca na boca) e experimentou o gostinho do sal, da comida, não dos pés...
Quase morri de felicidade quando deixei Luna deitada de barriga pra cima, coloquei um brinquedinho ao seu lado, na altura dos olhos, e ela, de uma vez, virou de bruços pra pegar o brinquedo. É um orgulho tão grande que não cabe no peito. Faço esses exercícios de rolar desde que ela tinha dois meses. No começo eu fazia praticamente todo o movimento, todo o esforço, mas com o tempo foi ficando mais fácil, apenas uma ajudinha e nesta semana, foi sozinha e agora vai sozinha sempre, sem hesitar.
Pra sentar foi a “mesma coisa”; o plano foi mudando, antes só deitada, depois uma almofadinha pra inclinar, depois uma almofadona, depois sentada, encostada no sofá e rodeada de almofadas, depois sem almofadas, mas ainda com braços em volta. E agora, colocamos um edredom no chão, brinquedos por perto e pronto, ela fica lá se distraindo. Claro que cai de vez em quando, mas quase não acontece mais. Lindo olhar pra ela ali, sentadinha, brincando. Tão linda que eu tenho que me controlar pra não apertá-la de cinco em cinco minutos; minha bebê tão mocinha já.
Pés nas mãos e mãos nos pés, foi de repente. Há uns três meses vi um bebê no shopping sentado/deitado no carrinho, com a mamadeira numa mão e um pé na outra, quase ajudando a segurar a mamadeira; achei fofo. Mas nunca insisti muito pra que Luna segurasse os pés, bem de vez em quando, na hora de trocar a fralda, eu levava um pezinho até suas mãos, só pra que ela pudesse ir descobrindo o próprio corpo. E assim, um belo dia ela levanta os dois pés pra cima, segura cada um com uma mão e fica deliciosamente se balançando. Ás vezes trapaceia e segura as meias ou a calça, mas eu suspiro de alegria mesmo assim.
Seis meses completos, hora de entrar na papinha. Por enquanto legumes cozidos com uma pitadinha de sal. Primeiro dia, batata com cenoura. Luna sempre mamou feito cabritinha, devorou mamadeiras e papinhas de fruta. Como seria um gosto tão novo? E se ela não gostasse? Se recusasse? Apreensão. Mas ela não me decepciona nunca. Na primeira colherada fez uma cara do tipo: “Que gosto é esse? Huuuum, é bom, quero mais!” E abriu o bocão logo que viu a colher de novo. Cenoura com abóbora? A mesma coisa. Abóbora com abobrinha? Também. Dá gosto de preparar qualquer refeição dela. O único problema? O cocô! JesusMariaJosé, como fede aquele cocô! É minha filha, fruto do meu ventre e eu a amo mais do que tudo nessa vida, mas não me venha nenhum discípulo de nenhuma linha de psicologia dizer algo do tipo “É o cheio natural do seu bebê, é lindo” ou nada parecido. Eu daria todo apoio se inventassem uma fralda com alguma substância que amenizasse aquele cheiro ou algum acessório pro nariz das mães na hora de trocar a fralda. Ninguém merece...