quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Vô, vó; vô, vó


Já vi muitos posts - em diversos blogs - serem dedicados exclusivamente para o compartilhamento de fotos de um passeio específico da família ou de um acontecimento importante; quase sem texto mesmo, apenas dizendo coisas como “Esse final de semana fomos ao parque e vejam que delícia”. Acho que cada um tem seu motivo para tornar público esses registros. Mas nunca fiquei sequer tentada a fazer algo do gênero.

Bem, quando está inspirado, Silvio tira umas fotos bem legais, mas a realidade é que eu sou a “fotógrafa” mala da família. Se a máquina fotográfica criasse vida própria, fosse se esconder atrás da caixa de ferramentas e eu me esquecesse dela, Luna não teria quase registros nenhum dos seus dois primeiros anos de vida. A não ser quando minha mãe está por perto; acho que a contaminei com o ROC (Registro Obsessivo Compulsivo). Tenho me controlado bem, mas algumas vezes ainda preciso que Silvio me diga pra parar de clicar ou gravar.

E neste final de semana resolvi levar a máquina fotográfica pra casa da minha sogra. Combinamos de passar o dia lá; e um dia naquela casa - com aquelas duas primas - pode render fotos ótimas; já que é cheio de ação.

Eu adoro planejar passeios pra família. Como o Silvio diz, não consigo ficar um final de semana em casa. Se tem um dia “livre”, já imagino de irmos ao Sesc, à praia, ao parque, zoológico, teatro... Mas vendo as fotos que tirei naquele domingo, na casa da sogra, comecei a pensar em quanto tempo Luna passou – durante seus dois anos de vida – na casa das avós.

A família do Sil tem o ritual do ‘almoço de domingo’: avó, avô, tias, tio, prima e Frodo (o gato da casa); portanto, pouquíssimas vezes deixamos de visitar o lado paterno da família no final de semana. Do meu lado, Luna é a primeira neta, bisneta e sobrinha-neta. Minha mãe sempre quis ser avó e meu pai é completamente louco pela minha filha - e até já confessou sofrer fisicamente de saudade. Então nos vemos com bastante frequência, afinal, não quero que ninguém tenha um ataque cardíaco por questões emocionais. Pra ajudar a aproximação, minha mãe super quebra o nosso galho pegando Luna na escola quando não podemos; ou quando queremos ir ao cinema, sair pra dançar ou ficar em casa e dormir até um pouco mais tarde. Portanto - tirando a escola e nossa casa - as casas das avós são locais muito íntimos pra ela.

Hoje se fala muito na importância da participação dos avós na vida e na educação dos netos. Claro que tem muita coisa pra ser discutida sobre isso, mas olhando pra nossa família eu não poderia ser mais grata pela constante e amorosa presença dos quatro membros mais velhos (tirando os dois bisavós) na criação de Luninha. O bom disso tudo é que ela tem experiências bem diferentes nas duas casas: cada um dos quatro possui qualidades que se complementam e fazem Luna enlouquecer de felicidade quando dizemos que vamos visitá-los.

O GNT tem um programa que eu adoro: Quebra-cabeça. Ele aborda o universo infantil e tudo que gira em volta dele. Cada episódio fala sobre um tema específico; conta com depoimentos de especialistas e apresenta casos e personagens reais, de uma maneira muito deliciosa. O programa dedicou um episódio para falar sobre a relação ‘avós e netos’ e encontrei um dos depoimentos exibidos:

                 

Bem, imagens dizem mais do que palavras…

 E tem até a foto do Frodo, tirada pela pequena fotógrafa.