domingo, 15 de maio de 2011

Luna motorizada


Mesmo sem pedir, sem querer e sem saber, filho faz a gente tomar decisões que jamais achávamos que tomaríamos.


Ganhei meu primeiro carro com 21 anos - presente da avó materna - um corsinha verde azeitona 97.


Pra época e para as minhas necessidades estava mais do que suficiente. Eu trabalhava em Pinheiros e o trânsito do Tatuapé até lá era terrível, então ia trabalhar de condução e usava o carro apenas aos finais de semana, para lazer.


Um ano e meio depois, alguns mil reais economizados e outros mil novamente ganhos de presente, resolvi trocar o carro e achei que valeria a pena pegar um carro 0Km, afinal, nada como cheirinho de carro novo.


O celta estava bastante a contento, me levava pra onde eu queria, quase não dava problema de manutenção e, acima de tudo, era super econômico.

Passamos a gravidez providenciando tudo que foi preciso pra criar minha pequena: casa, enxoval, etc. Se eu não tivesse carro, a vida teria sido bem mais difícil durante aqueles meses todos. Passávamos todos os finais de semana andando pra cima e pra baixo atrás de imóveis, móveis e roupas de bebê; uma lista praticamente infinita. Eu agradecia todos os dias por ter condições de dar conta de tudo que precisava ser feito e comprado.

A nossa primeira experiência bebê+carro foi na saída da maternidade, claro! Colocá-la e tirá-la de um carro com duas portas não pareceu uma tarefa difícil.


Mas o tempo foi passando Luna foi (crescendo e engordando e) podendo sair mais de casa e começou a ficar difícil entrar com ela no bebê conforto pela porta da frente, colocá-la no banco de trás e vice-versa.


Até que um dia fomos passear no parque e resolvemos levar o carrinho, já que, com o peso que ela estava, colo e bebê conforto não eram opções viáveis. E foi aí que a ficha caiu. Colocamos o carrinho no porta-malas e ficamos, eu e Sil, olhando aquilo e nos olhando: não caberia nem mais uma mamadeira ali, precisávamos trocar de carro.


Não quero aqui parecer mal agradecida ou descontente; sei que a maior parte da população de São Paulo que tem filhos precisa se virar nos 30 pra andar com os filhos de um lado pro outro da cidade; e ter um carro, "independente" de qual seja, já é uma mão na roda incrível.


Mas acho que se você tem a possibilidade de ter algo que facilite sua vida com seu bebê, o investimento é válido.

Pelo meu histórico dá pra ter uma idéia do tipo de carro que gosto: barato e pequeno. Meus pais tinham um Siena e eu queria morrer quando precisava usar o carro deles por qualquer motivo que seja.




Bem, começamos a olhar carros tendo na mente poucos pré-requisitos: porta-malas considerável, 4 portas e usado, porque carro novo está o olho da cara!


Pra meu desespero, logo depois da 1ª saída, concluímos que seria inviável não comprar um modelo sedan, weagon ou coisa do gênero; o porta-malas de qualquer carro hatch não era quase nada maior do que o do celta. Levamos meus pais na saída seguinte, pois nos dava maior confiança na hora de analisar o que nos era oferecido, já que meu pai trocou de carro "algumas" vezes na vida.


Tive que trabalhar muito (muito!!!!!!) meu psicológico para aceitar que, em muito breve, eu teria que dirigir um carro grande.


Compramos um SW 206 - uma barca!!! - e dirigí-lo está sendo um tanto desafiador. Mas como o ser humano é adaptável - e uma mãe faz tudo pelo filho - sei que logo menos estarei pilotando como se o dirigisse desde sempre.

Um comentário:

  1. Hohoho, compraram um priminho do nosso, que legal!!!! Eu amo meu carro, e a praticidade vai fazer vc amar o seu tb! :))
    Bjks

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