Completamente sem reação, fiquei ali sentada na sua frente, no tapete da sala, pernas cruzadas, com a boca aberta, olhos marejados, rindo-chorando de felicidade.
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O processo ‘ficando de pé sozinha’ começou no início de dezembro do ano passado. Com os dois braços levantados, chamávamos a atenção de Luna e pedíamos: Sozinha Luna, fica de pé sozinha. E rapidamente ela já sabia o que aquilo significava. Na maioria das vezes nos imitava por um segundo e, por conta do equilíbrio ainda em desenvolvimento, voltava a se segurava no sofá, na escada ou no móvel da sala. De vez em quando ela “roubava” na brincadeira e, ao se soltar, encostava o barrigão no objeto de apoio que estava na sua frente. E se sentia toda linda!
Mas estímulo que começa, não pode parar mais. Doses homeopáticas diárias e o tal um segundo virou dois e virou três. Vovô Gera teve papel fundamental nessa evolução, já que passou bastante tempo com a neta nestas últimas semanas.
Mas ontem foi incrível. Minha pequena, ali na minha frente, de pezinho, um “tempãããão” (pra uma mãe pareceu uma eternidade!); e pra finalizar, passinhos na direção do avô materno. Luna ter completado um ano na semana passada já mexeu demais comigo, mas aquela cena era demais! Dava pra ver os músculos e tendões de seus pezinhos se movimentando pra que o equilíbrio fosse mantido, mas ao mesmo tempo ela estava tão firme, tão segura, brincando com a corrente do avô.
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E num texto assim me pego “nostálgica”, lembrando da Luna, quando ela cabia inteirinha nos meus braços ou deitada no meu peito; quando ela tinha aquele hálito delicioso que era só dela, com um toque de leite e não leite e sopa de carne e mamão.
Essa vida é louca mesmo, permite um mundo de coisas novas e incríveis fazendo a gente transbordar de orgulho e amar nossos pequenos cada vez mais, mas tudo isso pra amenizar a saudade de tempos passados e de tudo que já experimentamos com eles; mesmo que esses tempos sejam poucos meses atrás.