quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Informação semanal


Desde o 3º mês de gravidez eu recebo, semanalmente, a newsletter do site bebe.com.
As informações principais são divididas em dois blocos: Seu bebê e Sua gravidez.
Claro que seria super over postar aqui toda semana o que leio na newsletter, por isso nunca o fiz.

Mesmo sabendo que as informações são genéricas - já que cada gravidez é uma gravidez e cada bebê é um bebê - a newsletter desta semana me deixou especialmente emocionada: minha filha já pesa 1kg, ou mais... 

Assisti nesta semana a uma matéria sobre um neném que nasceu incrivelmente prematuro, pesando menos do que 400g, e que só sobreviveu porque a tecnologia avançou um tanto. Só de saber que a Luna não corre mais esse risco, já me deixa TÃO aliviada! É claro que ela precisa crescer muito ainda, mas está tudo caminhando tão bem que eu precisava compartilhar essa tranquilidade...

Bem, segue o texto:
Muita coisa está acontecendo nesta semana. Seu bebê está pesando 1 kg - aliás, é bem provável que tenha ultrapassado essa marca. Ele também já é capaz de abrir e fechar os olhos. Além disso, pode ter começado a soluçar um pouquinho mais. E não é à toa. Seus pulmões estão quase formados. Como ele cresceu - já mede 34 centímetros da cabeça aos pés -, você vai perceber todos esses movimentos com mais clareza. Não se preocupe porque isso é pra lá de normal. Por enquanto, ele, no aconchego do útero, passa um tempo dormindo, mais algumas horas acordado e, em seguida, volta a adormecer...

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A história do mundo... E a formação dos bebês...


Achei bem interessante este vídeo, já que tem tudo a ver com o momento pelo qual estou passando, como mãe, como moradora deste planeta e responsável por um futuro morador...



Human history can be divided into three major periods in very much the same way that the development of a human embryo consists of three trimesters.

All throughout our past, weve been expanding, conquering, building, destroying, restructuring, and rebuilding again as weve continued evolving. Humanity continued to spread throughout the world, until finally, we conquered everything. A human fetus reaches this condition in the 38th week of its development.

For a child, the mothers womb is the most comfortable place to be, and yet, this stage of development is merely an intermediate stage. The goal is to be born, and it is therefore impossible to remain inside of the mothers womb. During delivery, a mothers body produces an enormous amount of adrenalin in order to help the child be born, since the process of delivery is quite difficult and painful for the child.

Similarly, we as humankind have reached a peak stage in our development, and we cannot continue existing according to the principles we previously designed. Even though we have no idea what to do next, this doesnt mean that there is no general plan for our development. Nature operates its own program that impacts us, forcing us to be born through crises, disasters, epidemics, and wars. After this birth, the child continues to develop, attaining a totally different world outside of the womb.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Mãe e filha...



Uma filha! Uma menina!

Desde quinta-feira passada a minha relação com este bebê mudou completamente. Eu sempre tive aquele sexto sentido que era uma princesinha que estava crescendo aqui dentro e agora tenho confirmações visuais e médicas disso.
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Acho que tive influências externas para achar que era uma menina: logo no comecinho, ao contar para uma amiga da minha mãe - a Silmara -, ela me pergunta:
- Quando você acha que engravidou?
Diante da minha resposta, sem hesitar e com uma empolgação tremenda, ela me diz:
- Ah! É uma menina! Se fosse no começo do mês anterior ou no mês seguinte, seria menino; mas se você acha que engravidou nesse período... Não tenha dúvidas, é menina.
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Confesso que não foi uma descoberta muito fácil; assim como não foi fácil a própria descoberta da gravidez.
Desde o começo eu e Sil torcíamos fervorosamente para que fosse menino: ele já tem uma sobrinha de um ano, portanto, para "completar" sua família, nada mais gostoso do que o próximo novo membro ser um menino; e outra: todo homem sonha em ter um menino como filho pródigo.
Acho que a minha preferência está completamente ligada ao fato de eu ser madrinha de um anjinho de 2 anos e meio; como ele mora em outra cidade, não o vejo com frequência, mas é uma farra estar com ele; sem contar que nunca fui muito fã de roupas muito frufruzentas, vestidos de babadinhos, estampas de bonequinhas e todas essas coisas; adoro roupas de menino: bermudão, camisetinha, all star!!!
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Fui pro laboratório fazer o ultrassom na quinta-feira de manhã com uma ansiedade que não cabia em mim, saber que naquele dia eu poderia descobrir o sexo do bebê me deixou com borboletas no estômago desde a noite anterior. Já ouvi muita gente dizendo que só conseguiu ter certeza do sexo no 6º ou 7º mês, porque a perninha estava fechada ou porque o pimpolho estava numa posição que não colaborava para a visualização. Mas sendo filho de quem é - refiro-me ao pai - já é um neném todo dado e eu tinha certeza que ele estaria com as pernocas abertas, exibindo-se para o "momento ultrassom". Por ser o Ultrassom Morfológico do 2º trimestre, o exame era bem detalhado, verificando toda fisionomia e formação do baby. O médico não era grandes coisas, mas ia pontuando os órgãos, ossos e partes do corpo mostradas na tela... Mas nada de falar sobre o sexo da minha cria... Não sei se não falar é um procedimento padrão, já que alguns casais podem não querer saber até o momento do nascimento, mas ele podia perguntar se tínhamos interesse em descobrir.
Comecei a passar mal no meio do exame, estava deitada de barriga pra cima (claro!!!), mas muito reta, e o peso do bebê no resto dos órgãos começou a me deixar fraca. Aguentei firme por um bom tempo, mas o incômodo foi aumentando incrivelmente a cada minuto e informei ao médico assim que percebi que não suportaria mais. Mesmo com dores e querendo sair daquela posição o mais rápido possível, ao ouvir dele um "O exame já está acabando", não aguentei e imediatamente perguntei:
- E o sexo? Já conseguimos saber?
Ele disse que sim e foi "procurar" o meio das pernas do meu bebê.
Apareceu na tela um bumbum e duas perninhas - como se o bebê estivessem sentado e o estivéssemos vendo de baixo. Ele congela a tela e mostra uma região no meio das pernocas com o mouse:
- Estão vendo isso aqui? Isso é típico de menina.
Mexeu de novo e confirmou o que havia dito anteriormente.


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Olhei pro Sil e dei um sorrisinho indefinido, meio Monalisa, sem saber se era de felicidade ou de... de... não sei.
Não sei muito como contar isso; só sei que eu gostaria de ter saído do laboratório pulando de alegria, com um sorriso de orelha a orelha, mas não foi assim que aconteceu.
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Não me lembro da última vez que um filme teve tanta importância na minha vida: minha obsessão por ser menino havia passado há algumas semanas: estava em casa assistindo "A vida secreta das abelhas" quando me deparei com uma cena onde a personagem principal - uma menina de uns 8 anos - encontra uma foto antiga, onde ela está no colo da mãe e as duas estão olhando uma para a outra, sorrindo. Imaginei essa cena acontecendo comigo, eu, agora no lugar da mãe. Me deu uma sensação gostosa, uma vontade de ter uma filha, pra ser amiga, cúmplica, fofocar sobre tudo, passear no shopping e todas essas coisas de meninas-mulheres.
Mas a chegada de um bebê é esperada não só pela mãe, mas pelo pai também e saber que eu não daria um filho homem pro Silvio me deixou extremamente abalada. Eu sabia o quanto era isso que ele queria, porque ele só falava nisso: que seria um menino. Sempre que alguém dizia algo como "Como vai essa lindinha?" ou, até para "provocá-lo", cutucava: "Quando vai fazer o ultrassom para confirmar que é menina?", ele virava uma fera, dizendo: "Menina nada! É um moleque!"... Foi bem difícil pra mim saber que sim, ele estava feliz, mas não tanto quanto gostaria...
A gente conversou bastante e ele me fez ver as coisas de um outro jeito. Não que eu tivesse entendido errado as expectativas dele e o que ele sentia e sentiu ao saber que teria uma filha, mas me fez entender o que se passava ali dentro.
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Voltando ao começo do post...
Como eu havia dito, minha relação com este pequeno (não mais tão pequeno assim) ser que cresce aqui dentro mudou completamente! COM-PLE-TA-MEN-TE... Dizer 'ELA' e 'minha filha' se tornou incrivelmente natural desde o momento seguinte ao ultrassom.
Ver aquele bebezinho pela 4ª vez me aproximou dele de uma maneira indescritível. Aquele amor incondicional que tanto falam já é muito forte!!!
Antes desta quinta-feira eu já adorava ficar com a mão na barriga, massageando e fazendo carinho, pois sempre soube que meu bebê sentia sim o toque da mãe; mas agora mão e barriga parecem ímãs, não se desgrudam mais. Durmi praticamente a noite passada inteira com a mão no baixo ventre.
Quero muito que ela chegue logo, mas ao mesmo tempo é tão bom saber que minha filhota está aqui dentro, tão pertinho, tão cuidadinha, se mexendo e crescendo...
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Rola um lance que o primeiro filho, ou filha, sempre puxa mais ao pai. Agora fico imaginando como será minha lindinha...
Ela será linda, disso não tenho dúvidas, mas a boca da pititica será mais parecida com a minha boca ou com o bocão do Sil? E o nariz? E as mãos, os pés e o cabelo?

Pra quem é bom de imaginação: uma prévia de algumas características possíveis que a pequena possa herdar.



Agora só falta saber como vai ficar a "montagem"... =o)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Herança de pai pra filho

Hoje, num dia tão especial pra mim e outros 30 milhões de apaixonados, me veio à cabeça algo que ouço desde pequeno e que, agora que vou ser pai, fico imaginando como será quando chegar a minha vez...

Como muitos que lêem este blog já devem saber, sou corinthiano... Daqueles que grita durante o jogo inteiro, sofre quando o time está mal, perde o ar de tanta alegria quando vencemos, chora de emoção e de tristeza, e que quando o Timão ganha, tem orgulho de vestir a camisa. Mas esse orgulho se torna ainda maior quando ele perde, pois é exatamente nas horas difíceis que um verdadeiro amante do clube do Parque São Jorge mostra sua devoção, veste a camisa e mostra pro mundo inteiro o que é fazer parte dessa nação, odiada por adversários por saberem que nunca sentirão a dor e o prazer de ser corinthiano.


Essa paixão eu herdei do meu pai, ex-jogador de futebol e que me levou ao estádio pela primeira vez quando eu tinha 11 anos, num jogo histórico pra mim, entre Corinthians e Flamengo, no Pacaembu, com vitória do nosso glorioso alvi-negro por 1 a 0, gol contra de Casagrande, ídolo da Fiel, que na época defendia as cores do time carioca, aos 35 minutos do segundo tempo.


Desde aquele dia, o espírito corinthiano só cresceu dentro de mim, vendo como aquela torcida gritava e se empolgava a cada lance do jogo, contagiando qualquer um que estivesse ali presente.


Confesso que mal vejo a hora de poder levar meu filhote ao estádio, para que possa vivenciar essa sensação tão maravilhosa e única que é ser corinthiano e torço para que aquele velho chavão de que "corinthiano nasce corinthiano" seja verdadeiro e que esse espírito guerreiro e sofredor faça parte do DNA, e seja transferido de pai pra filho, como aconteceu comigo e com tantos outros por aí...


Obrigado pai, por me transformar em mais um nesse bando de loucos... E que essa magia continue em nossa família por muitas e muitas gerações...

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Quem disse que pai não dá a luz?

Após um loooongo período, cá estou eu novamente dando minha contribuição para mais histórias sobre a minha gravidez e da Aline. E não precisa ficar assustado achando que passei por uma experiência científica como o Schwarzenegger na década de 90 (confesso que tive que recorrer ao velho amigo Google pra saber exatamente como escrever o nome desse infeliz).

O pai, pelo menos os que querem fazer parte desse momento tão materno que são as 40 semanas de gestação, têm que modificar sua rotina para acompanhar as mudanças "forçadas" pelas quais a mãe passa nesse período.

Após toda aquela novela envolvendo o médico frustrado e o encontro com a nossa nova doutora, muito simpática e atenciosa, esta semana foi a vez de irmos a uma nutricionista, a Melissa.
A indicação foi de uma gestante já conhecida por vocês, leitores de nosso blog, que teve espaço cedido para contar sobre sua luta contra a balança durante a gravidez: a Moura.

Fomos com ótimas referências e devo confessar que todas elas foram mais do que verídicas. A moça realmente parece entender muito sobre sua profissão e deu diversas dicas... praticamente uma aula de como funciona nosso organismo, como os nutrientes dos alimentos que ingerimos são absorvidos e tudo mais que precisávamos saber para que nosso filhote tivesse do bom e do melhor enquanto fica praticando natação no líquido amniótico.


Mas o que realmente me inspirou a escrever este post, como de costume, foi a situação fora do normal anterior à consulta.
No caminho para o consultório, a Li recebeu uma ligação da doutora informando que houve uma queda de energia no prédio e que, caso ainda quiséssemos comparecer à consulta, teríamos que subir de escada até o 7º andar. Como nós dois somos da geração saúde e sempre estamos fazendo algum tipo de exercício físico, topamos fazer a escalada.

Chegamos ao prédio e nos encaminharam para as escadas de emergência, com o seguinte conselho: "Como as luzes de emergência também estão desligadas, é melhor vocês usarem a luz do celular e segurar no corrimão para ter mais segurança". Aí caímos em um grande problema tecnológico pelo qual eu e a Li passamos: não temos aparelhos avançados, daqueles que normalmente as pessoas fazem de tudo um pouco, e até conseguem fazer e receber ligações neles. E quem falou que a luz dos nossos quase pré-históricos aparelhos iluminava alguma coisa?
Uma das coisas que mais me aflige nessa vida é a idéia de perder a visão, e ali me senti como Richard Pryor em "Cegos, Surdos e Loucos", tateando e tropeçando nos degraus.

Foi então que tive a brilhante idéia de usar o nosso novo "brinquedinho", vindo diretamente de Pittsburg, para iluminar nossos caminhos: o GPS!
Aquilo sim era uma luz no fim do túnel, e nos salvou de um possível treinamento para dublês, rolando escadaria abaixo.

No meio da nossa odisséia, ainda tive que dar uma de lanterninha e acompanhar uma moça que, pelo andar da carruagem, já estava há uns bons minutos ali, tentando enxergar os degraus com uma luz que mais parecia um
led de controle remoto. Como nosso destino era o 7º andar, deixei a Li num lugar seguro e plano, enquanto fiz minha boa ação até o 12º andar.

Finalmente conseguimos sair ilesos e, no meio da consulta, a luz voltou e não tivemos que continuar brincando de "lumos" na hora de ir embora, já que o elevador estava nos esperando de portas abertas. Só faltou suspirarem de satisfação como no prédio do escritório central do
Guia do Mochileiro das Galáxias.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

O lado esquecido do armário

Mais dia menos dia isso acabaria acontecendo: as minhas calças preferidas seriam realocadas para um canto isolado do armário, canto esse onde eu só voltarei a mexer daqui alguns meses - caso tudo dê certo...

E hoje foi o dia da decisão...
(PS: comecei a escrever este post tem mais de uma semana)
Algumas delas não eram mais confortáveis faz um certo tempinho, mas eu teimava em usar (abrindo o botão sempre que sentava e cobrindo a parte aberta com a blusa). Shiu! Isso é segredo, afinal, não é digno uma futura mãe de família ficar com a calça aberta onde quer que seja. 

Mas é difícil se acostumar com a idéia. Sempre achei meu quadril largo demais, por causa disso só fui começar a usar calça skinny - modelo que dá uma suuuuuper valorizada nas curvas do corpitcho - no ano retrasado, quando a minha relação com meu corpo entrou numa certa estabilidade. E como esta estabilidade durou até então (então = julho, quando a gravidez começou a fisicamente aparecer) está sendo bem (BEM) difícil aceitar que terei que deixar minhas roupas preferidas isoladas num canto do armário e voltar a usar as antigas calças "largas".
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Pra ajudar: estava fazendo uma pesquisa de imagens para colocar neste post e achei o site de uma marca de roupas para gestantes.
Uma calça jeans simples, com elástico pro barrigão, pela bagatela de 258 reais.
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O.o
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DUZENTOSECINQUENTAEOITOREAIS
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Como devo ter feito muitas boas ações na vida passada, Deus quis que o auge da gravidez fosse no verão - segundo os médicos, meu pequeno parasita virá ao mundo entre a segunda quinzena de dezembro e a primeira de janeiro ("estragando" as férias de toooodo mundo, uhu!) - ou seja, a minha coleção de vestidinhos soltinhos e confortáveis irá aumentar incrivelmente!E vestidos pro verão a gente acha aos montes por aí! E viva a José Paulino!


Pedala padrinho... ou... A suspeita do primeiro chute

Meu pai passou um mês fora, trabalhando nos States; voltou no domingo...
Quando ele saiu de casa minha barriga estava praticamente reta ainda, quando eu contava para alguém que estava grávida, geralmente recebia olhares suspeitos.
Agora já posso me considerar uma super gravidinha: hoje, dia 24 de agosto, meu concepto está com 16 centímetros e pesa 260 gramas (segundo a newsletter do site bebe.com) e cresce em progressão geométrica.
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Como meu velho não havia visto a que ponto seu neto tinha crescido, em casa, no domingo mesmo, depois de passada toda a agitação da volta do chefe da família, minha mãe me puxa de lado e lança:
- Você já viu a barriga da sua filha?
E foi logo levantando minha blusa.
Meu irmão - THE godfather - interfere:
- Não! Se a Li deitar dá pra ver melhor.
Sento no sofá e reclino o encosto. Meu irmão se ajoelha ao meu lado, levanta um pedacinho da minha blusa e encosta a bochecha na minha barriga, com o rosto virado pra mim.
No segundo seguinte eu sinto um "pedaço da barriga sendo empurrado de dentro pra fora" (essa foi uma boa descrição de um possível chute?) e meu irmão deve ter sentido algo como um cutucão na bochecha. A gente se olhou com a maior cara de espanto do mundo e dissemos quase ao mesmo tempo:
- Isso foi um chute?!
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Caros amigos leitores, foi "um dos" milésimos de segundo mais gostosos da minha gravidez. Claro que o ultrassom é incrível - poder ser seu bebê ali se mexendo - mas uma coisa é saber que tem uma vidinha aqui dentro se formando, outra coisa - e agora entendo que é completamente diferente - é SENTIR essa vida, sentir literalmente na pele.

Uma pena que não foi o Sil quem sentiu o prmeiro chutinho, mas padrinho é quase um pai de consideração, certo?
E além da gente ainda não morar junto e trabalhar fora - portanto não ficar junto 24 horas por dia - a gente sabe que mãe tem privilégios emocionais e experimentais desde o momento da concepção, já que é impossível que o lado paterno sinta durante a gravidez o que a mãe sente (óbvio) e que, pelos menos até os primeiros meses de vida, a mãe tem muito mais contato com o herdeiro...

Ser mãe é padecer no paraíso...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Visita especial...

Gente!
Sabe aquela "amiga mais grávida do que eu" de quem eu sempre falo aqui no blog? Aquela que "me inspirou" a começar um diário virtual da minha barrigudice ao me mostrar seu incrível livro-diário?
Então, ela - Mariana (A) Moura - veio aqui na minha mesa no trabalho perguntar se eu doaria um post do blog pra ela! 
Quê?!?!?!
Claro que sim!!! Sempre relembrando que aqui quero compartilhar o que vivo e sinto e também proporcionar o compartilhamento do que rola com @s amig@s e barrigudas próximas.
Ela se empolgou MESMO na hora de escrever, mas eu pelo menos não ligo não... Está tão gostosa a escrita que flui facinho...
Lá vai:

[Aceita um post?!]

Depois de mandar dois honrosos pedações de bolão em plena tarde na firma, resolvi pedir um cantinho no brogue da amiga para registrar minha colaboração-aflição-reflexão. Parte por que o tema aflige a nós duas (eu e Aline - as duas pós-bolão) e parte por que adoro escrever (e parte por que sou inxirida mesmo)... não tenho a pretensão de elucidar muita coisa, mas usar o espaço para trocar bobagens sobre as preocupações corriqueiras das meninas "embarrigudadeiras"!!!

Seguinte, o tema é: peso! Pois é. Na minha opinião, Aline é referência-sonho no quesito "magrice". A mina tem quase a minha altura e pesa na casa dos 50 (no comecinho da casa alilás); já eu pesava na casa dos 60 (láaaaa no finalzinho dele). Inclusive na área brogue, a única coisa que consegui produzir foi um de comida para provar e atestar minha gula profissional (http://comidadebarrigacheia.blogspot.com).

Mas, vamos lá. Desde que minha gravidez entrou em estado avançado (e, enfim, visível) tenho notado que é temática cara as grávidas que se encontram perguntar logo no comecinho da aproximação: "e aí? quanto engordou?" e umas se gabam dos poucos quilos e outras se assustam com o avançado do engordamento. Pois eu nunca soube bem onde me encaixava até mês passado. Vou contar o histórico.

Filha de família que flerta intensamente com a obesidade, sou cuidadosa com as calorias (mesmo sendo um ser ultra-lariquento). Tempos atrás, descobri uma zuuuuuper nutricionista que amo, que me ensinou a ver os alimentos de um outro prisma, que não é calórico apenas, mas sim funcional. O que encaixa com o que, o que contribui pra que, como desintoxicar, balancear, e tudo sem sofrer - pelo menos pra mim que não sou muito preconceituosa na invenção gastronômico-integral, que amo frutas e saladas coloridas. Ver a comida como a energia que supre (ou falta) no corpo... como base de todas as necessidades e forças. Nada de novo até a gente conseguir colocar em prática de verdade e ver os efeitos também de verdade. Ela supervisionou uma redução drástica na quantidade de carboidratos e frituras da minha vida e a minha intensa imersão no reino dos integrais e da pouca fritura. Emagreci pouco - nem era esse precisamente o objetivo - mas perdi muita massa gorda, medidas e aprendi a mandar na bagunça que era meu sistema digestivo.

E aí estava eu no momento do embarrigamento em que me encontro agora. No começo, sem conseguir horário com ela, fui gerindo minha alimentação com um aumento desordenado de calorias. Sem escândalo, mas também sem método. [O chocolate do bolão recém-comido, no momento, causa movimentos estratosféricos de João em minha barriga - talvez queira manifestar algo... vamos ver se compreendo a linguagem fetal até o final do post.] No começo da gravidez, a vida, pelo menos pra mim e pra Aline, não foi nada fácil. Enjôo interminável, indisposição, muita dor de cabeça... Aline perdeu peso, eu não - sou dessas que termina namoro, fica desempregada e é despejada e sempre engorda, nunca emagrece. Fiquei chata, confesso! Até a consulta...

Naaaaaa consulta com ela - THE nutricionista, descobri que o aumento de calorias auto-decidido não era bom, nem suficiente. Muito surpresa, tive a feliz surpresa: comer! Muito mais do que imagina!!!! Pra uma pessoa que comia pouco carboidrato, mas que é doida por um pão, a felicidade foi imensa. Saindo do consultório, liguei pro marido e disparei "se vc tentar me acompanhar, tá f******, vai ficar obeso". Sorrindo pelas ruas, comparava as duas referências quanto a engorda gestacional que tinha até então (no 3º mês de gravidez): por um lado, Dr. Cuca Fresca, meu obstetra - com quem tudo é permitido - que me disse que poderia engordar até 20 kg; por outro, a nutricionista, um pouco nutricionista (além de oriental) demais, onde o campo saudável era entre 7 e 12 kg. A nutricionista ganhava referências positivas pois estava em seu 8º mês de gravidez - o que lhe dava mais crédito do que as que o próprio experiente obstetra gozava. [Ave! Post longo, e a reunião na sala ao lado chamando.]

Fui tocando, maravilhada com o mundo que se abria pela frente: arroz e feijão no almoço e no jantar e um sanduba de pão integral no final da tarde. Comi o que tive direito e claro, um pouco a mais. Até o 6º, tinha engordado 4 quilos, que me parecia bem razoável. Do 6º pro 7º a surpresa! 5 kgs!!!! Em um mês só. Pânico na Zona Sul! O que aconteceu?! Sei bem... andava comendo muito e engordando pouco - todo mundo dizendo "vc é só barriga, não engordou nada..." aquilo foi introjetando ni mim e eu fui me seduzindo pela oferta inegável do 2º prato, de mais um pedaço, outro pãozinho e BUM!!!! Toma essa! 5 kgs em um mês.

Fiquei encanadérrima. Minha nutri de licença curtindo horrores seu novo nenê e eu, ai de mim, desamparada! Solução: fome eu tinha, comer eu precisava - trata-se portanto de refletir sobre o que exatamente se come. Invés de pãozão, fruuuuutas, muitas frutas. Passei a levar pro trampo uma feira inteira: duas frutas pro lanche da manhã, mais duas pro da tarde. E continuidade nos exercícios (meio molengas) que me eram permitidos.

Daí hoje: obstetra! Muitas ansiedades e tantas outras curiosidades listadas e, sem fim, em mãos... entre elas, o peso - dei uma controlada? Vamos lá, pesa lá e... tan-tan-tan-taaaaaan - 700 gramas, minha gente!!! Su-real! Deu certo, rendeu frutos... os frutos... entende? As frutas renderam frutos... poucos e levinhos! Viva! Viva!

Portanto, no presente momento, entrando no 8º (Aaaaaaaaaaaaaaaaaaah! Me-dooooooooooooooooo!), engordei 9,7 kg. Estou dentro do que esperava de mim mesmo. Mas, fica a dica (pra mim mesma, diga-se de passagem): segue segurando a onda!!! Por que é agora que o nenê cresce mesmo e ganha peso mesmo... se aplica na fruta e segura no pão. Pra mim, precisei desse longo percurso, pra chegar nessa simples conclusão que repito: MANERA (mas não nega) NA MASSA E VAI FUNDO NOS VIVOS E FRESCOS (viva as frutas e os verdes e família)!!!

Finalizando, " lo juro"! Se alguém precisar de uma nutri é só falar que passamos o contato - a Aline vai nela semana que vem e pode dar um retorno do que ela achou tb. Ela acabou de voltar da licença e há de nos salvar da ignorância, principalmente, trazendo informações de quem cruzou a fronteira, e já tem um nenê no colo. Aliás, depois do nenê dela permitir, ela me ligou e me deixou a dica: "Sim, toma cuidado com o ganho de peso, mas calma também por que a amamentação dá super conta do recado - da perda do peso". E erguemos mais um Viva! a amamentação que é linda, linda, linda! E útil e saudável e emagrecedora e boniiiiiita de um tudo.

Fico por aqui... e um viva a Aline entrando no momento pancinha bonitinha da vida.

Torçam por mim que entro, receosa, ansiosa, esperançosa, feliiiiiiiz, no 8º mês. Voa, como voa! E há tanto por fazer, pensar, ler, saber... e não vai dar e VQV ( vamuquivamu) que na raça todo mundo vai!!!!

Fui!!!

(P.S.: Desculpem a quantidade enorme de palavras e de palavras inventadas. De vez em quando só elas dão conta da informação desejada.)

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Reencontros

Hoje dei uma passadinha no meu antigo trampo pra assinar um contrato de um freela que fiz na semana passada.
Estranho... muito estranho reencontrar todas aquelas pessoas com quem trabalhei por praticamente 4 anos.
O que fez com que o encontro fosse mais gostoso foi o fato da empresa ter mudado de endereço: estão era em outro bairro, outra rua, outra casa, outros espaços... Acho que se ainda fosse na Rua Dante Carraro teria sido uma experiência no mínimo esquisita; muitas memórias boas... e muitas ruins também.
Mas foi bom, o acolhimento e o carinho foram grandes... Todos os "mais íntimos" daquela época - alguns que eu não via há mais de um ano - me davam parabéns pela gravidez... Parecia aniversário, quando você sente que toda a atenção do dia é sua.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço...

Bem...
Meu bebê está crescendo e começa a achar que é mais importante que qualquer outro órgão do meu corpo que esteja perto dele... (E sim, ele é mais importante...)
Portanto, começo a sentir que ele está ocupando todo o espaço possível e que todos os meus órgãos estão ficando em segundo plano.
Antes eu só sentia a bexiga apertada quando ela estava realmente cheia. Agora essa sensação dura praticamente o tempo inteiro e não é mais um incômodo localizado... É desde a altura das costelas até um palmo abaixo do umbigo... 
Ser mãe: trabalhinho difícil esse que as mulheres precisam fazer não?