Em 20 de julho de 2010 Luna já estava com 15 semanas, dentro da minha barriga. Meu primeiro post aconteceu neste período; e ele começa assim:
“Entro hoje (segundo os cálculos dos médicos) na 15ª semana de gravidez decidida a, finalmente, compartilhar com amigos e conhecidos essa nova fase da minha vida e todas as dores e prazeres pelos quais estou passando. Meio tarde, eu sei, mas ainda tenho quase 6 meses pela frente e vou "tentar" recuperar o tempo perdido. A história do blog começou assim:
Tenho uma amiga no trabalho que está "mais grávida do que eu". Numa conversa com ela ontem, perguntei como ela estava "registrando" tooooodo esse turbilhão de sentimentos e acontecimentos desses seis meses de gravidez. Ela disse que escreve em um caderno, com direito à canetinhas coloridas, desenhos e colagens.
Fiquei me sentindo uma mãe desnaturada; a única coisa que fiz até agora foi tirar foto da barriga nessas últimas duas terças-feiras (e assim será toda terça-feira!) e subir meu 2º e 3º ultrassom no Youtube.
Decidi começar um blog, pronto! Nunca tive lá uma grande tendência a escrever sobre a minha vida, mas fico pensando na minha infância: minha mãe é uma aficionada por fotografar a família, viagens, aniversários e tudo mais, então tenho tanto registro e tanta memória visual que dá gosto. Volto no tempo - ano a ano, quase mês a mês - cada vez que começo a virar as páginas dos álbuns de fotografia aqui de casa. E quero fazer igual ou melhor agora que a mãe sou (porque já sou!) eu.
Fotos e vídeos estarão mais do que garantidos! O tal "casa de ferreiro, espeto de pau" não terá vez nesta família! Mas escrever já é outra história... Leva um tempo maior, uma dedicação maior. É um baita exercício de se olhar, olhar o que está fora e o que está dentro, nossa!!!
Mas vamo que vamo!!! E outra! Terei uma super ajuda - assim espero - da outra metade responsável por tudo isso. Silvio, o papis d@ pimpolh@ - também irá dar as caras por aqui... Não garanto freqüências semanais nem coisa do tipo, mas prometo atualizar sempre que possível.”
Tenho uma amiga no trabalho que está "mais grávida do que eu". Numa conversa com ela ontem, perguntei como ela estava "registrando" tooooodo esse turbilhão de sentimentos e acontecimentos desses seis meses de gravidez. Ela disse que escreve em um caderno, com direito à canetinhas coloridas, desenhos e colagens.
Fiquei me sentindo uma mãe desnaturada; a única coisa que fiz até agora foi tirar foto da barriga nessas últimas duas terças-feiras (e assim será toda terça-feira!) e subir meu 2º e 3º ultrassom no Youtube.
Decidi começar um blog, pronto! Nunca tive lá uma grande tendência a escrever sobre a minha vida, mas fico pensando na minha infância: minha mãe é uma aficionada por fotografar a família, viagens, aniversários e tudo mais, então tenho tanto registro e tanta memória visual que dá gosto. Volto no tempo - ano a ano, quase mês a mês - cada vez que começo a virar as páginas dos álbuns de fotografia aqui de casa. E quero fazer igual ou melhor agora que a mãe sou (porque já sou!) eu.
Fotos e vídeos estarão mais do que garantidos! O tal "casa de ferreiro, espeto de pau" não terá vez nesta família! Mas escrever já é outra história... Leva um tempo maior, uma dedicação maior. É um baita exercício de se olhar, olhar o que está fora e o que está dentro, nossa!!!
Mas vamo que vamo!!! E outra! Terei uma super ajuda - assim espero - da outra metade responsável por tudo isso. Silvio, o papis d@ pimpolh@ - também irá dar as caras por aqui... Não garanto freqüências semanais nem coisa do tipo, mas prometo atualizar sempre que possível.”
-------------------------------------------------------------------
Confesso que não sinto grandes vontades de reler o que escrevi no passado. A gente muda demais ao longo da vida e ao reler o que já escrevi acabo achando aquilo uma mistura entre engraçado, vergonhoso, bizarro, fofo e inteligente. Um ano e meio atrás não é um passado lá tão distante, mas nesse meio tempo passei por uma gestação e fui mãe de uma princesa que hoje já tem (sim, já!) um ano e 25 dias. Então sou outra, completamente diferente daquela que eu era quando escrevi aquele primeiro post. E acho que colocar este primeiro texto aqui faz todo sentindo, porque ficaria incompleto pra eu contar apenas hoje como começou, sem ir buscar como foi esse começo para a Aline de 2010.
Eu tenho uma dificuldade muito grande em começar a escrever os textos pro blog e só parar depois que digitar o último ponto final. E foi assim desde o começo. Não sei se é porque são palavras muito caras pra mim, se eu me coloco ali por inteira, não sei e não vou fazer qualquer tipo de análise aqui e tentar encontrar os motivos; mas a questão é que eu abro o arquivo onde estão todos os posts - desde o primeiro - coloco a data, suspiro fundo e começo a escrever. Mas aí, depois do primeiro parágrafo - ou, ás vezes, da primeira linha – minimizo a janela, vejo se tem atualização no Facebook, no e-mail da empresa ou no e-mail pessoal; passo a música que estava ouvindo, bebo água, pego alguma coisa pra comer ou mando uma mensagem no celular. E assim o texto vai saindo.
Mas, olha, eu tenho um orgulho danado desse blog. Não sou escritora, jornalista ou poetisa. Quando escrevo aqui tenho minha filha e todo esse nosso mundo na cabeça e no coração e deixo as palavras irem saindo. Do jeito que vierem. Depois releio e ajusto, às vezes muito, às vezes quase nada. De vez em quando publico com uma sensação deliciosa de ter contato um fato do jeito mais gostoso possível; de vez em quando acho que tá uma merda, mas publico mesmo assim, porque foi desse jeito que eu pari aquele texto e pronto. E muitos outros nascimentos estão aqui dentro ainda, e eu fico cuidando e gestando, esperando que eles estejam prontos pra caírem no mundão, virtual, neste caso.
Até poucas semanas atrás o blog era um mundinho bem meu – do Silvio também, mas suas participações são mais tímidas. Eu escrevia pra mim e pra deixar pra Luna um registro de sua vida sob o meu olhar e mostrar pra ela que eu posso não ter acertado muitas vezes, mas tentei ser a melhor mãe possível. Mas de um tempo pra cá comecei a mergulhar na blogosfera maternal e eis que descubro dezenas de blogs de mães. Dezenas! Mães e filhos de todos os tipos, jeitos, modos e gostos. E achei tudo uma delícia! E foi assim que descobri o Super Duper, da Anne (e descobri que a gente havia se cruzado há uns 15 anos e depois nunca mais a vi; coisas da vida) e o Mamatraca; e quero agradecer aqui a possibilidade de me fazer sentir novamente aquele gostinho doce (e ansioso) do começo.