sexta-feira, 29 de julho de 2011

Visita mais do que esperada...

Morei dos 04 aos 21 anos na Rua Mandú, 150. Uma travessa da Avenida Amador Bueno da Veiga, no bairro da Guilhermina Esperança.
Minha mãe, muito sortuda na vida, trabalhou esse tempo todo na rua de casa, na Subprefeitura da Penha. Era uma decidona e a Subprefeitura ficava lá embaixo, no finalzinho da rua.
Depois de grandinha, ela já me deixava descer sozinha e ir visitá-la no trabalho, claro que sempre tinha algum motivo aparente: pegar alguma coisa com ela e levar pra casa, ir ao médico (no meio) depois do expediente, coisa e tal.
Acontece que na frente do trabalho tinha uma lanchonetezinha de uma senhorinha super fofinha e simpática. Sempre que a visita era na hora do almoço (meu horário preferido, ainda com o uniforme da escola), e de lá iríamos pra outro lugar, minha mãe me dava dinheiro – nem sei quanto, não era real na época – e falava: Vai lá na lanchonete e come alguma coisa.
Ah! Os pequenos prazeres da vida. Como eu adorava aquilo... Meus itens preferidos eram coxinha, Fanta laranja e paçoquinha Amor. Toda a preguiça de subir a rua pra chegar em casa era previamente compensada por aqueles minutos sentadinha naquela ‘mesa de ferro tipo bar com toalha de florzinha’.
Outra coisa que eu gostava muito também era o lago com carpas. O prédio tinha uns quatro andares e o meio dele era feito de rampas bem grandes; de qualquer andar dava para ver o laguinho no térreo, e eu ficava um tempão lá, olhando os peixes e colocando a mão na água suja, claro!
Bem, isso foi há muito tempo atrás; naquela época eu era filha, neta, irmã, prima e sobrinha. Agora que ganhei a função de mãe, a brincadeira vai começar tudo de novo. Digo, já começou...
Foto: Marina Perroud =o)
Na terça-feira passada marcamos de jantar na casa de uns amigos que moram aqui perto (Dani e Dan, casal incrível!) e Silvio trouxe Luna pra conhecer onde trabalho e o pessoal que trabalha comigo. Desde a semana passada eu contava os minutos pra chegar terça-feira. Parece coisa boba, mas falo tanto da Luna aqui no trabalho (não só no trabalho, claro!) e queria tanto que amigos conhecessem meu bem mais precioso e o ser que mais amo no mundo, que ficava mais ansiosa a cada dia que passava, como se estivesse esperando chegar meu aniversário ou as férias de final de ano.
Os dois chegaram aqui por volta das cinco e meia da tarde, a maioria do pessoal, na verdade, já tinha ido embora, mas as produtoras estavam aqui e eu havia avisado a todas que minha pequena estava a caminho. Eu olhava no relógio de minuto a minuto.
Foto: Marina Perroud =o)
Luna chegou dormindo, claro, balancinho de carro da Penha até Perdizes faz qualquer bebê cair no sono. Sempre tenho dó de acordá-la e naquele dia não foi diferente; mas como conheço o anjinho que tenho, estava tranqüila que não seria uma experiência ruim, e ela já saiu do carro com um sorrisão no rosto e os olhinhos – assim meio amassados – sorrindo também.
Logo na entrada do prédio encontramos uma das “admiradoras não secretas” de Luna, que já se babou toda na pequena. A sala onde trabalho é bem grande e acomoda diversas equipes diferentes. A turma da comunicação fica bem na frente, então, ao entrar com Luna, os rostos das meninas da produção logo se viraram para ela. Eu simplesmente não conseguia parar de sorrir. Era muito gostoso estar ali, com minha família conhecendo onde passo a maior parte do dia e conhecendo as pessoas com quem passo a maior parte do dia e pra quem falo tanto (sim, ainda sou monotemática) da minha cria.
Foto: Marina Perroud =o)


Muito carinho de todos e todas ali, muitos olhares gostosos em direção à pequena; Alice, Kelly, Danilo, Tereza, Juliana, Marina, Marília, Larissa, Giovanna, Walter... Fomos até visitar os meninos na ilha de edição, Miguel e André.  Luna se sentiu super à vontade – novidade! – e em poucos minutos estava distribuindo sorrisos. Agarrada na mãe, olhava pro pai, sentia-se segura e voltava a explorar visualmente o lugar e as pessoas ali à sua volta.
Meu pai sempre trabalhou muito longe e não tive a possibilidade de visitá-lo no trabalho, mas as experiências com Dona Bete sempre foram as melhores possíveis. Espero sempre ter a oportunidade de trabalhar em locais que tenham a abertura de receber - assim, mesmo que rapidinho – a visita da minha filhota e que seja pra ela tão prazeroso como foi pra mim.