sexta-feira, 27 de abril de 2012

26.04.2012 – Agora o papo é reto

E o bilhete chegou pela agenda, assim como todos os outros. E pedia para que escolhêssemos um horário para aproxima reunião de pais, mas dessa vez, individual; apenas nós e a professora, um tempo reservado exclusivamente para falarmos sobre a Luna com a pessoa que passa com ela a maior parte do dia.
Convenhamos, reunião de pais é importante, mas faz parte dela uma fórmula quase matemática: quanto menor a idade do filho, mais os pais querem falar exclusivamente sobre eles (não é a toa que existem tantos blogs como este com mães que não se cansam de dizer como seus filhos são maravilhosos, às vezes). E tem gente que exagera, né não? Entender que reunião de pais é um momento para discutir questões mais coletivas – do que a cor do cocô de cada criança nos diferentes momentos do dia – não faz parte da mentalidade de muitos pais com filhos pequenos. Acho que cabem comentários dentro da pauta proposta pela professora, até para haver comparações saudáveis sobre o comportamento deles em casa e na escola, mas esse limite nunca é bem definido.
Acordei ansiosa pra saber como seria a conversa. Luna é a mais nova numa sala com cinco crianças, mas já tem uma personalidade “forte”, portanto este fator potencializou sua fase oral, não muito positivamente. E por mais que já exista uma comunicação entre pais e professores através da agenda da escola, uma conversa olho no olho tem outro impacto e agora poderíamos saber mais detalhadamente sobre a aluna Luna, com ou sem trocadilhos.
A conversa aconteceu na própria sala de “aula”, uma sala cheia de elementos e cantinhos amarelos, já que na escola cada módulo tem uma cor diferente. Sentados em cadeirinhas de 30 cm de largura x altura x comprimento, esperamos as primeiras palavras da Professora Lívia.
E aí meu coração se acalmou e se encheu de sorrisos. Passamos os primeiros minutos ouvindo como nossa filha é esperta e inteligente, como ela realiza atividade e faz associações que algumas crianças mais velhas ainda não fazem. Conversamos sobre como ela já imita gestos da professora durante uma música cantada por ela, como ela identifica e aponta cada um dos amiguinhos na canção de bom dia, como sabe que chegou a hora de guardar os brinquedos logo nas primeiras palavras da música criada para este momento, como sabe onde fica o cantinho da atividade na sala e corre até ele assim que a professora orienta os pequenos. Ouvimos o quanto ela é carinhosa com todos na escola e o quanto adora desenhar, ficando entretida e concentrada na atividade.
Mas ao objetivo ali era ter uma idéia completa de como era o dia-a-dia da Luna fora de casa, como ela se comportava por inteiro. E fiz questão de perguntar sobre questões que precisam ser trabalhadas na escola e mais ainda, em casa. Como é um assunto que nos rodeia há algum tempo, falar sobre a fase oral da Luna não foi novidade; ela ainda faz algumas investidas nos amiguinhos com sua boca de tubarão, cheia de dentes e agora - isso em casa também, mais do que as mordidas – está com a deliciosa mania de beliscar quando é contrariada. A orientação é novamente a mesma, ficar na altura dela, olho no olho, expressão séria e falar claramente que aquilo é errado e não pode fazer; variações acontecem, dependendo de cada mãe e cada pai. A esperteza algumas vezes se converte em manha, quando se joga no chão por não querer caminhar junto com a professora para um local diferente de onde ela se encontra. Nem tudo são flores.
Lívia explicou que o foco agora é o desenvolvimento oral e que nós em casa devemos trabalhar bastante isso nela. Acho que estamos no caminho certo, porque conversamos, falamos, mostramos e explicamos coisas pra pequena com uma freqüência bem significante.
E eu ficava ali, meio concentrada na conversa e meio prestando atenção na pequena circulando pela sala, num ambiente tão seu, tão á vontade, tão moça e independente; e aquilo me encheu de orgulho daquele serzinho ainda tão pequenino e que amo tanto, independente de qualquer relatório escolar.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

05.03.2012 – A ausência de Luna...

Tudo começou quando saiu a primeira temporada de The Walking Dead, na Fox.
(Pausa dramática dos leitores: Como um seriado de zumbis - cheio de sangue, mortos-vivos, pessoas sendo devoradas vivas e dilemas da humanidade - se encaixaria num blog cujo foco é a vida de uma bebezinha, fofinha e graciosa?! Que absurdo!)
Nunca fui muito chegada em histórias, livros, revistas e muito menos filmes e seriados – com imagens em movimento e sons feitos sob medida - de terror (como vampiros, lobisomens, espíritos e... zumbis); mas como essa vida é bem engraçadinha, resolveu que o pai da minha filha iria adorar esse tipo de coisa. E mais! Ele teria um poder de chantagem emocional persuasão suficiente pra me convencer a ASSISTIR esse tipo de coisa.
E assim que a série do começo do post foi lançada, ele ficou tão empolgado que quis que eu tivesse uma parada cardíaca por conta dos sustos minha companhia todas as terças-feiras às dez da noite, dia e horário da semana que a série é transmitida.
Observação: Luna sempre dorme antes desse horário, ok?
E comecei a assistir. Confesso que a cada cinco minutos nos primeiros episódios eu dava a desculpa que precisava estender a roupa, lavar a louça, ir ao banheiro, desdobrar e dobrar todas as minhas roupas do armário 20 vezes ou qualquer coisa que me tirasse da sala. Às vezes eu me perguntava por que raios eu estava assistindo um troço que simplesmente não me fazia bem. E comecei a achar a resposta na história da série. A coisa toda é muito bem feita, toda parte técnica, a construção dos personagens, o roteiro e você vai querendo saber mais e mais o que vai acontecer em seguida com as pessoas, como eles darão continuidade a uma simples questão: manter-se vivos e convivendo com pessoas que mal conheciam. E foi assim que EU comecei a querer fazer companhia ao Silvio todas as terças-feiras ás dez da noite.
Mas eu sabia que não sairia ilesa dessa decisão. Acontece que todas as noites de terça pra quarta eu sonhava com os malditos zumbis. É sério?! Sim, é sério! Sonhos diferentes, com intensidades diferentes, lugares, pessoas, história, finais (ou não finais) diferentes. Mas uma vez por semana as criaturas amaldiçoadas estavam lá, em meus sonhos. Às vezes eu acordava tão assustada no meio da noite que esmurrava o Silvio sem querer e minha vontade era dormir grudada nele o resto da noite. Mas como tenho um maridinho super sensível, ele dizia que era bobeira da minha cabeça e virava pro outro lado. ¬¬ (suspiros...)
Acontece que já sonhei com o Silvio, meus pais, amigos e uma vez ou outra até com pessoas que não vejo há anos; mas em NENHUM dos sonhos a Luna apareceu. No começo não percebi, mas com o tempo fui reparando que cada vez que eu acordava e lembrava o que havia sonhado, minha pequena simplesmente não existia na história. Não é que ela não aparecia, era como se eu nunca a tivesse tido, como se ser mãe não fizesse parte do sonho; quase como se eu fosse outra pessoa, com outra trajetória de vida. Sempre achei aquilo muito estranho. Como a pessoa mais importante da minha vida desaparecia assim? Sem parar pra pensar muito nisso, comecei a achar ótimo, porque eu não agüentaria se alguma coisa acontecesse com ela, mesmo em ‘pensamentos adormecidos’. Acordava e agradecia por estar tudo bem, pelo mundo ainda sem do jeito que conheço e por estarem todos vivos-vivos.
Nunca parei pra estudar o que significavam os elementos presentes no sonho, nunca li livros ou pesquisei na Internet; até porque, alguém me disse uma vez que cada fonte fala uma coisa diferente. Então pra que pirar sem necessidade numa hipótese? Hoje tenho uma relação melhor com a série e tudo que a envolve; até levo sustos nos momentos feitos pra isso, mas não sinto mais calafrios e nem sonho mais. Confesso que às vezes me pego com pensamentos do tipo ‘E se um dia acontecer uma catástrofe mundial do gênero? Fudeu!’, e me arrepio todinha. Mas enquanto está tudo bem, deixemos os pobres coitados dos zumbis nas histórias em quadrinhos, nos filmes, nas séries de TV e fora das minhas madrugadas de terça-feira.

13.04.2012 - Luna - 1 ano e 3 meses



"When I grow older,
I will be there at your side,
To remind you how I still love you
I still love you."

(Love of my life - Queen)

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Escola de Rock - School of Rock

Escola de Rock - School of Rock

Sinopse


Dewey Finn (Jack Black) é um músico que acaba de ser demitido de sua banda. Cheio de dívidas para pagar e sem ter o que fazer, ele aceita dar aulas como professor substituto em uma escola particular de disciplina rígida. Logo Dewey se torna um exemplo para seus alunos, sendo que alguns deles se juntam ao professor para montar uma banda local, sem o conhecimento de seus pais.
Lançamento - 13 de fevereiro de 2004 (1h 48min) 
Dirigido por Richard Linklater
Gênero: Comédia
Nacionalidade: EUA

Elenco:

Jack Black ... Dewey Finn
Adam Pascal ... Theo
Lucas Papaelias ... Neil
Chris Stack ... Doug
Sarah Silverman ... Patty Di Marco
Mike White ... Ned Schneebly
Lucas Babin ... Spider
Joan Cusack ... Rosalie Mullins
Jordan-Claire Green ... Michelle
Miranda Cosgrove ... Summer Hathaway
Kevin Alexander Clark ... Fred (as Kevin Clark)
Maryam Hassan ... Tomika
Aleisha Allen ... Alicia
Suzzanne Douglas ... Tomika's Mother
Eron Otcasek ... Musician
Carlos Velazquez ... Musician
Lee Wilkof ... Mr. Green
Kate McGregor-Stewart ... Mrs. Lemmons
Wally Dunn ... Gym Teacher
Tim Hopper ... Zack's Father
Nicky Katt ... Razor
John Highsmith ... Tony (as John E. Highsmith)
Heather Goldenhersh ... Sheila
Timothy 'Speed' Levitch ... Waiter

Diálogos marcantes:

Freddy: Are we going to be goofing off like this everyday? Dewey Finn: We're not goofing off. We're creating musical fusion. Freddy: Ok, so are we going to be creating musical fusion everyday? Dewey Finn: Yes.
Freddy: Cool!

Dewey Finn: God of Rock, thank you for this chance to kick ass. We are your humble servants. Please give us the power to blow people's minds with our high voltage rock. In your name we pray, Amen.

Billy: You're gonna talk to me about style? You can't even dress yourself... look at that bow tie. Dewey Finn: Don't you be talkin' about my bow tie.

Curiosidades


Esta é a 2ª vez em que os atores Jack Black e Joan Cusack atuam juntos. A anterior fora em Alta Fidelidade (2000).

Este é o 1º de 2 filmes em que o diretor Richard Linklater e o ator Jack Black trabalham juntos. O posterior é Bernie (2011).

Os pôsters que aparecem no quarto de Dewey Finn são das bandas Sex Pistols, The Who e Evil Jake.

Fontes de pesquisa:


segunda-feira, 2 de abril de 2012

22 a 30.03.2012 – Ai de nós!

(...) doença viral comum em crianças, caracterizada pelo surgimento súbito da "tosse de cachorro" ("tosse ladrante", no termo médico). Embora a doença não seja em princípio grave, em crianças pequenas ela pode provocar inchaço na laringe e na traquéia, na região da garganta, obstruindo a passagem de ar pelas vias aéreas e dificultando a respiração. (Trecho retirado do site www.babycenter.com)

Estes sintomas estão presentes em casa desde a semana retrasada. O diagnóstico de ‘laringite aguda leve’ foi dado na sexta-feira de manhã, quando fui com Luna ao hospital. Aguda leve?! Conta mais...
Como boa mãe curiosa, pedi mais informações sobre a doença. A médica explicou que o ‘aguda’ se deve ao fato dos sintomas terem aparecido de um dia pro outro. O leve (se a tosse de cachorro louco que Luna apresentava podia ser chamada de ‘leve’, não sei o que deve significar ‘pesada’; o pulmão precisaria desgrudar do peito e sair pela boca ou a laringe se desfazer em pedacinhos?!) é porque é considerada leve. ‘OK’.

O tratamento é bem simples: xarope e inalação. A volta dos que não foram. Ficamos alguns meses em a presença desses dois objetos a vista pela casa. E foi só dar uma viradinha no tempo para eles quererem escapar de dentro do armário.

A primeira inalação deveria ter sido feita ainda no hospital com soro e adrenalina, para ajudar na respiração. Sim, a tentativa de fazer a inalação realmente foi adrenalina pura! Luna não queria de jeito nenhum; tentei fazê-la dormir, dar a chupeta, mostrar o desenho na televisão, conversar, brincar e até tentei apelar segurando os bracinhos. Mas a pequena se mexia, virava a cabeça, forçava o corpo pra trás e pra baixo; e eu sozinha não consegui dar conta da pequena ogra. E outra, a parte do corpo mais afetada pela laringite era... Era... A garganta! Então não seria saudável, pelo menos não hoje, forçá-la a nada se estivesse berrando e chorando; ela poderia se prejudicar mais ainda. Saímos do hospital com o diagnóstico e com a receita médica.

Em casa a situação foi um pouco diferente. Luna sempre “gostou” de fazer inalação – sua primeira foi aos quatro meses e mais dia, menos dia, teria que se conformar – fazemos assistindo seus desenhos “preferidos” e geralmente ela chega a dormir com o remédio tarja preta que colocamos junto com o soro por conta do vaporzinho do soro. Dessa vez ela relutou um pouco no começo, mas ela acabou aceitando a idéia. Hoje ela até gosta de brincar de fazer inalação e quer fazer sozinha de vez em quando, mesmo que sua animação dure poucos segundos.

Enfim, os dias foram difíceis, Luna mais manhosa, chorando com mais facilidade, abatidinha na escola e dormindo bem mal; ela e nós também. Está passando, aos poucos, como toda doença respiratória chata pra caceta! E que venha o inverno. Enquanto isso, vamos procurando casa no nordeste, porque se o organismo da pequena se comportar igual ao ano passado, poderei ser chamada para fazer figuração na próxima temporada de The Walkind Dead. Dormir, jamais!