Aí fico pensando até que ponto essas delimitações valem para as mães.
Temos aqui dois lados da “mesma” moeda:
O primeiro é achar que nossos bebês não crescerão nunca. Estou bem no começo da jornada, mas já ouvi tantas vezes o mesmo tipo de pensamento que considero um sentimento universal. E imagino que é legítimo mesmo. Acredito que o tempo passa tão rápido (E como!) que é quase impossível pra uma mãe aceitar que sua cria já não é mais a mesma de meses ou até anos atrás. E aqui aparece todo tipo de situação: desde mães que “sofrem com o crescimento” dos filhos mais naturalmente e se adaptam ás mudanças de um jeito saudável; até mães que praticam o apego fazendo a mala e o prato de seus pequenos marmanjos.
E o outro lado é onde me encontro neste exato momento: achar que seu pequeno bebê já está tão crescido que você se esforça pra lembrar como ele era há poucas semanas atrás. Luna já manda beijo, mama sozinha, engatinha, sabe lavar a barriga, pentear o cabelo, limpar a orelha, encaixar algumas peças de brinquedo, desenhar com giz (rabiscos tão originais e artísticos!), beber no canudinho, dar piscadinha (isso entra na lista de “coisas inúteis que ensinamos aos nossos pequenos apenas porque achamos encantadoramente lindo e ficamos mostrando pra todo mundo!”) e neste feriado ela descobriu que consegue ficar de pé sozinha! Não, não é ficar de pé parada sozinha, mas estar sentada, apoiar mãos e pés e levantar! Quase morri de emoção quando ela fez isso pela primeira vez na minha frente. Tão de repente!
Alguns especialistas dizem que durante os primeiros dois anos de vida acontecem alguns saltos de desenvolvimento, onde os bebês descobrem uma nova habilidade e ficam tão entusiasmados que querem praticá-la o tempo todo; seus sistemas perceptivo e cognitivo mudaram, houve uma maturidade neurológica, mas não tempo hábil para adaptação às mudanças.
Mas peraê, e cadê o tal tempo hábil para que nós nos adaptemos a essas descobertas? Às vezes me pego pensando em tudo que vivemos até agora e sinto como se fosse ontem abril de 2010 que descobri a gravidez da Luna. Aí penso que isso realmente faz “muito” tempo e volto ao seu nascimento. Ah! Esse sim foi ontem janeiro de 2011. E hoje ela já anda! Minha bebezica tão cheirosa e fofinha já fica em pé e (praticamente) anda sozinha!
O mundo pode parar só um pouquinho pra eu descer e digerir tudo isso sem que mais mudanças e aquisições de habilidades e novidades aconteçam? Teoricamente (literalmente) ela ainda é considerada um bebê, mas faltam apenas cinco meses para que ela pule fora dessa classificação e se torne uma criança. Eu acabei de ser mãe de um bebê, não podemos continuar assim por mais um tempo? Por favooooor?
É claro que tudo é gradativo e na prática nada mudará, mas ser mãe de um bebê tem uma aura mágica que acho que pode “se perder” um pouco conforme os pequenos vão crescendo. Não sei ao certo, vou ali surtar viver e conto mais depois.