A gente se vira do avesso em muitos momentos durante a educação dos filhos; como por exemplo para fazê-los comer, fazê-los dormir, tomar banho (quando a ideia de parar de brincar parece que irá matá-los), lição de casa – ainda não passei por isso -, etc, etc, etc. E recentemente descobri mais um momento na nossa relação com Luna que exigiria vasculhar a mente atrás de uma ideia criativa: a hora de trocar a fralda de cocô.
Escrevi aqui sobre a não recente fixação da pequena por lenços umedecidos; mas até pouco tempo atrás ela focava a limpeza no rosto, nas mãos e na barriga. De umas semanas pra cá a troca de fralda virou uma “disputa” de quem consegue limpar primeiro a área “baixa”. Acho que de tanto Luna me observar passando o lencinho ali, deve ter desenvolvido – pra isso também - aquele instinto de imitar tudo o que a mãe faz.
Quando a troca de fraldas é apenas por conta do excesso de xixi, até tudo bem; nesse caso dou um jeito de correr e limpar a região primeiro, antes que Luna pegue o pedaço de lenço que dei e esfregue suas partes íntimas. Mas a grande questão toda é quando abro a fraldinha porque sei que vou encontrar ali um presentinho mal cheiroso. Mesmo que nem sempre Luna esteja com o tal do lenço, acho que o momento da retirada da fralda dá certo alívio nela e a mocinha fica tentada a colocar a mão numa área que está a maior parte do tempo coberta. Então, com lenço ou sem o perigo é o mesmo. Assim que abro as abas adesivas da fraldoca, já estou com papel higiênico na mão e começo imediatamente a retirar os restos do que um dia foi comida. E é sempre um entrelaçar de braços, meus e dela, as duas querendo limpar e se limpar.
E daí que na semana passada, no meio de um furacão fedorento, eu tive a ideia de uma brincadeira com segundas intenções. Assim que tirei a fralda, antes que Luna pudesse fazer qualquer movimento com os braços, eu olhei pra ela e disse: “Filha, mãos na cabeça! Isso! Deixa a mão aí hein!”. E funcionou perfeitamente por três segundos, porque é óbvio que criança não aguenta ficar mais tempo que isso numa mesma posição, principalmente quando a posição é sugerida por um adulto e pra ela não faz o menor sentido. Mas aí a gente vai brincando: “Filha! Não pode abaixar a mão. Mãos na cabeça de novo!”. E a coisa vai rolando.
Tudo isso é bom pra você aprender a fazer as coisas mais rápido, quando necessário, e ajuda até a estimular sua criatividade. Esses filhos nos tornam pessoas melhores a cada dia, hein! Com cocô ou sem cocô.