sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

13.12.12 – Luna – 1 ano e 11 meses


Quando eu olho nos seus olhos de manhã
Eu nem penso o dia que eu vou ter
Eu nem lembro as coisas que eu tenho a fazer
Eu só quero estar por perto

Quando eu ouço as gargalhadas de manhã
Eu nem penso se eu vou trabalhar
Eu nem lembro se ainda existe outro lugar pra ir
Eu só quero estar por perto

Eu só quero ver o amor crescer
Eu só quero ver a minha flor crescer
Eu só quero ver as coisas que você aprontou
Se você vai bem
Fica tudo bem

Quando eu olho nos seus olhos de manhã
Eu nem penso se já amanheceu
Eu nem lembro quando foi que anoiteceu
Eu só quero estar por perto
(Por Perto – Música em Família)

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Billy Elliot - De carona no cinema

Veja dicas de outros filmes que tenham participações relevantes de bebês e crianças ali no cantinho esquerdo do blog.Saiba mais sobre o projeto, aqui.


__________________________________________________________________
A dança faz – de uma maneira ou de outra – parte da minha vida desde os meus 12 anos. E ela começou, como pra muitas meninas, com o ballet clássico. Logo que entrei, conheci o Érico Montes. Ele tinha, mais ou menos, a minha idade e fazíamos aula juntos. Era o único menino da turma e nós o adorávamos. Pra resumir a história, ele estudou e hoje trabalha no Royal Ballet, de Londres. Quando assisti Billy Elliot pela primeira vez, não tive como não me lembrar do Érico e encher meu coração de felicidade e boas lembranças. O filme retrata outras questões bem importantes para o contexto social da época e acho que não faz tanto sentido para crianças muito pequenas. Mas para nós, é maravilhoso!


 
Diretor: Stephen Daldry
Roteirista: Lee Hall
Gêneros: Comédia, drama, musical
País: UK |France
Lançamento 16 March 2001
Duração: 110 min

 
Sinopse

 
Billy Elliot (Jamie Bell) um garoto de 11 anos que vive numa pequena cidade da Inglaterra, onde o principal meio de sustento são as minas da cidade. Obrigado pelo pai a treinar boxe, Billy fica fascinado com a magia do balé, ao qual tem contato através de aulas de dança clássica que são realizadas na mesma academia onde pratica boxe. Incentivado pela professora de balé (Julie Walters), que vê em Billy um talento nato para a dança, ele resolve então pendurar as luvas de boxe e se dedicar de corpo e alma dança, mesmo tendo que enfrentar a contrariedade de seu irmão e seu pai sua nova atividade.

 
Elenco

 
Jamie Bell  ... Billy Elliot
Jean Heywood ... Grandma
Jamie Draven ... Tony Elliot
Gary Lewis ... Dad (Jackie Elliot)
Stuart Wells ... Michael Caffrey
Mike Elliot ... George Watson
Billy Fane ... Mr. Braithwaite
Nicola Blackwell ... Debbie Wilkinson
Julie Walters ... Mrs. Wilkinson
Carol McGuigan ... Librarian
Joe Renton ... Gary Poulson
Colin MacLachlan ... Mr. Tom Wilkinson (as Colin Maclachlan)
Janine Birkett ... Billy's Mum
Trevor Fox ... PC Jeff Peverly
Charlie Hardwick ... Sheila Briggs

 
Curiosidades

 
Partly inspired by Royal Ballet dancer Philip Marsden whom writer Lee Hall met while researching the script. Marsden is from the North of England, and his family had a militant mining background.
 Jamie Bell took ballet and other dance classes while in secondary school, which caused him to often be ridiculed by his peers. He used some of these experiences as inspiration while playing Billy Elliot.
In the final scene, the ballet in which Billy performs is Mathew Bourne's version of "Swan Lake" where all the Swans are played by men. Billy plays the part of the Swan, the same part he discusses with Mrs Wilkinson earlier in the film.
One of the great qualms of the entire film was whether Mrs. Wilkinson should be there in the final scene, where the older Billy Elliot performs Swan Lake. Eventually, it came down to the fact that 'Julie Walters' wasn't available for filming.
Billy Elliot's original title was 'Dancer', but when they took the film to the Cannes Film Festival, there was another film called Dançando no Escuro, which won the Palmes D'Or, prompting confusion; indeed, Universal Studios called the directors, producers and writer up and congratulated them. They then realized they had to change the name and settled ('rather lamely', joked the writer) on 'Billy Elliot'.
When Elton John first saw the film at Cannes he immediately pitched the idea of making a stage musical of it to director Stephen Daldry.
 Jamie Bell is the only one of the four principals to actually come from the area where the film is set.
 Jamie Bell was going through puberty at the time of filming. Some of his dialog had to be post-synched as his voice had broken. And the opening scene in which he jumps up and down on a bed to T-Rex's "Cosmic Dancer" was shot over a lengthy period of time. For the latter takes, Bell had acquired hair on his legs and had to have them shaved.
The Broadway production of the musical "Billy Elliot" opened at the Imperial Theater on November 13, 2008, running for 675 performances as of June 2010 and won the 2009 Tony Award for Best Musical.
On 13 October 2010 the London musical Billy Elliot welcomed its 3 millionth patron to the Victoria Palace Theatre.
Lee Hall, who wrote the screenplay, said in an interview: "I wrote the movie of 'Billy Elliot' when I was still a neophyte playwright. I was trying to find a way of telling my own story but in a visual way. The first image that came to my mind was a kid jumping up and down on the bed like I used to do. Once I had that bit, the whole thing about dance just came tumbling out."

 
 Prêmios

 
OSCAR
Indicações
Melhor Diretor - Stephen Daldry|
Melhor Atriz Coadjuvante - Julie Walters
Melhor Roteiro Original
GLOBO DE OURO
Indicações
Melhor Filme - Drama
Melhor Atriz Coadjuvante - Julie Walters
CÉSAR
Indicação
Melhor Filme Estrangeiro
 
 
Referências:


sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Post offline

Comecei a escrever no blog pra deixar registrado – e compartilhado – esse mundo novo que se abria. Nunca tive ambições de alcançar grandes números de visualizações, leitores ou comentários. O retorno que eu esperava dele era afetivo, pra mim mesma e pra Luna, quando revisitássemos juntas estas linhas alguns anos depois.
Mas junto com o orgulho de ser mãe da Luna, sempre tive orgulho do blog, das linhas bem ou mal escritas sobre a nossa a vida, porque escrever sobre tudo isso – pra mim – exige muito. E sempre comentei sobre esta cria online quando o assunto permitia. Mas eu nunca tive certezas de quem lia ou não o que eu escrevia. Apenas meus pais, que eu sempre tive a certeza de se encaixarem no... Segundo grupo. Até que eu cadastrei por conta própria seus e-mails na ferramenta do blog ‘Receber atualizações por e-mail’.
Mas ontem, ao deixar Luna na escola, numa conversa rápida com a diretora, descobri que ela lê meus textos de vez em quando. Fiquei imensamente feliz, pois nunca imaginei que a Sylmara "perderia tempo" lendo um blog, levando em conta a quantidade de demandas que tem.
E numa ligação da minha mãe – ex-coordenadora, atual "consultora" pedagógica da escola e amiga Syl há muitos (muitos!) anos – descobri ainda que aquelas páginas feitas de palavras tão minhas fizeram sentido pra mais alguém. O telefonema aconteceu pra me convidar a escrever um pequeno texto pra agenda da escola. A ideia, na verdade, foi a de compor as primeiras páginas da agenda do ano que vem com textos de algumas mães; mas a ideia que surgiu por causa da leitura deste blog.
E o texto ficou assim:
“Filhos, desde o segundo que nascem, fazem com que repensemos nossas ações e nossos sentimentos. E isso acontece de um jeito natural, porque é o amor que atua ali. Entregar aquele pequeno ser nas mãos de outra pessoa – no meu caso, outras pessoas - e passar o dia inteiro longe dele são atos de coragem, independente do tempo que ele tenha. Mas pra mim foi – além de necessário - um ato de amor. Amor, pois, conhecendo a escola como eu conheço, eu sabia, desde o primeiro dia que Luna foi recebida, que aquele lugar seria tão importante pra ela como é a nossa casa. Ao ver que ela se joga no colo de qualquer profissional da escola que abre a porta, sei que ela é tratava com amor ali dentro. E cada final de tarde sinto que recebo e pego no colo uma filha diferente. Minha pequena que já desce andando as escadas da entrada; minha menina que dorme no carro voltando pra casa, por ter resistido ao sono durante o dia para não perder as atividades; minha criança que, antes do dela, diz o nome dos amigos quando começamos a cantar “Se eu fosse um peixinho...”. Minha filha que me surpreende a cada dia com descobertas que, tenho certeza, foram experimentadas pela primeira vez com as tias e os amigos da escola. A cada manhã, o abraço e o beijo de despedida só são seguidos de um sorriso – no rosto e na alma -, pois sei que minha filha está entrando num mundo mágico, num lugar maravilhoso que tem a feito crescer, por fora, e por dentro.”
Negando pela blogosfera materna há alguns meses, percebi que não tenho muita coisa. Não tenho parceria com empresas para divulgar seus produtos em troca de publipost – nada contra!-, nunca recebi convite de jornalista ou produtor querendo me entrevistar, nem comentários de alguém super famoso da blogosfera. Mas ter o reconhecimento que tive esta semana me dá forças pra continuar a escrever; continuar a falar sobre as nossas escolhas; continuar a querer contar a nossa história.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Vôo rápido - A alfabetização no café da manhã

Quase todos os dias tomamos café da manhã juntos, os três. Como é impossível (no nosso caso) ter suco de fruta natural sempre na mesa, optamos – segundo orientação do pediatra – por dar suco de soja pra Luna nesses momentos de refeição.

Abre parênteses

A pequena está numa fase onde começa a reconhecer algumas letras e entender o que elas significam. Sempre que brincamos de desenhar, escrevo Luna, papai e mamãe e falo as palavras mostrando as letras. Como este processo ainda está muito no começo – ainda bem, porque essa meninada anda precoce DEMÁS! – minha pequena não pode ver nada escrito que vai lá, passa o dedo e fala ‘Lu-na’, ‘ma-mãe’, ‘ta-tai’, com pausa nas sílabas mesmo. Ficou fazendo isso no cavalete de um restaurante este final de semana.


Fecha parênteses

E hoje de manhã reparei que o AdeS caiu como uma Luna luva para a atual fase da família. E a conversa foi assim:

- Filha, qual é o nome da mamãe?

- Anine

- E do papai?

- Thito (Silvio. O ‘s’ é uma das últimas letras que a criança consegue falar corretamente)

- Certo. Olhe aqui no suco. Essa é a letra A, de Aline e essa é a S, de Silvio. Entendeu?

Luna faz que sim com a cabeça.

- Certo. Então vamos lá.

- Que letra é essa? A de...?

- Anine

- E essa? S de...

- Tatai (papai)

Assim que consegui parar de rir, rolou um parabéns e um abraço apertado. Não faz muito sentido agora ficar corrigindo-a a todo o momento com essa questão. Pra ela faz todo sentido que aquela letra é do papai, mesmo que seja do nome do papai.

Essa minha filha me mata fofice!

 

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Conversa na madrugada (Da série 'Curta do dia')

Luna fica na escola período integral; e praticamente todos os dias tira uma soneca depois do almoço. Mas às vezes a bagunça tá tão boa que ela simplesmente não quer perder tempo deitada na cama.

Ontem foi um desses dias. Quando Silvio a pegou na escola, no final da tarde, ela tinha acabado de dormir e não acordou nem quando chegou em casa, quando Silvio a tirou da cadeirinha do carro. Sabemos que quando é assim, seu corpinho quer descansar até o dia seguinte.

De madrugada acordo com ela sentada na cama dizendo “Peta? Peta? (chupeta)”. Meio múmia, meio zumbi, procurei a chupeta na cama, devolvi à ela e fiquei olhando aqueles olhinhos que me pareceram muito bem acordados. E aqui uma confissão sem culpa alguma: se o cansaço é muito, muito tipo ontem, minha única reação é pegar a pequena e levá-la pra minha cama, assim garanto que não precisarei mais levantar por qualquer motivo que seja. Como cama de mãe tem sonífero, assim que deitou a cabeça no meu travesseiro, Luna dormiu.

E dormimos todos sem interrupção? Acho que não...

Lá pelas tantas – vai saber a hora... – acordo com um “Mamããããe! Mamããããe!”, com uma voz animada como se fosse quatro da tarde. Quando meu consciente voltou das profundezes do mar, percebi que o mundo caía lá fora. O barulho da chuva era similar ao de uma cachoeira que estivesse na cabeceira da cama. Assim que percebeu meus movimentos, Luna começou: “Alulho! (barulho) Alulho! Tatai (papai) banho onete (sabonete)”. Sem perceber que o pai estava deitado ao seu lado, Luna relacionou o barulho da fúria de Poseidon ao do chuveiro e repetiu mais algumas vezes: “Alulho! Tatai banho onete”.

Achei aquela conversa tão engraçada e a linha de raciocínio tão interessante pra uma criança tão pequena... Mas eu não queria deixar Luna com “informações erradas”. Disse que o papai não estava tomando banho, que ele estava deitado ao seu lado. Ela olhou pra ele e passou a mão em seu rosto. Eu expliquei que aquele barulho era de chuva. “Uta?” “Sim, filha, chuva, lá fora.”

Ela parou, me olhou e a minha credibilidade durou cinco segundos: “Alulho! Tatai banho onete.” Entreguei os pontos. Os segundos depois foram de convencimento pra que ela voltasse a dormir. Beijei sua bochecha e virei de lado. Acho que a explicação funcionou, ou foi o barulho da chuva que a adormeceu de novo.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Matilda - De carona no cinema


Veja dicas de outros filmes que tenham participações relevantes de bebês e crianças ali no cantinho esquerdo do blog. Saiba mais sobre o projeto, aqui.
_____________________________________________________________________________

Fiz um curso de comunicação comunitária logo que saí da faculdade e frequentei algumas aulas de uma matéria focada em educomunicação na USP há três anos. Uma das possibilidades que vem dessas áreas de estudo é a apropriação da produção audiovisual para estimular algumas formas de raciocínio e proporcionar diferentes pontos de vista sobre determinado assunto.
Pra quem tiver interesse, o site da Nova Escola dá dicas de como trabalhar filmes infantis e juvenis em sala de aula; ou mesmo fora dela. Foi através deste texto que descobri que o filme deste post é adaptado de uma obra literária.
É um filme divertido para as crianças e as fazer pensar algumas questões relacionadas à infância.

 
Lançamento: 1996
Duração: 1h 38min
Dirigido por Danny DeVito
Gênero: Comédia dramática
Nacionalidade: EUA

Sinopse

Matilda Wormwood (Mara Wilson) é uma criança brilhante de apenas seis anos, que cresceu em meio a pais grosseiros e ignorantes. Seu pai Harry (Danny DeVito) trabalha como vendedor de carros, enquanto que sua mãe Zinnia (Rhea Perlman) é dona de casa. Ambos ignoram a filha, a ponto de esquecerem de matriculá-la na escola. Desta forma Matilda fica sempre em casa ou na livraria, onde costuma estimular sua imaginação. Após uma série de estranhos eventos ocorridos em casa, quando Matilda descobre que possui poderes mágicos, Harry resolve enviá-la à escola. O local é controlado com mão de ferro pela diretora Agatha Trunchbull (Pam Ferris), o que faz com que Matilda apenas se sinta bem ao lado da professora Honey (Embeth Davidtz), que tenta ajudá-la o máximo possível.

Elenco:

Mara Wilson  ...  Matilda
Danny DeVito  ... Mr. Wormwood
Rhea Perlman  ... Mrs. Wormwood
Embeth Davidtz  ... Miss Honey
Pam Ferris ... Trunchbull
Paul Reubens  ... FBI Agent
Tracey Walter ... FBI Agent
Brian Levinson  ... Michael
Jean Speegle Howard ... Miss Phelps
Sara Magdalin ... Matilda, 4 Years
R.D. Robb ... Roy
Gregory R. Goliath ... Luther (as Goliath Gregory)
 
Curiosidades:

Kylie Tyndall e Keaton Tyndall tinham sido escalados para interpretar Matilda ainda jovem, mas foram substituídos de última hora devido a uma febre alta que ambos tiveram;
A foto do pai da srta. Honey é na verdade Roald Dahl, criador do livro no qual Matilda foi baseado;
Seu orçamento foi de US$ 36 milhões.
One of the lunchboxes reads, "Greeting from Asbury Park, New Jersey", a reference to Danny DeVito's hometown. "Greetings from Asbury Park, New Jersey" is also the name of Bruce Springsteen's first album.
Sadly, Mara Wilson's mother, Suzie Wilson died of breast cancer during filming. Mara pressed on bravely, impressing her adult co-stars. In spite of this, the film was dedicated to her, as seen in the end credits.
Pam Ferris would often stay in character when the director called cut in an attempt to actually scare the children on set so that their fear would be genuine when the camera was rolling.
Wormwood, the family name, is also a poisonous plant or "something bitter, grievous, or extremely unpleasant."
In the making of segment on the DVD, Danny DeVito reveals that for the chalk to write by itself, they wrote the letters backwards on the opposite side of the chalkboard, then put a magnet on the chalk. They then had someone stand behind the chalkboard and write the words backwards with a device that attracted magnets.

Referências:

http://www.adorocinema.com/filmes/filme-15277/
http://www.imdb.com/title/tt0117008/

 

 

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Vôo rápido - No mercado

Luna pegou uma infecção na garganta e desde domingo que não se alimenta bem. Mas algo que ela não tem recusado é iogurte, fresquinho e não dói pra engolir.

E foi aí que vi que uma criança de um ano e dez meses já pode ter preferências bem específicas. Luna não quer Danoninho (ou qualquer produto semelhante), ela quer aquele iogurte dos potinhos grandes. Mulheres...

Ontem minha mãe pegou Luna na escola e pedi que ela passasse no mercado com a pequena pra comprar o tal iogurte, pois tinha acabado o de casa.

Assim que nos encontramos, minha mãe conta que as comprinhas foram assim:

Avó: - Luna, vamos ao mercado comprar iogurte! Quer mais alguma coisa?

Luna: - Olate (chocolate)

Avó (rindo): - Ah eh?! O que mais?

Luna:  - Apa, uco (água, suco)

Avó (se mijando de rir): - Mais alguma coisa?

Luna: - Mamão

Daqui a pouco a pequena vai me entregar um pergaminho quando eu disser que vamos ao mercado.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Começando a fazer efeito...


Educação de filho é aquela coisa: a gente vive pesquisando na Internet, lendo livros, trocando figurinhas com outras mães e pais no mundo virtual ou presencial; mas no final das contas, a prática vem do coração. A relação com os filhos pode até ser embasada em conhecimento teórico, mas na hora do vamos ver, a gente acaba colocando pra fora o que acha que é certo.

Luna é super carinhosa, mas tem um gênio forte; é mandona e quer tudo do seu jeito. Quando contrariada, fica brava e muitas vezes levanta a mão pra bater em quem estiver discordando dela. Cada situação pede uma posição; mas na maioria das vezes a gente se abaixa, ficando da sua altura; olhamos bem em seus olhos dizendo que não pode bater porque machuca e explicando porque ela não pode riscar a parede (ou o sofá, ou a geladeira,...) com giz, subir a escada de casa pelo lado de fora, ou coisas do gênero. Quando calha de seu pequeno bracinho ser mais rápido do que nosso reflexo e ela realmente chega a dar um cruzado de direita tapa em nosso braço ou rosto, seguramos sua mão com firmeza e – num tom mais severo - repetimos o processo acima; mas dessa vez pedimos que ela dê um abraço e peça desculpas.  

Quando a gente discute com alguém - e quando parece que a razão é nossa - a última coisa que queremos é abraçar e beijar aquele que acabou de discordar de nós. Sei que pedir pra Luna se desculpar é ir contra este pensamento, mas acho importante que ela entenda que fez algo errado e que precisa “consertar” a situação, possibilitando que algo concreto seja feito por ela. Se a insistência na solicitação não funciona, digo que estou triste e que ficarei esperando que ela queira vir dar o abraço, para só depois voltarmos a brincar. Na maioria das vezes ela fica quieta por um tempo, meio sem graça e vem em minha direção devagar; dá um abraço ou um beijo tímido e a palavra “desculpa” só aparece se eu a lembro de dizer naquele momento.

Ontem Luna estava num dia mais enjoadinho, não querendo muita brincadeira de contato físico, preferindo andar mais solta pela casa, brincando com o que quisesse, na hora que quisesse. E aqui entra minha mea culpa: o amor que sinto pela Luna é demonstrado de diversas maneiras e uma delas é a necessidade muito grande que tenho de abraçá-la e beijá-la sempre que posso; mas sei que às vezes exagero. Num dia normal, ela se importaria menos com tanto excesso de carinho; mas não foi o caso de ontem. E num determinado momento Luna ficou realmente irritada com a mãe chiclete: fechou a cara, brigou comigo e me deu as costas. Assumindo meu lado criança – e depressiva por saber que o feriado estava acabando e eu passaria o dia seguinte fora no trabalho - disse á ela que estava triste; fui sentar no sofá e não tirei os olhos da TV (só porque Silvio estava no sofá ao lado, claro!). Depois de um tempo, sinto Luna subindo no sofá e suas mãozinhas se apoiando no meu ombro. Antes que eu pudesse olhar, recebo um beijo molhado na bochecha e escuto a palavra ‘Ditupa’. Como resistir? Apertei a pequena nos braços, dei uma beijoca rápida nela e a soltei antes que a situação voltasse a ficar como estava poucos segundos atrás. E sei que o clima só fechou anteriormente, porque eu não dei espaço e sufoquei minha cria.

Mas a questão é que a atitude dela em relação à minha reação exagerada foi espontânea! Acho que ela entendeu o que significa – num determinado nível - ação e consequência, entendeu que bater deixa as pessoas tristes e que isso pode ser “resolvido” com um pedido de desculpas; acho que entendeu o simples gesto de reconciliação. Agora é continuar beijando e abraçando loucamente deixar o barco rolar e ver como ela se comporta nos próximos momentos de conflito.  

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

13.11.12 – Luna – 1 ano e 10 meses


 
"Quietly while you were asleep
The moon and I were talking
I asked that she'd always keep you protected
She promised you her light that you so gracefully carry
You bring your light and shine like morning (...)"
 
(The Sweetest Gift - Sade)

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Bonecas...


Não tem jeito, a realidade é essa: assim que uma mãe fica sabendo que uma menina cresce dentro de sua barriga ela precisa aceitar o fato de que nos próximos anos terá em seu campo de visão bonecas de todos os tipos, tamanhos, cores, roupas, perfis, etc., etc., etc.

Eu e Silvio sabemos que existem tantos outros brinquedos e brincadeiras legais que nunca pensamos em comprar uma mini Luna. E sabem o que mais? Luna já ganhou dez bonecas desde que nasceu. DEZ. Com um pouco mais de um ano e meio, a pequena já tem bonecas de pano, que trocam a fralda, que cantam, que tomam mamadeira, choram ou falam ao apertar sua barriga; todas elas foram presentes de amigos ou de alguém da família, recebidas em alguma data comemorativa.

É fundamental incentivarmos que uma menina crie uma relação saudável com suas bonecas, mas acredito que este é um assunto que precisa ser pensado um pouco mais a fundo, principalmente pelos pais.

O nosso sentimento ao olhar para um bebê é de imediatamente acariciá-lo. Para a criança esse sentimento não é natural, inicialmente ela não enxerga aquele objeto inanimado merecedor de carinho (mesmo que para nós pareça ser um instinto materno), pois não possuí a referência dos adultos. Luna aprendeu a “ninar” sua primeira boneca com 10 meses de idade, e os movimentos imitavam os gestos que a avó paterna fazia quando a colocava pra dormir: a virava de ladinho e a balançava pelas costas ou pelo bumbum, acariciando sua cabeça e cantarolando baixinho. Aquela interação dela com a avó lhe causava uma sensação boa, aí então ela considerava que aquele “bebê”, parecido com ela, também poderia receber tal tratamento, depositando nele afeto e emoção, pela posição que ele passou a ocupar em suas interações.

A boneca, antes de mais nada, é uma representação do desejo do adulto; por ser pensada e “fabricada” por adultos, reflete a forma que eles desejam que a criança interaja com o brinquedo. Com o intuito de aumentar as vendas, as marcas desenvolvem bonecas cada vez mais prontas, “perfeitas” e cheias de efeitos. Dessa forma impedimos as meninas de exercitarem de forma plena o imaginário e prejudicamos seu desenvolvimento físico, cognitivo e emocional. O movimento da fantasia é tão importante quanto o movimento de seu corpo. Sobre os materiais das bonequinhas, a maioria é feita de plásticos ou borrachas sintéticos; por não existiram na natureza, eles são frios.  Precisamos possibilitar que a criança sinta diferentes tipos de materiais naturais (lã, feltro, algodão, etc.), materiais estes que despertam calor e segurança. Quanto mais simples for sua boneca, mais a criança se tornará ativa em sua fantasia. Em casa deixamos as bonecas de tecido na cama, pois é com elas que Luna dorme abraçada de vez em quando. As outras mais expostas a se sujarem, já que são mais resistentes e fáceis de lavar.
 

Nas palavras do filósofo e cientista austríaco Rudolf Steiner, “a boneca na mão de uma criança é para ela um espelho de seu ser e de seu processo evolutivo”; por isso cada tipo de boneca é ideal para uma faixa etária: para as nossas bebês, é indicado bonecas que se parecem com bebês, pois representam os primeiros cuidados da mãe (e mesmo do pai), da avó, etc.; de preferência as de pano, por transmitirem afetividade. Já as bonecas com aspecto de “mais velhas” devem fazer parte das brincadeiras de crianças maiores, pois representam a vida social adulta, trazendo segurança e desenvolvendo sua autonomia. Confesso que muitos modelos das tais bonecas-moças me assustam: salto-alto, maquiagem e roupas justas. Tive Barbies com esse perfil e isso não me fez ver nelas o modelo ideal de mulher adulta, mas os tempos eram outros e as influências externas também.  

Como Luna ganhou as bonecas que tem e como todas essas questões sobre o ato de brincar não fazem parte de conversas diárias da maioria das pessoas, não tenho como julgar suas escolhas no momento da compra. Antes de começar a refletir sobre o assunto, há poucos dias atrás (no meu caso as reflexões acontecem de acordo com a evolução e o crescimento da Luna, conforme vão fazendo sentido), eu mesma poderia ter comprado um exemplar semelhante aos que ela tem para dar de presente.

Sei que todas as bonecas que Luna ganhou foram datas com muito carinho. Minha filha adora seus “nenéns” e não é minha intenção impedir que ela brinque com as bonecas que já tem. Então o que fazer com tantas criaturinhas? Deixá-las guardadas no armário e ir dando aos poucos? Teria sido uma boa opção se eu não tivesse certeza de que, com o tempo e com a chegada de novas datas comemorativas, mais delas virão; isso foge - em parte - do controle dos pais. Abrir todas e deixá-las num único lugar só se eu não quisesse mais sentar no meu sofá pra assistir televisão e preferisse realocar uma cadeira da cozinha, por exemplo.

Então o fluxo dos acontecimentos foi possibilitando que os “nenéns de brinquedo” fossem se espalhando pelos espaços onde Luna circula. Sem querer, fomos deixando umas na cama (as de pano), na sala, no banheiro (a de dar banho), no carro, na casa da avó materna, no carro da avó materna e na casa da avó paterna. Dessa forma, conseguiremos manter as “amigas” de Luna sempre próximas, a acompanhando em todos os seus momentos, de brincadeiras, de alegrias e de tristezas; ao dormir, ao acordar, tomando banho, café da manhã ou compartilhando no carro como foi seu dia na escola.  

Meme: um pouco sobre mim


As regras pra participar são as seguintes:

·                     Escrever 11 coisas aleatórias sobre você.
·                     Responder as 11 perguntas que a pessoa lhe mandou e criar 11 novas perguntas para as pessoas para quem irá mandar.
·                     Escolher 11 pessoas para repassar esse meme e colocar os links de seus respectivos blogs.
·                     Avisar os blogs escolhidos.
·                     Não retorne esse meme para quem te enviou.
·                     Postar as regras.
 
11 coisas aleatórias sobre mim:

1.           Amo dançar Rockabilly
2.           Convivi com meus quatro avós até os 18 anos de idade!
3.           Não consigo escrever um post para o blog de uma vez só, a cada parte preciso parar, ver notícias, responder emails e depois voltar pro texto.
4.           Aprendi “mesmo” a cozinhar depois que saí da casa da minha mãe, com uma ajudinha do marido.
5.           Prefiro acordar uma hora mais cedo a fazer tudo correndo de manhã.
6.           Sou megalometódica e tenho lista de Excel pra quase tudo na minha vida
7.           Sou a secretária lá em casa, anoto todos os compromissos na agenda, meus e da família.
8.           Morro de vontade de voltar a fazer Muay-thai, mas e tempo?!
9.           Sempre fui neurótica com corpo, mas depois da gravidez meu metabolismo deu uma pirada e nunca fui tão magra quando agora.
10.        Minhas “cores” preferidas são vermelho, preto e branco.
11.        Sou produtora audiovisual ainda em tentando me encaixar no mundo, mas sou louca pra unir comunicação (imagem e som) com projetos que façam diferença na vida das pessoas.

11 perguntas enviadas para eu responder:

1.            Por que resolveu criar o blog?
Quando engravidei, uma amiga estava de 3 meses e me mostrou um livro onde registrada tudo. Achei lindo e quis deixar também registrada toda essa nova fase. Quase como um diário de adulta...

2.            Qual tua principal atividade na vida offline?
Cuidar da casa, da filha e ficar com a família. É o que mais tem “consumido” meu tempo.

3.            Qual a tua maior esquisitice?
Eu odeio gordura e nervo de carne. Sempre fico que nem louca caçando no prato cada pedacinho que vejo. Meu marido fica louco!

4.            Se tivesse que dar uma dica a uma amiga grávida, qual seria?
Cuide-se muito bem; do corpo, da mente e do espírito. Acredito que todos esses cuidados influenciam diretamente na saúde do bebê.

5.            Se tivesse que dar uma dica a uma amiga que acabou de ter neném, qual seria?
Faça vídeos (sou produtora audiovisual, não aguento!) cada momento do seu pequeno, é uma delícia “reviver” tudo depois. Luna adora ficar se vendo nos vídeos. Mas só vale a pena se o processo de registrar não te impedir de viver o momento.

6.            Me indique um bom livro.
Quem ama, educa. – Içami Tiba, sobre assuntos maternos.
A menina que roubava livros - Markus Zusak, para se emocionar.

7.            Algo que tenha orgulho de ter feito?
Minha filha e o blog.

8.            Qual o melhor dia da semana pra ti?
Sem dúvidas, sexta-feira. =o)

9.            Qual tua formação?
Rádio e TV

10.         Como se vê daqui a 10 anos?
Puts! É triste, mas não sei. Quero estar com mais um filho e uma pós, pelo menos.

11.         Quantos filhos pretende ter?
Pretendo ter mais um, não julgo quem é, mas não pretendo deixar Luna como filha única. Acho fundamental a relação bem construída entre irmãos.

11 perguntas para os meus escolhidos responderem:

1.    Qual seu texto do blog que mais gosta?
2.    Qual o programa em família favorito (não de TV)?
3.    Qual o programa de TV favorito da família?
4.    Qual sua atividade profissional OU O que faz para pagar as contas do mês?
5.    Tem alguma atividade “extra profissional” OU faz alguma coisa que ama, que não tem a ver com seu trabalho diário, mas que também dá uma graninha?
6.    Qual a maior dificuldade que já passou com seu filho?
7.    Como faz com as festas de natal?(Em casa temos que dar uma passadinha nas duas famílias!)
8.    Quais os planos para as férias de final de ano?
9.    O que o(s) pequeno(s) gosta(m) mais de comer o que gosta menos?
10. O(s) filho(s) é(são) mais manhoso(s) com a mãe, ou isso só acontece lá em casa?
11. Qual texto deste blog você gostou “mais”? E por quê?

 11 blogs escolhidos:

1.    Pais Moderno
2.    Mundo Ovo
4.    Mulher e mãe
6.    Balzaca Materna
11. Diiirce