Era uma vez uma princesinha linda, doce, meiga e carinhosa; mas um dia ela começou a morder os amiguinhos, mamãe, papai e vovó. E todos foram felizes para sempre. Fim.
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Quem me dera eu estivesse lidando com isso desse jeito fácil e tranqüilo. Sei que ter um bebê mordedorzinho não é o fim do mundo, mas né? Quem curte?
E foi de repente, começaram me avisando na escolinha - no dia do aniversário dela – dizendo que elas pegaram Luna no pulo mais de uma vez, indo morder o bracinho de uma bebezica menorzinha do que ela. Eu tomei um susto e fiquei arrasada, porque em casa ela não era assim. É fato que Luna já tem personalidade própria e, mesmo estando no coletivo da escola todos os dias desde os quatro meses, é igual a qualquer bebê: quer aquele brinquedo – que está com o amiguinho na maioria das vezes - naquela hora e pronto.
E como se o fato de agora eu saber que ela mordia na escola tivesse alguma influência maior, comecei a reparar que Luna, ás vezes quando eu não dava o que estava na minha mão ou tirava o que estava na mão dela, também passou a demonstrar com os dentinhos que estava insatisfeita e irritada.
Na primeira vez fui pega de surpresa e cheguei a sentir uma leve pressão na minha mão antes de puxar o braço pra longe do rosto da pequena carnívora. Mas agora, quando sei que ela vem pra morder, me adianto, e já falo bem séria “Não pode! Faz dodói! Mamãe fica triste!”; nem sempre tudo isto ou nem sempre nesta ordem.
Acho cedo ela já começar a morder e confesso que não acreditei que fosse passar por isso. Acontece que é uma fase mesmo, não tem muito que se fazer a não ser a antiga fórmula: paciência e consistência, com aquela boa pitada de amor.