Amor, cuidados e estímulos. Tudo o que um bebê precisa.
Fazemos todos os dias muitas coisas repetidas com a Luna. Se não fosse pela constância, repetição e paciência ela não teria aprendido a sentar, ficar de pé, virar de bruços, segurar os brinquedos e mais um milhão (ok, exagerei um pouquinho) de coisas que ela já consegue fazer.
E aqueles livros infantis sobre estimulação – pra variar – falam da importância de algo que parece bobeira, mas não é; apresentar pro bebê o mundo das diferentes texturas.
Mãe de primeira viagem que não quer deixar nada escapar que sou, fui logo providenciando uns conhecidos livrinhos de animais com imitações de pêlos, escamas, peles e penas.
Mas isso já tem mais de três meses. E todo dia eu sentava Luna no meu colo, abria o livrinho e era assim: “Luna, olha o coelhinho! Vamos passar o dedinho no pêlo dele?” Aí eu passava meu dedo, pegava o dedinho dela e fazia o mesmo. Quando mudava a página, fazia a mesma coisa, mas antes de segurar seu dedinho, esperava pra ver se ela fazia sozinha.
Só que assim, até hoje, a reação dela era indiferente; ela me deixava segurar seu dedo por dois segundos e depois puxava a mão; e passar sozinha, nada!
Não sei se são todos os bebês, mas Luna, muitas vezes, presta mais atenção na minha voz quando eu cochicho do que quando falo no tom normal; ela deve achar aquele som meio estranho e fica quietinha, concentrada escutando.
E hoje fiz assim, passando o dedo no pêlo do coelhinho, falei baixinho, bem perto do ouvido dela: “Olha que macio, filha; passa o dedo aqui pra você ver.” E não é que ela apoiou aquele dedico gordinho ao lado do meu e começou a dobrá-lo e esticá-lo?
Aí vem meu momento ‘estraga a brincadeira’, porque assim que percebi que ela tinha feito o que estava estimulando há meses, tirei o livro do colo, abracei e beijei minha cria aos montes, numa alegria só! Passado o surto de felicidade, peguei o livro de volta e fizemos a mesma coisa com os outros bichos.
E é assim, nessas pequenas-grandes evoluções que vou sentindo mais orgulho da minha pequena a cada dia que passa. E tem tanta coisa por vir ainda que acho que meus dedos não darão conta de contar.