segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Bebê fashion!

Meus avós são pessoas maravilhosas, mas por terem vindo do outro lado do Oceano - Espanha - têm um gênio que só vendo... 

Uma prima da minha vó mandou de lá uma roupinha linda! Uma calça de veludo branca e uma blusinha lilás. Como a Luna nascerá em pleno verão brasileiro, Angelines - a prima - teve o cuidado de mandar as roupas num tamanho maior, e servirá perfeitamente no inverno, dependendo do tamanho da pimpolha, claro! 

Assim que ela usar a roupa pela primeira vez, tiro uma foto e publico aqui no blog...

Gengiva sanguinolentas...

Como este blog é o único lugar onde tenho registrado o que anda acontecendo comigo, com Luna e com tudo que nos envolve, será aqui mesmo onde falarei sobre o assunto do título do post... Apenas pra deixar registrada a capacidade do ser humano (das mulheres, no caso) de aumentarem a quantidade de sangue no organismo. 

Nunca tive problema com sangramento de gengiva, mas desde que a Luna "apareceu" aqui dentro, meus dentes ficam cobertos pelo líquido vermelho diariamente, melhor dizendo, duas ou três vezes por dia. Só fico tranquila quanto a isso, pois está escrito na bíblia das gestantes todo santo mês: "Sangramento de gengivas".

E não é só gengiva, qualquer machucadinho, arranhãozinho, casquinha de ferida... Tudo sangra litros!

Como a idéia é ter parto normal, fico só imaginando a quantidade de sangue que saíra "junto" com a Luna... Acho que vou ali ligar pro hospital e pedir pra reservarem algumas toneladas extra de toalhas...

domingo, 5 de dezembro de 2010

Chá de... cadeira

Pra se fazer um filho não é preciso estudar. Certo, isso é de conhecimento geral. 
Mas em compensação, pra cuidar de um filho é preciso estudar sim, e muito!

Ser mãe e pai se aprende na prática; concordo quanto a isso também. 
Mas também já ouvi muito que ler e conversar com outras pessoas sobre o pequeno ser que cresce dentro de você (no caso da mãe) pode ajudar um bocado na hora do desespero.

Como decidi me doar totalmente (na medida do possível) à essa gestação, estou buscando experimentar de tudo que uma grávida tem direito: nutricionista, yoga, drenagem, ensaio fotográfico (conto sobre a experiência num próximo post), etc... E como não poderia deixar de lado, coloquei como uma das prioridades fazer o tal curso para gestantes.


Descobri, lá na metade da gravidez que meu plano de saúde oferece gratuitamente esses cursos... Alguma coisa boa ele tinha que oferecer. Liguei lá há alguns meses atrás para agendar a nossa aulinha. 

Todos sabem que, de graça, até injeção na testa; e como não poderia deixar de ser com um curso "di grátis", eles só tinham vaga para a aula de 12/12! A mocinha que me atendeu disse que 'iria estar tentandor estar me encaixando' na turma de novembro, na aula do dia 06. O procedimento era: ligar para todas as mamães que estavam marcadas para aquela data e, caso tivesse desistência, nós conseguiríamos participar.

E rolou o tal encaixe... 
Lá fomos nós, num sábado chuvoso, as 08h00 da matina, passar aproximadamente seis horas ouvindo profissionais da saúde falar sobre alimentação, anestesias, partos, pediatria, banho e amamentação. 

Como todos eles utilizariam power points para suas elocubrações, o auditório onde estava acontecendo o curso se manteve sempre com uma luz baixa, pra que o conteúdo mostrado ficasse visível a todos os casais presentes, mesmo para os que se sentaram escondidos nas últimas cadeiras. 
Por conta dessa luz suave - e claro, por ter trabalhado a semana toda feito escravo - Silvio, mais conhecido aqui neste blog como 'o pai da Luna', entrou em um estado de sonolência quase irreversível. Concordo que a primeira palestra - sobre alimentação - não foi lá muito empolgante. Não duvido que a profissional ali presente tinha total conhecimento sobre o conteúdo que estava transmitindo, mas ate aí, saber passar o conhecimento para outras pessoas é algo completamente diferente.


Para a nossa sorte, as palestras seguintes foram melhores. Silvio ficou "encantado" com o ginecologistra obstetra, queria porque queria que ele passasse a ser o médico que acompanharia o pré-natal. Tenho que concordar que o "nosso Dr." é um tanto quanto mais calmo (Mari Moura o apelidou carinhosamente de Dr. Cuca Fresca), mas o que me importa mesmo - óbvio! - não é um médico que seja um super showman, mas um que traga minha filha pro mundo da maneira mais segura, tranquila e saudável possível; pra mim e pra ela.
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Um assunto importante foi sobre anestesia. Confesso que não sou grande fã de agulhas, mesmo tendo 3 tatuagens no corpo. E até agora só tinha ouvido comentarem por cima sobre esta etapa do parto; sabia que eram agulhas enormes que tinham que injetar líquidos dentro da coluna. Eu ficava mole só de pensar... Nessa palestra fiquei sabendo que a tal mega agulha só é enfiada depois de feita uma anestesia local, com as boas e velhas agulhas fininhas; então a "picada" da agulha tamanho mangueira não seria nem sentida. Ufa!

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Desde que engravidei já ouvi falarem tantas coisas! Tantos conselhos, sugestões, alertas de tantas mães, tias e avós "experientes" que seria necessario um blog só pra isso... Mas pouco  haviam falado sobre amamentação e banho. Essa foi a parte final do curso e as informações foram passadas por uma enfermeira da Maternidade Santa Helena, onde Luna nascerá.

NossaSenhoraProtetoraDasMãesDePrimeiraViagem! Como dá trabalho amamentar e dar banho. Eu sei que com a prática fica mais fácil do que dirigir carro. Mas tá difícil de imaginar que se tornará um "processo automático"; são tantas "regrinhas", tantos truques e dicas. Afe!!! Confesso que saí um pouco preocupada dali, com aquela típíca sensação de que não darei conta de "coisas tão difíceis".

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Santa Helena

"Santa Helena foi rainha e a mãe do primeiro imperador cristão, Constantino, o Grande."

Mas nada disso nos importa. O que importa é que nossa filha nascerá no Hospital e Maternidade Santa Helena, na Liberdade.


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Desde que me conheço por gente, o convênio médico do pessoal de casa é Unimed; hoje Unimed Paulistana. 
Nunca perguntei o motivo da escolha, só sei que eles aqui se arrependem dela, porque, vejam bem, os 
hospitais "menos piores" que meu plano cobre são Nipo Brasileiro, São Camilo e Santa Helena.
Não que sejam hospitais ruins, mas depois de taaaaaantos anos pagando convênio médico, quando mais preciso dele, tenho apenas essas três maternidades como opção; nada de um Pró-Matre ou coisa parecida. 

Pra ajudar na escolha, ainda temos que levar em consideração em quais desses hospitais o  Sr. Doutor Que Irá Parir Minha Filha se disponibiliza a fazer o parto.

(  ) Nipo Brasileiro
(  ) São Camilo
(X) Santa Helena 

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Bem, não restaram dúvidas sobre a maternidade que iríamos visitar, porque eu juro que não estava a fim de trocar de médico pela TERCEIRA vez só porque ele não atende nos outros dois hospitais (dos quais nem a maternidade eu conheço).

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Liguei pra agendar a visita no começo de setembro e eles só tinham data para o final de outubro. Seria um bom sinal? Não faço idéia...

Pra variar, chegamos alguns minutinhos atrasados, pois - não me lembro bem - deveríamos estar resolvendo alguma pendenga da casa.
Ali na sala de espera deveriam ter uns 20 casais, ou mais; nunca tinha visto tanta barriguda junto! 

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Pausa para confissões de uma grávida: desde  que a Luna "apareceu" em minha vida tenho sido mimada e agraciada das maneiras mais gostosas possíveis: em casa (e na casa da sogra, claro!), com mamãe (e Dona Otília) atendendo aos meus pedidos gastronômicos sempre que bate uma vontadezinha especial; no trabalho, com amigos trazendo coisas gostosas, conversando loucamente com a minha barriga e fazendo gentilezas como carregar algumas das 589 bolsas que levo de um lado pro outro todos os dias; pela família e amigos da família, dando presentes e sempre ligando pra saber como eu e minha pimpolha estamos; pelos amigos, presencialmente ou até mesmo com quem só converso online por falta de tempo de matar a saudade em encontros num sábado à noite. Todos esses mimos e agrados me fazem sentir tão única e especial... 

 
http://azulnuvem.blogspot.com/2008/05/gestao-e-gravidez.html

Mas confesso que ali durante a visita, no meio de tanto hormônio, me senti - e eu realmente era -  só mais uma. Só mais uma gravidinha visitando a maternidade do hospital, sabem? Eu estava ansiosa pra saber como seria o primeiro "lar" da Luna, mas também não via a hora de sair dali e me sentir especial de novo... 
Acho que fiquei mal acostumada, mas nem ligo, estou curtindo horrores essa fase que só (só?!) dura 9 meses.
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Bem, o andamento da visita foi um tanto quanto tumultuado. Pouco espaço pra muita gente, pouco elevador pra muita barriga...  Parecia todo mundo meio "doido" tentando chegar perto da "guia turística" do hospital, pra ouvir melhor o que ela dizia.
Passamos pela recepção, UTI neo-natal e quartos. Nada de grandes luxos, tudo bem simples, mas bem limpinho...

Conclusão quase óbvia: não rola dividir quarto com outra gorducha e seu catarrentinho, é muita falta de sacanagem! Quero um quarto só pra mim, Luna e Silvio; pra receber quem eu quiser, na hora que eu quiser... (Na verdade esqueci como funciona o esquema de visitas lá, preciso ligar pro hospital amanhã!) E pra isso precisamos preparar o bolso, pois será (mais) um extra que o tal do convênio não cobre.

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Sei que pesquisas comprovam, mas nesse dia tive a confirmação ao vivo: é incrível o número de grávidas que fazem cesária. Sei que cada uma "pode" ter seus motivos - idade, complicações na gestação, etc, etc - mas como eu quis parto normal desde o começo, é estranho tudo isso, parece que elas não querem nem tentar, nem saber se poderia dar certo... Tenho amigas que fizeram cesária sim, mas por necessidade. 

O que eu mais quero é que a Luna nasça a hora que quiser e que me dê uma ajudinha pra trazê-la ao mundo; mas começo a trabalhar desde já em mim que isso pode não acontecer. 

 

terça-feira, 16 de novembro de 2010

De ponta cabeça...

Depois que mudei de médico e descobri que sim, eu poderia continuar com os exercícios físicos, comecei a tentar - vejam bem, tentar - caminhar 3 vezes por semana (ou pelo menos 2, ou pelo menos 1) já que moro ao lado de um parque.

Durante os primeiros meses de exercício, tudo OK. 
De uns dois meses pra cá, sempre que caminhava, sentia dores ali embaixo, sabem? ... Claro! Essa dor vinha no dia seguinte da caminhada e passada um dia depois. 
Mas "como a vida é uma caixinha de surpresas", de umas semanas pra cá comecei a sentir a mesma dor durante o dia, fazendo atividades mega cansativas como sentar, levantar, virar na cama... Essas coisas super difíceis para toda mulher que não carrega uma pequena bigorna dentro de si. 

Na sexta retrasada tivemos consulta com o Sr. Doutor Que Irá Parir Minha Filha e comentei com ele sobre essa dor. Numa super agradável examinação de toque (nada parecido com o parto em si, claro!) durante a consulta ele concluiu o motivo das dores, algo como: "Então, está doendo desse jeito porque a cabeça dela é que está aqui embaixo, ela já está encaixadinha..."



O.o

Olhei pro Sil com uma expressão do tipo: "Já?!?!?!?!?!!?!?!?"

Pois eh, minha gente... Minha filha já está toda apressadinha pra sair... Sei que alguns bebês ficam assim por dois ou três meses, mas né?! De agora até o final é só ladeira abaixo... 

Digo isso porque ainda falta tanta coisa pra ser feita! Ai! A casa ainda está sendo pintada e os móveis só chegam no final no mês... Se essa pimpolha nascer antes, ela terá que dormir dentro da banheira, ao lado da minha casa...
E outra, com todas essas coisas pra serem feitas PLUS trabalho, não rola descansar... E aí sim que o processo pode se adiantar...

Bem, temos ultrassom na sexta-feira e acho que por ele dá pra saber como ela está e se pretende dar um oi pra rapaziada mais cedo...

Prometo tentar escrever logo na sequência... 

Eu disse "Prometo"?





Doce sabor da gravidez


Juro que, se a contrapartida de estar grávida não fosse carregar uma barriga gigante, eu não acharia ruim que a gestação durasse alguns meses à mais. Falta tão pouco pra Luna nascer... Justo agora que eu estava me acostumando com a vida cheia de mimos e privilégios...
E são os pequenos gestos que fazem a diferença.
Uma amiga do trabalho foi passar uns dias em Buenos Aires, mas assim como a maioria do pessoal da "firma", não consegue ficar desconectada, offline - mesmo que seja pelo celular - e enquanto estava em solo Argentino, seu nick no gmail era "Buenos Aires" (ou coisa parecida).
Acho que a gravidez me deixou um pouco mais cara-de-pau do que o normal, pois, assim que a vi online,  sem pensar, digitei: Mari! Traz um alfajor pra mim?
E pra minha surpresa, sua resposta foi: Claro! Você acha que eu deixaria uma grávida com vontade de alfajor?!
Confesso que a primeira coisa que pensei assim que a Mari entrou na sala do trampo foi na "promessa" sobre o tal alfajor; mas achei que eu deixaria claro minha incrível gula se tocasse no assunto com ela; deixei quieto e esqueci o assunto.
Um pouco antes de ir embora, enquanto trabalhava concentrada na edição de um vídeo, sinto um pequeno pacote ser levemente arremessado ao lado do meu computador. Ao olhar por cima da baia da minha mesa, vejo Mari Man sorrindo e olhando pra mim.
Nem quem tem 30 anos de prática com tricô tem mãos tão rápidas quanto as minhas para abrir um pacote quando já suspeito de seu conteúdo... E eis que um delicioso alfajor originalmente argentino surge, num lindo papel dourado!

Como eu não sabia quando teria o prazer de saborear uma iguaria daquelas novamente, o dividi no meio e comi metade no mesmo dia e metade no dia seguinte.
Obrigadíssima Mari, pela delicadeza da lembrança...
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Para adocicar ainda mais o post, uma coincidência açucarada:
Meus avós e meus tios foram passar uma semana adivinhem onde? Buenos Aires!!!
E adivinhem o que trouxeram pra mim e pro Sil? DUAS CAIXAS de alfajores!!!! Ok, ok, terei que dividí-los com o Sil e prometo comer moderadamente, metade de uma unidade por dia...
Mas é tão boa a sensação de ter DUAS CAIXAS de alfajores argentinos no armário do meu quarto...
Ai, doce sabor da gravidez... Que dure para sempre, ou pelos próximos 3 meses...

Respiração, alongamento e equilíbrio

Eu sei que a prática da Yoga não se limita apenas a respiração, alongamento e equilíbrio, mas são exigências constantemente presentes durante a aula.

Tenho uma grande amiga que é professora de yoga há 7 anos e resolvi procurá-la quando estava, mais ou menos, com dois meses de gravidez. Ela me orientou a esperar mais um pouco, até completar 3 ou 4 meses de gestação para dar início ao trabalho.

Mas minha vida andou (e anda) tão absurdamente corrida desde então que só consegui me organizar para começar as aulas agora, há um mês atrás, já de 28 semanas! 

Antes tarde do que nunca...

Confesso que é um tanto estranho ter sua amiga como professora; a postura é outra, o clima é outro; a intimidade aqui se perde um pouco... Mas por outro lado me sinto segura por conhecê-la há tanto tempo e saber que estamos - eu e Luna - em ótimas mãos.

São exercícios que mexem com o corpo todo: uma simples posição aumenta sua respiração e faz seu sangue circular mais rápido.

Descobri que, com muito esforço e dedicação consigo respirar apenas pelo nariz durante pelo menos uma hora. Descobri também que ainda tenho equilíbrio e alongamento para algumas posições, mas que estou bem enferrujada para outras.

O mais difícil mesmo é acordar 05h30... A aula começa às 07h e fica em Higienópolis, eu percorreria a distância facilmente em 15 min, mas tenho uma Radial Leste a enfrentar; então preciso sair de 06h10, no máximo, para não chegar tarde...

Não sei se pelo horário, pelos movimentos ou pelo ritmo respiratório, mas a Luna sempre ficou quietinha nas aulas, relaxada...

Antes tarde do que nunca e fico sempre mentalizando que as aulas me ajudarão MUITO, principalmente na hora do parto...

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Bem, a gente usa os filhos para um monte de coisas, ainda mesmo antes de nascerem.

Como "desculpa" para os (leves) inchaços nos pés - e também como orientação da nutricionista - decidi que seria justíssimo bancar umas sessões de drenagem linfática.

Fiz um pacote de 10, uma por semana, até, mais ou menos, a 37ª semana de gravidez. Claro que, como mãe que estou me tornando (será?), tive o maior cuidado do mundo pra escolher o local e o profissional que iria colocar as mãos em mim.

Minha avó faz massagem e fisioterapia com uma moça ali na Penha tem algum tempo já e me passou o contato. Numa conversa por telefone, ela - Adriana - me disse que era fisioterapeuta e que a maioria de suas pacientes eram gestantes ou estavam em recuparação de alguma cirurgia. Topei!

Nossa! Nossa! Nossa! Como é bom! Uma hora inteirinha de massagem "leve", relaxante... É tudo - ou quase tudo - que eu preciso ao final de uma semana louca de trabalho e coisas a resolver. Jeito delicinha de começar bem o final de semana (igualmente sempre louco, com mais mil coisas a resolver)...

Mamães de plantão que porventura passem por este post: suuuuuuuuuuuuuuper aconselho.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Ex-grávida


Os meses passaram muito mais rápido do que imaginávamos...
E minha grávida preferida, desde o dia 11 de outubro é minha ex-grávida preferida.
João nasceu com 50 cm e 3,5 kg.
Fui visitá-los na quarta-feira passada, cheia de ansiedade...

A Mari estava ótima, cansada, mas a felicidade era tão nítida em seu rosto que me deu uma calmaria ao vê-la. O João é lindo e tem seus olhos.
Durante a visita os assuntos eram os mesmos: gravidez e bebê, mas com um ítem a mais: o parto.
Eu sabia que ela já tinha narrado "um dos momentos mais importantes da vida dela" umas mil vezes, mas pôxa, eu estou a menos de 3  meses de passar pela "mesma coisa", então, meio sem jeito, pedi que contasse como foi.
A minha sorte é que minha ex-grávida preferida adooooooora compartilhar toda essa experiência (não é a toa que ela é minha ex-grávida preferida...) e começou a contar tudo, desde o "e a bolsa estourou"...

Eu estava me sentindo num furacão de emoções: uma mistura de alegria em saber que foi tudo bem (já que meu parto será feito pelo mesmo médico dela); ansiedade, justamente por desejar, cada vez mais, que minha experiência, do Sil e da Luna seja tão boa como foi a dela, do Berg e do João; medo da dor, pelas contrações e "cortinhos" necessários para darem um empurrãozinho ao parto normal e receio de não ser uma boa mãe e uma boa mulher, por saber que uma nova fase da vida começará assim que a Luna nascer e será tudo tão, tão, tão.... 

Pra mim, ter um parto normal tranqüilo, rápido e bem sucedido depende muito da capacidade médica, da equipe técnica e da preparação que a mãe teve durante os meses de gestação; mas, mais do que isso, ter uma experiência tranqüila é questão de merecimento, porque não é pra quem quer, é pra quem pode!

Bem, já visei a Moura que aquela seria apenas uma primeira visita; que, assim como as nossas conversas de grávidas foram fundamentais pra mim, quero saber de todos os detalhes de seus dias como mãe do João; avisei que vou com um bloquinho de anotações pra registrar todas as novas dicas e descobertas.

Parabéns Mari, pelo filho perfeitinho e por ter merecido uma experiência tão boa ao trazer seu pequeno ao mundo e obrigada por tudo, sempre!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Coração de mãe


"A gestação é um momento de aumento progressivo de trabalho para o coração. A mãe necessita de muito mais sangue para nutrir o bebê, formar as estruturas novas (placenta) e principalmente permitir um crescimento adequado ao feto. Para isso, alguns órgãos devem trabalhar um pouco mais, como por exemplo o coração. Os sinais e sintomas mais comuns são: palpitação, batedeira, cansaço, falta de ar, fôlego curto e presença ou aumento de sopro cardíaco."

"Os fetos de mães que fazem exercícios físicos apresentam taxas de batimentos cardíacos significativamente mais baixos. As taxas de batimentos cardíacos dos fetos de mães que não se exercitam são mais elevadas independentemente da atividade fetal ou da idade gestaciona."

Que coração de mãe sofre desde o momento em que as primeiras células começam a se formar não é segredo pra ninguém, ou pelo menos pra quem já é mãe. Mas coração de grávida sofre mesmo, literalmente!

Há uns dois meses, enquanto assistia TV sentada no sofá de casa, comecei a sentir meu coração bater mais forte; não era mais rápido, mas sim mais forte mesmo, porque, teoricamente a gente não tem que sentí-lo bater, seu pulsar "deve ser" imperceptível no dia-a-dia. Mas naquele momento eu não conseguia nem prestar atenção ao que estava assistindo, pois sentia cada movimento que ele fazia.

Como meu histórico cardíaco não é lá grandes coisas - tive meu primeiro sintoma de arritmia aos 12 anos - fiquei super, mega, ultra preocupada com aquilo, e fui pesquisar sobre o assunto pra ver se algo na Internet me "acalmaria". Sabemos que pesquisar coisas na Internet pode trazer respostas incríveis, mas também pode fazer a pulga atrás da orelha crescer um tantico. Fui mesmo assim... E encontrei os trechos colados no começo do post.

Bem, já que eu tenho convênio médico, não me "custaria" (mais) nada marcar um cardiologista e fazer alguns exames, só pra receber um OK oficial do Doutor.

Mas sabe o que realmente me incomoda nessa questão toda? É que é uma exigência tão grande de tempo, logística e paciência que me cansa só de pensar; porque você precisa:

1- Procurar um médico decente - pra quem tem convênio da Unimed isso é quase uma missão impossível
2 - Agendar a consulta
3 - Ir na consulta
4 - Agendar os exames
5 - Fazer os exames
6 - Buscar os resultados
7 - Retornar no médico
8 - Comprar possíveis remédios e afins...

NINGUÉM MERECE, né?

Mas tá bom, tá bom... Vou fazer tudo isso e ficar desencanada de vez, espero...

O resultado é que estou hoje, desde ás 8 da matina com 4 fios colados no peito e um aparelhinho piscando o tempo todo. E, só pra deixar o exame mais divertido, tenho que anotar cada atividade mais "pesada", ou seja: caminhar, dirigir, dormir, assistir TV, coisa e tal, coisa e tal...

E hoje ainda tenho aniversário de uma amiga, como se já não estivesse difícil o suficiente escolher roupa pra sair, tem mais essa agora: escolher alguma que cubra esse monte de fios e esparadrapos... 
Acho que uma gola alta resolve o problema...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Informação semanal


Desde o 3º mês de gravidez eu recebo, semanalmente, a newsletter do site bebe.com.
As informações principais são divididas em dois blocos: Seu bebê e Sua gravidez.
Claro que seria super over postar aqui toda semana o que leio na newsletter, por isso nunca o fiz.

Mesmo sabendo que as informações são genéricas - já que cada gravidez é uma gravidez e cada bebê é um bebê - a newsletter desta semana me deixou especialmente emocionada: minha filha já pesa 1kg, ou mais... 

Assisti nesta semana a uma matéria sobre um neném que nasceu incrivelmente prematuro, pesando menos do que 400g, e que só sobreviveu porque a tecnologia avançou um tanto. Só de saber que a Luna não corre mais esse risco, já me deixa TÃO aliviada! É claro que ela precisa crescer muito ainda, mas está tudo caminhando tão bem que eu precisava compartilhar essa tranquilidade...

Bem, segue o texto:
Muita coisa está acontecendo nesta semana. Seu bebê está pesando 1 kg - aliás, é bem provável que tenha ultrapassado essa marca. Ele também já é capaz de abrir e fechar os olhos. Além disso, pode ter começado a soluçar um pouquinho mais. E não é à toa. Seus pulmões estão quase formados. Como ele cresceu - já mede 34 centímetros da cabeça aos pés -, você vai perceber todos esses movimentos com mais clareza. Não se preocupe porque isso é pra lá de normal. Por enquanto, ele, no aconchego do útero, passa um tempo dormindo, mais algumas horas acordado e, em seguida, volta a adormecer...

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A história do mundo... E a formação dos bebês...


Achei bem interessante este vídeo, já que tem tudo a ver com o momento pelo qual estou passando, como mãe, como moradora deste planeta e responsável por um futuro morador...



Human history can be divided into three major periods in very much the same way that the development of a human embryo consists of three trimesters.

All throughout our past, weve been expanding, conquering, building, destroying, restructuring, and rebuilding again as weve continued evolving. Humanity continued to spread throughout the world, until finally, we conquered everything. A human fetus reaches this condition in the 38th week of its development.

For a child, the mothers womb is the most comfortable place to be, and yet, this stage of development is merely an intermediate stage. The goal is to be born, and it is therefore impossible to remain inside of the mothers womb. During delivery, a mothers body produces an enormous amount of adrenalin in order to help the child be born, since the process of delivery is quite difficult and painful for the child.

Similarly, we as humankind have reached a peak stage in our development, and we cannot continue existing according to the principles we previously designed. Even though we have no idea what to do next, this doesnt mean that there is no general plan for our development. Nature operates its own program that impacts us, forcing us to be born through crises, disasters, epidemics, and wars. After this birth, the child continues to develop, attaining a totally different world outside of the womb.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Mãe e filha...



Uma filha! Uma menina!

Desde quinta-feira passada a minha relação com este bebê mudou completamente. Eu sempre tive aquele sexto sentido que era uma princesinha que estava crescendo aqui dentro e agora tenho confirmações visuais e médicas disso.
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Acho que tive influências externas para achar que era uma menina: logo no comecinho, ao contar para uma amiga da minha mãe - a Silmara -, ela me pergunta:
- Quando você acha que engravidou?
Diante da minha resposta, sem hesitar e com uma empolgação tremenda, ela me diz:
- Ah! É uma menina! Se fosse no começo do mês anterior ou no mês seguinte, seria menino; mas se você acha que engravidou nesse período... Não tenha dúvidas, é menina.
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Confesso que não foi uma descoberta muito fácil; assim como não foi fácil a própria descoberta da gravidez.
Desde o começo eu e Sil torcíamos fervorosamente para que fosse menino: ele já tem uma sobrinha de um ano, portanto, para "completar" sua família, nada mais gostoso do que o próximo novo membro ser um menino; e outra: todo homem sonha em ter um menino como filho pródigo.
Acho que a minha preferência está completamente ligada ao fato de eu ser madrinha de um anjinho de 2 anos e meio; como ele mora em outra cidade, não o vejo com frequência, mas é uma farra estar com ele; sem contar que nunca fui muito fã de roupas muito frufruzentas, vestidos de babadinhos, estampas de bonequinhas e todas essas coisas; adoro roupas de menino: bermudão, camisetinha, all star!!!
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Fui pro laboratório fazer o ultrassom na quinta-feira de manhã com uma ansiedade que não cabia em mim, saber que naquele dia eu poderia descobrir o sexo do bebê me deixou com borboletas no estômago desde a noite anterior. Já ouvi muita gente dizendo que só conseguiu ter certeza do sexo no 6º ou 7º mês, porque a perninha estava fechada ou porque o pimpolho estava numa posição que não colaborava para a visualização. Mas sendo filho de quem é - refiro-me ao pai - já é um neném todo dado e eu tinha certeza que ele estaria com as pernocas abertas, exibindo-se para o "momento ultrassom". Por ser o Ultrassom Morfológico do 2º trimestre, o exame era bem detalhado, verificando toda fisionomia e formação do baby. O médico não era grandes coisas, mas ia pontuando os órgãos, ossos e partes do corpo mostradas na tela... Mas nada de falar sobre o sexo da minha cria... Não sei se não falar é um procedimento padrão, já que alguns casais podem não querer saber até o momento do nascimento, mas ele podia perguntar se tínhamos interesse em descobrir.
Comecei a passar mal no meio do exame, estava deitada de barriga pra cima (claro!!!), mas muito reta, e o peso do bebê no resto dos órgãos começou a me deixar fraca. Aguentei firme por um bom tempo, mas o incômodo foi aumentando incrivelmente a cada minuto e informei ao médico assim que percebi que não suportaria mais. Mesmo com dores e querendo sair daquela posição o mais rápido possível, ao ouvir dele um "O exame já está acabando", não aguentei e imediatamente perguntei:
- E o sexo? Já conseguimos saber?
Ele disse que sim e foi "procurar" o meio das pernas do meu bebê.
Apareceu na tela um bumbum e duas perninhas - como se o bebê estivessem sentado e o estivéssemos vendo de baixo. Ele congela a tela e mostra uma região no meio das pernocas com o mouse:
- Estão vendo isso aqui? Isso é típico de menina.
Mexeu de novo e confirmou o que havia dito anteriormente.


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Olhei pro Sil e dei um sorrisinho indefinido, meio Monalisa, sem saber se era de felicidade ou de... de... não sei.
Não sei muito como contar isso; só sei que eu gostaria de ter saído do laboratório pulando de alegria, com um sorriso de orelha a orelha, mas não foi assim que aconteceu.
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Não me lembro da última vez que um filme teve tanta importância na minha vida: minha obsessão por ser menino havia passado há algumas semanas: estava em casa assistindo "A vida secreta das abelhas" quando me deparei com uma cena onde a personagem principal - uma menina de uns 8 anos - encontra uma foto antiga, onde ela está no colo da mãe e as duas estão olhando uma para a outra, sorrindo. Imaginei essa cena acontecendo comigo, eu, agora no lugar da mãe. Me deu uma sensação gostosa, uma vontade de ter uma filha, pra ser amiga, cúmplica, fofocar sobre tudo, passear no shopping e todas essas coisas de meninas-mulheres.
Mas a chegada de um bebê é esperada não só pela mãe, mas pelo pai também e saber que eu não daria um filho homem pro Silvio me deixou extremamente abalada. Eu sabia o quanto era isso que ele queria, porque ele só falava nisso: que seria um menino. Sempre que alguém dizia algo como "Como vai essa lindinha?" ou, até para "provocá-lo", cutucava: "Quando vai fazer o ultrassom para confirmar que é menina?", ele virava uma fera, dizendo: "Menina nada! É um moleque!"... Foi bem difícil pra mim saber que sim, ele estava feliz, mas não tanto quanto gostaria...
A gente conversou bastante e ele me fez ver as coisas de um outro jeito. Não que eu tivesse entendido errado as expectativas dele e o que ele sentia e sentiu ao saber que teria uma filha, mas me fez entender o que se passava ali dentro.
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Voltando ao começo do post...
Como eu havia dito, minha relação com este pequeno (não mais tão pequeno assim) ser que cresce aqui dentro mudou completamente! COM-PLE-TA-MEN-TE... Dizer 'ELA' e 'minha filha' se tornou incrivelmente natural desde o momento seguinte ao ultrassom.
Ver aquele bebezinho pela 4ª vez me aproximou dele de uma maneira indescritível. Aquele amor incondicional que tanto falam já é muito forte!!!
Antes desta quinta-feira eu já adorava ficar com a mão na barriga, massageando e fazendo carinho, pois sempre soube que meu bebê sentia sim o toque da mãe; mas agora mão e barriga parecem ímãs, não se desgrudam mais. Durmi praticamente a noite passada inteira com a mão no baixo ventre.
Quero muito que ela chegue logo, mas ao mesmo tempo é tão bom saber que minha filhota está aqui dentro, tão pertinho, tão cuidadinha, se mexendo e crescendo...
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Rola um lance que o primeiro filho, ou filha, sempre puxa mais ao pai. Agora fico imaginando como será minha lindinha...
Ela será linda, disso não tenho dúvidas, mas a boca da pititica será mais parecida com a minha boca ou com o bocão do Sil? E o nariz? E as mãos, os pés e o cabelo?

Pra quem é bom de imaginação: uma prévia de algumas características possíveis que a pequena possa herdar.



Agora só falta saber como vai ficar a "montagem"... =o)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Herança de pai pra filho

Hoje, num dia tão especial pra mim e outros 30 milhões de apaixonados, me veio à cabeça algo que ouço desde pequeno e que, agora que vou ser pai, fico imaginando como será quando chegar a minha vez...

Como muitos que lêem este blog já devem saber, sou corinthiano... Daqueles que grita durante o jogo inteiro, sofre quando o time está mal, perde o ar de tanta alegria quando vencemos, chora de emoção e de tristeza, e que quando o Timão ganha, tem orgulho de vestir a camisa. Mas esse orgulho se torna ainda maior quando ele perde, pois é exatamente nas horas difíceis que um verdadeiro amante do clube do Parque São Jorge mostra sua devoção, veste a camisa e mostra pro mundo inteiro o que é fazer parte dessa nação, odiada por adversários por saberem que nunca sentirão a dor e o prazer de ser corinthiano.


Essa paixão eu herdei do meu pai, ex-jogador de futebol e que me levou ao estádio pela primeira vez quando eu tinha 11 anos, num jogo histórico pra mim, entre Corinthians e Flamengo, no Pacaembu, com vitória do nosso glorioso alvi-negro por 1 a 0, gol contra de Casagrande, ídolo da Fiel, que na época defendia as cores do time carioca, aos 35 minutos do segundo tempo.


Desde aquele dia, o espírito corinthiano só cresceu dentro de mim, vendo como aquela torcida gritava e se empolgava a cada lance do jogo, contagiando qualquer um que estivesse ali presente.


Confesso que mal vejo a hora de poder levar meu filhote ao estádio, para que possa vivenciar essa sensação tão maravilhosa e única que é ser corinthiano e torço para que aquele velho chavão de que "corinthiano nasce corinthiano" seja verdadeiro e que esse espírito guerreiro e sofredor faça parte do DNA, e seja transferido de pai pra filho, como aconteceu comigo e com tantos outros por aí...


Obrigado pai, por me transformar em mais um nesse bando de loucos... E que essa magia continue em nossa família por muitas e muitas gerações...

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Quem disse que pai não dá a luz?

Após um loooongo período, cá estou eu novamente dando minha contribuição para mais histórias sobre a minha gravidez e da Aline. E não precisa ficar assustado achando que passei por uma experiência científica como o Schwarzenegger na década de 90 (confesso que tive que recorrer ao velho amigo Google pra saber exatamente como escrever o nome desse infeliz).

O pai, pelo menos os que querem fazer parte desse momento tão materno que são as 40 semanas de gestação, têm que modificar sua rotina para acompanhar as mudanças "forçadas" pelas quais a mãe passa nesse período.

Após toda aquela novela envolvendo o médico frustrado e o encontro com a nossa nova doutora, muito simpática e atenciosa, esta semana foi a vez de irmos a uma nutricionista, a Melissa.
A indicação foi de uma gestante já conhecida por vocês, leitores de nosso blog, que teve espaço cedido para contar sobre sua luta contra a balança durante a gravidez: a Moura.

Fomos com ótimas referências e devo confessar que todas elas foram mais do que verídicas. A moça realmente parece entender muito sobre sua profissão e deu diversas dicas... praticamente uma aula de como funciona nosso organismo, como os nutrientes dos alimentos que ingerimos são absorvidos e tudo mais que precisávamos saber para que nosso filhote tivesse do bom e do melhor enquanto fica praticando natação no líquido amniótico.


Mas o que realmente me inspirou a escrever este post, como de costume, foi a situação fora do normal anterior à consulta.
No caminho para o consultório, a Li recebeu uma ligação da doutora informando que houve uma queda de energia no prédio e que, caso ainda quiséssemos comparecer à consulta, teríamos que subir de escada até o 7º andar. Como nós dois somos da geração saúde e sempre estamos fazendo algum tipo de exercício físico, topamos fazer a escalada.

Chegamos ao prédio e nos encaminharam para as escadas de emergência, com o seguinte conselho: "Como as luzes de emergência também estão desligadas, é melhor vocês usarem a luz do celular e segurar no corrimão para ter mais segurança". Aí caímos em um grande problema tecnológico pelo qual eu e a Li passamos: não temos aparelhos avançados, daqueles que normalmente as pessoas fazem de tudo um pouco, e até conseguem fazer e receber ligações neles. E quem falou que a luz dos nossos quase pré-históricos aparelhos iluminava alguma coisa?
Uma das coisas que mais me aflige nessa vida é a idéia de perder a visão, e ali me senti como Richard Pryor em "Cegos, Surdos e Loucos", tateando e tropeçando nos degraus.

Foi então que tive a brilhante idéia de usar o nosso novo "brinquedinho", vindo diretamente de Pittsburg, para iluminar nossos caminhos: o GPS!
Aquilo sim era uma luz no fim do túnel, e nos salvou de um possível treinamento para dublês, rolando escadaria abaixo.

No meio da nossa odisséia, ainda tive que dar uma de lanterninha e acompanhar uma moça que, pelo andar da carruagem, já estava há uns bons minutos ali, tentando enxergar os degraus com uma luz que mais parecia um
led de controle remoto. Como nosso destino era o 7º andar, deixei a Li num lugar seguro e plano, enquanto fiz minha boa ação até o 12º andar.

Finalmente conseguimos sair ilesos e, no meio da consulta, a luz voltou e não tivemos que continuar brincando de "lumos" na hora de ir embora, já que o elevador estava nos esperando de portas abertas. Só faltou suspirarem de satisfação como no prédio do escritório central do
Guia do Mochileiro das Galáxias.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

O lado esquecido do armário

Mais dia menos dia isso acabaria acontecendo: as minhas calças preferidas seriam realocadas para um canto isolado do armário, canto esse onde eu só voltarei a mexer daqui alguns meses - caso tudo dê certo...

E hoje foi o dia da decisão...
(PS: comecei a escrever este post tem mais de uma semana)
Algumas delas não eram mais confortáveis faz um certo tempinho, mas eu teimava em usar (abrindo o botão sempre que sentava e cobrindo a parte aberta com a blusa). Shiu! Isso é segredo, afinal, não é digno uma futura mãe de família ficar com a calça aberta onde quer que seja. 

Mas é difícil se acostumar com a idéia. Sempre achei meu quadril largo demais, por causa disso só fui começar a usar calça skinny - modelo que dá uma suuuuuper valorizada nas curvas do corpitcho - no ano retrasado, quando a minha relação com meu corpo entrou numa certa estabilidade. E como esta estabilidade durou até então (então = julho, quando a gravidez começou a fisicamente aparecer) está sendo bem (BEM) difícil aceitar que terei que deixar minhas roupas preferidas isoladas num canto do armário e voltar a usar as antigas calças "largas".
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Pra ajudar: estava fazendo uma pesquisa de imagens para colocar neste post e achei o site de uma marca de roupas para gestantes.
Uma calça jeans simples, com elástico pro barrigão, pela bagatela de 258 reais.
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O.o
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DUZENTOSECINQUENTAEOITOREAIS
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Como devo ter feito muitas boas ações na vida passada, Deus quis que o auge da gravidez fosse no verão - segundo os médicos, meu pequeno parasita virá ao mundo entre a segunda quinzena de dezembro e a primeira de janeiro ("estragando" as férias de toooodo mundo, uhu!) - ou seja, a minha coleção de vestidinhos soltinhos e confortáveis irá aumentar incrivelmente!E vestidos pro verão a gente acha aos montes por aí! E viva a José Paulino!


Pedala padrinho... ou... A suspeita do primeiro chute

Meu pai passou um mês fora, trabalhando nos States; voltou no domingo...
Quando ele saiu de casa minha barriga estava praticamente reta ainda, quando eu contava para alguém que estava grávida, geralmente recebia olhares suspeitos.
Agora já posso me considerar uma super gravidinha: hoje, dia 24 de agosto, meu concepto está com 16 centímetros e pesa 260 gramas (segundo a newsletter do site bebe.com) e cresce em progressão geométrica.
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Como meu velho não havia visto a que ponto seu neto tinha crescido, em casa, no domingo mesmo, depois de passada toda a agitação da volta do chefe da família, minha mãe me puxa de lado e lança:
- Você já viu a barriga da sua filha?
E foi logo levantando minha blusa.
Meu irmão - THE godfather - interfere:
- Não! Se a Li deitar dá pra ver melhor.
Sento no sofá e reclino o encosto. Meu irmão se ajoelha ao meu lado, levanta um pedacinho da minha blusa e encosta a bochecha na minha barriga, com o rosto virado pra mim.
No segundo seguinte eu sinto um "pedaço da barriga sendo empurrado de dentro pra fora" (essa foi uma boa descrição de um possível chute?) e meu irmão deve ter sentido algo como um cutucão na bochecha. A gente se olhou com a maior cara de espanto do mundo e dissemos quase ao mesmo tempo:
- Isso foi um chute?!
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Caros amigos leitores, foi "um dos" milésimos de segundo mais gostosos da minha gravidez. Claro que o ultrassom é incrível - poder ser seu bebê ali se mexendo - mas uma coisa é saber que tem uma vidinha aqui dentro se formando, outra coisa - e agora entendo que é completamente diferente - é SENTIR essa vida, sentir literalmente na pele.

Uma pena que não foi o Sil quem sentiu o prmeiro chutinho, mas padrinho é quase um pai de consideração, certo?
E além da gente ainda não morar junto e trabalhar fora - portanto não ficar junto 24 horas por dia - a gente sabe que mãe tem privilégios emocionais e experimentais desde o momento da concepção, já que é impossível que o lado paterno sinta durante a gravidez o que a mãe sente (óbvio) e que, pelos menos até os primeiros meses de vida, a mãe tem muito mais contato com o herdeiro...

Ser mãe é padecer no paraíso...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Visita especial...

Gente!
Sabe aquela "amiga mais grávida do que eu" de quem eu sempre falo aqui no blog? Aquela que "me inspirou" a começar um diário virtual da minha barrigudice ao me mostrar seu incrível livro-diário?
Então, ela - Mariana (A) Moura - veio aqui na minha mesa no trabalho perguntar se eu doaria um post do blog pra ela! 
Quê?!?!?!
Claro que sim!!! Sempre relembrando que aqui quero compartilhar o que vivo e sinto e também proporcionar o compartilhamento do que rola com @s amig@s e barrigudas próximas.
Ela se empolgou MESMO na hora de escrever, mas eu pelo menos não ligo não... Está tão gostosa a escrita que flui facinho...
Lá vai:

[Aceita um post?!]

Depois de mandar dois honrosos pedações de bolão em plena tarde na firma, resolvi pedir um cantinho no brogue da amiga para registrar minha colaboração-aflição-reflexão. Parte por que o tema aflige a nós duas (eu e Aline - as duas pós-bolão) e parte por que adoro escrever (e parte por que sou inxirida mesmo)... não tenho a pretensão de elucidar muita coisa, mas usar o espaço para trocar bobagens sobre as preocupações corriqueiras das meninas "embarrigudadeiras"!!!

Seguinte, o tema é: peso! Pois é. Na minha opinião, Aline é referência-sonho no quesito "magrice". A mina tem quase a minha altura e pesa na casa dos 50 (no comecinho da casa alilás); já eu pesava na casa dos 60 (láaaaa no finalzinho dele). Inclusive na área brogue, a única coisa que consegui produzir foi um de comida para provar e atestar minha gula profissional (http://comidadebarrigacheia.blogspot.com).

Mas, vamos lá. Desde que minha gravidez entrou em estado avançado (e, enfim, visível) tenho notado que é temática cara as grávidas que se encontram perguntar logo no comecinho da aproximação: "e aí? quanto engordou?" e umas se gabam dos poucos quilos e outras se assustam com o avançado do engordamento. Pois eu nunca soube bem onde me encaixava até mês passado. Vou contar o histórico.

Filha de família que flerta intensamente com a obesidade, sou cuidadosa com as calorias (mesmo sendo um ser ultra-lariquento). Tempos atrás, descobri uma zuuuuuper nutricionista que amo, que me ensinou a ver os alimentos de um outro prisma, que não é calórico apenas, mas sim funcional. O que encaixa com o que, o que contribui pra que, como desintoxicar, balancear, e tudo sem sofrer - pelo menos pra mim que não sou muito preconceituosa na invenção gastronômico-integral, que amo frutas e saladas coloridas. Ver a comida como a energia que supre (ou falta) no corpo... como base de todas as necessidades e forças. Nada de novo até a gente conseguir colocar em prática de verdade e ver os efeitos também de verdade. Ela supervisionou uma redução drástica na quantidade de carboidratos e frituras da minha vida e a minha intensa imersão no reino dos integrais e da pouca fritura. Emagreci pouco - nem era esse precisamente o objetivo - mas perdi muita massa gorda, medidas e aprendi a mandar na bagunça que era meu sistema digestivo.

E aí estava eu no momento do embarrigamento em que me encontro agora. No começo, sem conseguir horário com ela, fui gerindo minha alimentação com um aumento desordenado de calorias. Sem escândalo, mas também sem método. [O chocolate do bolão recém-comido, no momento, causa movimentos estratosféricos de João em minha barriga - talvez queira manifestar algo... vamos ver se compreendo a linguagem fetal até o final do post.] No começo da gravidez, a vida, pelo menos pra mim e pra Aline, não foi nada fácil. Enjôo interminável, indisposição, muita dor de cabeça... Aline perdeu peso, eu não - sou dessas que termina namoro, fica desempregada e é despejada e sempre engorda, nunca emagrece. Fiquei chata, confesso! Até a consulta...

Naaaaaa consulta com ela - THE nutricionista, descobri que o aumento de calorias auto-decidido não era bom, nem suficiente. Muito surpresa, tive a feliz surpresa: comer! Muito mais do que imagina!!!! Pra uma pessoa que comia pouco carboidrato, mas que é doida por um pão, a felicidade foi imensa. Saindo do consultório, liguei pro marido e disparei "se vc tentar me acompanhar, tá f******, vai ficar obeso". Sorrindo pelas ruas, comparava as duas referências quanto a engorda gestacional que tinha até então (no 3º mês de gravidez): por um lado, Dr. Cuca Fresca, meu obstetra - com quem tudo é permitido - que me disse que poderia engordar até 20 kg; por outro, a nutricionista, um pouco nutricionista (além de oriental) demais, onde o campo saudável era entre 7 e 12 kg. A nutricionista ganhava referências positivas pois estava em seu 8º mês de gravidez - o que lhe dava mais crédito do que as que o próprio experiente obstetra gozava. [Ave! Post longo, e a reunião na sala ao lado chamando.]

Fui tocando, maravilhada com o mundo que se abria pela frente: arroz e feijão no almoço e no jantar e um sanduba de pão integral no final da tarde. Comi o que tive direito e claro, um pouco a mais. Até o 6º, tinha engordado 4 quilos, que me parecia bem razoável. Do 6º pro 7º a surpresa! 5 kgs!!!! Em um mês só. Pânico na Zona Sul! O que aconteceu?! Sei bem... andava comendo muito e engordando pouco - todo mundo dizendo "vc é só barriga, não engordou nada..." aquilo foi introjetando ni mim e eu fui me seduzindo pela oferta inegável do 2º prato, de mais um pedaço, outro pãozinho e BUM!!!! Toma essa! 5 kgs em um mês.

Fiquei encanadérrima. Minha nutri de licença curtindo horrores seu novo nenê e eu, ai de mim, desamparada! Solução: fome eu tinha, comer eu precisava - trata-se portanto de refletir sobre o que exatamente se come. Invés de pãozão, fruuuuutas, muitas frutas. Passei a levar pro trampo uma feira inteira: duas frutas pro lanche da manhã, mais duas pro da tarde. E continuidade nos exercícios (meio molengas) que me eram permitidos.

Daí hoje: obstetra! Muitas ansiedades e tantas outras curiosidades listadas e, sem fim, em mãos... entre elas, o peso - dei uma controlada? Vamos lá, pesa lá e... tan-tan-tan-taaaaaan - 700 gramas, minha gente!!! Su-real! Deu certo, rendeu frutos... os frutos... entende? As frutas renderam frutos... poucos e levinhos! Viva! Viva!

Portanto, no presente momento, entrando no 8º (Aaaaaaaaaaaaaaaaaaah! Me-dooooooooooooooooo!), engordei 9,7 kg. Estou dentro do que esperava de mim mesmo. Mas, fica a dica (pra mim mesma, diga-se de passagem): segue segurando a onda!!! Por que é agora que o nenê cresce mesmo e ganha peso mesmo... se aplica na fruta e segura no pão. Pra mim, precisei desse longo percurso, pra chegar nessa simples conclusão que repito: MANERA (mas não nega) NA MASSA E VAI FUNDO NOS VIVOS E FRESCOS (viva as frutas e os verdes e família)!!!

Finalizando, " lo juro"! Se alguém precisar de uma nutri é só falar que passamos o contato - a Aline vai nela semana que vem e pode dar um retorno do que ela achou tb. Ela acabou de voltar da licença e há de nos salvar da ignorância, principalmente, trazendo informações de quem cruzou a fronteira, e já tem um nenê no colo. Aliás, depois do nenê dela permitir, ela me ligou e me deixou a dica: "Sim, toma cuidado com o ganho de peso, mas calma também por que a amamentação dá super conta do recado - da perda do peso". E erguemos mais um Viva! a amamentação que é linda, linda, linda! E útil e saudável e emagrecedora e boniiiiiita de um tudo.

Fico por aqui... e um viva a Aline entrando no momento pancinha bonitinha da vida.

Torçam por mim que entro, receosa, ansiosa, esperançosa, feliiiiiiiz, no 8º mês. Voa, como voa! E há tanto por fazer, pensar, ler, saber... e não vai dar e VQV ( vamuquivamu) que na raça todo mundo vai!!!!

Fui!!!

(P.S.: Desculpem a quantidade enorme de palavras e de palavras inventadas. De vez em quando só elas dão conta da informação desejada.)

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Reencontros

Hoje dei uma passadinha no meu antigo trampo pra assinar um contrato de um freela que fiz na semana passada.
Estranho... muito estranho reencontrar todas aquelas pessoas com quem trabalhei por praticamente 4 anos.
O que fez com que o encontro fosse mais gostoso foi o fato da empresa ter mudado de endereço: estão era em outro bairro, outra rua, outra casa, outros espaços... Acho que se ainda fosse na Rua Dante Carraro teria sido uma experiência no mínimo esquisita; muitas memórias boas... e muitas ruins também.
Mas foi bom, o acolhimento e o carinho foram grandes... Todos os "mais íntimos" daquela época - alguns que eu não via há mais de um ano - me davam parabéns pela gravidez... Parecia aniversário, quando você sente que toda a atenção do dia é sua.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço...

Bem...
Meu bebê está crescendo e começa a achar que é mais importante que qualquer outro órgão do meu corpo que esteja perto dele... (E sim, ele é mais importante...)
Portanto, começo a sentir que ele está ocupando todo o espaço possível e que todos os meus órgãos estão ficando em segundo plano.
Antes eu só sentia a bexiga apertada quando ela estava realmente cheia. Agora essa sensação dura praticamente o tempo inteiro e não é mais um incômodo localizado... É desde a altura das costelas até um palmo abaixo do umbigo... 
Ser mãe: trabalhinho difícil esse que as mulheres precisam fazer não?

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Profissionais de saúde

Falta de amor pela profissão, frustração e incompetência.
Acho que essas três características definem muito bem alguns médicos de hoje em dia... Pensando bem, não é de hoje que alguns desses profissionais da saúde vêm interferindo negativamente na minha família.
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Há uns 10 anos atrás, numa atividade do trabalho - acho que era um encontro de formação com o pessoal da educação ou da assistência social; aqueles encontros com dinâmicas de grupo, coisa e tal - minha mãe se desequilibrou e caiu em cima da mão.
Corre pro hospital público mais próximo, faz o cadastro com a carteirinha do convênio e espere pra ser atendida pelo médico de plantão.
Ao entrar na sala, ele dá uma olhadinha, dá uma mexidinha e manda engessar - e só!
No dia seguinte a dor é maior ainda.
Agora "com tempo" ela vai até uma clínica de ortopedia. Tira o gesso, faz raio-x e o médico avisa que o gesso havia sido colocado completamente errado!
Final da história: por causa de um primeiro erro, ela teve que ficar seis meses com mão e braço engessados.
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Contei essa história toda porque ela me veio na cabeça no momento que descobri que meu ex-gineco-obstetra era um médico incompetente e frustrado, pois só isso pra justificar suas atitudes, orientações e postura para com as pacientes -  e o Sil é testemunha disso tudo.
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Acontece que há 5 anos eu faço exercícios físicos puxados: aula de spinning de 3 a 4 vezes por semana.

O Spinning é uma modalidade de bike indoor que se caracteriza pela simulação de pedaladas em diferentes tipos de terreno e pelo trabalho em vários níveis de freqüência cardíaca do aluno. O professor escolhe as músicas das aulas, que servem para passar emoção e ajudar o aluno a "sentir a estrada" em que se está pedalando.

Como toda futura mãe responsável, na primeiro consulta com o tal doutorzinho, pergunto sobre a prática de exercícios físicos explicando como eram minhas atividades até aquele momento. Eu já sabia que teria que abrir mão das minhas aulas de spinning, mas não achei que fosse ter que abrir mão até de andar rápido pra pegar o ônibus!

- Não! Nada de exercícios até a 16ª semana.
- Caminhada leve pode Doutor?
- Não! Passear no shopping pra gastar o cartão de crédito do namorado, sim. Mas só!

Espirituoso, não? 
Bem, como eu ainda não havia lido quase nada sobre gravidez, nem conversado com muitas pessoas, acatei a decisão do médico sem discutir.
Porém, com o tempo, fui descobrindo que sim, gestantes ainda no primeiro trimestre podem fazer exercícios! E se vc já os fazia - e não se enquadra na categoria "gravidez de risco" - pode continuar normalmente a fazê-los (com acompanhamento médico)! 
Resultado: perdi 4 meses de exercícios...
Agora me diz? Qual a formação desse cara? O que o faz um médico dar uma orientação tão errada? Pelo que agora entendo, exercícios são, inclusive, fundamentais pra gestante manter a forma, fortalecer os músculos e contribuem ao máximo pra que a gestação fique mais "leve", o parto seja mais tranquilo e a recuperação aconteça mais rapidamente.
Só fui ter segurança pra voltar a praticá-los quando trocamos de médico - agora é uma médica - e ela me disse "Claro que pode! Ainda mais que está tudo tranquilo, seus exames estão ok e você já praticava exercícios".
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Moro ao lado de um parque  - Parque do Piqueri - e na terça-feira foi o primeiro dia. Caminhada moderada de 45 minutos. Estava tão frio que não deu nem pra transpirar, mas só de voltar a mexer o corpitcho de alguma maneira já é uma sensação deliciosa!
A idéia é caminhar de 3 a 4 vezes por semana, bem de manhazinha, quando o ar é "menos poluído" - o que é bem difícil de identificar aqui em São Paulo. 
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Hoje é sexta-feira e na verdade ainda não consegui voltar ao parque. Essa semana foi muito corrida no trabalho, então acabei abrindo mão de me cuidar. 
Mas agora que sei que posso "botar pra quebrar moderadamente", irei regulando a rotina aos poucos.
Alguém aí topa uma caminhada?