Já vi muitos posts - em diversos blogs - serem
dedicados exclusivamente para o compartilhamento de fotos de um passeio
específico da família ou de um acontecimento importante; quase sem texto mesmo,
apenas dizendo coisas como “Esse final de semana fomos ao parque e vejam que
delícia”. Acho que cada um tem seu motivo para tornar público esses registros.
Mas nunca fiquei sequer tentada a fazer algo do gênero.
Bem, quando está inspirado, Silvio tira umas fotos
bem legais, mas a realidade é que eu sou a “fotógrafa” mala da família.
Se a máquina fotográfica criasse vida própria, fosse se esconder atrás da caixa
de ferramentas e eu me esquecesse dela, Luna não teria quase registros nenhum dos
seus dois primeiros anos de vida. A não ser quando minha mãe está por perto; acho
que a contaminei com o ROC (Registro Obsessivo Compulsivo). Tenho me controlado
bem, mas algumas vezes ainda preciso que Silvio me diga pra parar de clicar ou
gravar.
E neste final de semana resolvi levar a máquina
fotográfica pra casa da minha sogra. Combinamos de passar o dia lá; e um dia
naquela casa - com aquelas duas primas - pode render fotos ótimas; já que é
cheio de ação.
Eu adoro planejar passeios pra família. Como o
Silvio diz, não consigo ficar um final de semana em casa. Se tem um dia
“livre”, já imagino de irmos ao Sesc, à praia, ao parque, zoológico, teatro...
Mas vendo as fotos que tirei naquele domingo, na casa da sogra, comecei a
pensar em quanto tempo Luna passou – durante seus dois anos de vida – na casa
das avós.
A família do Sil tem o ritual do ‘almoço de
domingo’: avó, avô, tias, tio, prima e Frodo (o gato da casa); portanto,
pouquíssimas vezes deixamos de visitar o lado paterno da família no final de
semana. Do meu lado, Luna é a primeira neta, bisneta e sobrinha-neta. Minha mãe
sempre quis ser avó e meu pai é completamente louco pela minha filha - e até
já confessou sofrer fisicamente de saudade. Então nos vemos com bastante
frequência, afinal, não quero que ninguém tenha um ataque cardíaco por questões
emocionais. Pra ajudar a aproximação, minha mãe super quebra o nosso galho pegando
Luna na escola quando não podemos; ou quando queremos ir ao cinema, sair pra
dançar ou ficar em casa e dormir até um pouco mais tarde. Portanto -
tirando a escola e nossa casa - as casas das avós são locais muito íntimos pra
ela.
Hoje se fala muito na importância da participação
dos avós na vida e na educação dos netos. Claro que tem muita coisa pra ser
discutida sobre isso, mas olhando pra nossa família eu não poderia ser mais
grata pela constante e amorosa presença dos quatro membros mais velhos (tirando
os dois bisavós) na criação de Luninha. O bom disso tudo é que ela tem
experiências bem diferentes nas duas casas: cada um dos quatro possui
qualidades que se complementam e fazem Luna enlouquecer de felicidade quando
dizemos que vamos visitá-los.
O GNT tem um programa que eu adoro: Quebra-cabeça.
Ele aborda o universo infantil e tudo que gira em volta dele. Cada episódio fala
sobre um tema específico; conta com depoimentos de especialistas e apresenta
casos e personagens reais, de uma maneira muito deliciosa. O programa dedicou
um episódio para falar sobre a relação ‘avós e netos’ e encontrei um dos
depoimentos exibidos:
Bem, imagens dizem mais do que palavras…
Bem, imagens dizem mais do que palavras…
E tem até a foto do Frodo, tirada pela pequena fotógrafa.